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Que fique bem claro, para quem ainda não está. Ontem nenhum dos participantes das acções da CGTP esteve exposto ao contágio. NENHUM. Estiveram mil vezes mais seguros ali do que nos supermercados, nos transportes, nas fábricas, nos hospitais em que têm de trabalhar todos os dias. Muito mais seguros do que nas compras semanais que todos nós fazemos. Infinitamente mais seguros do que nos lares e residências onde vocês aceitam que se guardem os velhos e os que não contam, para salvarem a vossa pele.
Todos os participantes no 1º de Maio receberam o instruções precisas de como chegar ao local, assumir o seu lugar, permanecer e sair. Estavam conscientes do que estavam a fazer e sabiam muito bem o que aconteceria depois da acção realizada: de um lado uma onda de alegria pela demonstração de luta "contra a epidemia e a paranóia" como muito bem escreveu um amigo; uma onda de reconhecimento, pela expressão de indignação contra a exploração, o abuso e a vileza do patronato deste país, que se aproveita da epidemia para aumentar a carga de exploração sobre trabalhadores, expondo-os diariamente ao risco; do outro lado, um coro de gente que odeia a CGTP, a inventar mentiras e suspeições sobre o que ontem aconteceu; do outro lado, um coro de "gente pesarosa com dúvidas" que não quer arriscar o couro no fogo totalitário da união nacional marcelosa.
Instruções aos participantes: identificar-se com uma declaração de participante nominal; conhecer o número da fila e o seu responsável de fila; acatar as indicações da organização e das autoridades presentes; colocar máscara à entrada da Alameda; aceder à Alameda pela rua indicada, para evitar aglomerações; não chegar mais cedo ou mais tarde; assumir imediatamente o seu lugar; permanecer no lugar durante todo o tempo; no final, deixar no chão a bandeira ou a pancarta e imediatamente abandonar a Alameda pela mesma rua, directo a casa.
Foi isto que eu fiz. Foi isto que fizeram as centenas de dirigentes e activistas que participaram na acção do 1º de Maio, em Lisboa (tal como em outras cidades do país).
Alguém tem dúvidas de que a CGTP tem gente para cumprir com isto e muito mais?
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