De acordo com a Visão, o público-alvo do Chega, vai sendo seduzido entre líderes e pastores evangélicos durante cultos, assim como por eleitores desiludidos que já aderiram ao partido. A maioria deles consideraram-se "antirracistas" e "antifascistas", mas não é essa visão que partilham nomeadamente nas redes sociais
As ligações do Chega aos lóbis evangélicos, a extremistas e ao sector imobiliário de luxo são algumas das revelações de uma investigação da revista Visão, divulgada esta quinta-feira, sobre o partido liderado por André Ventura.
Ao longo de 10 páginas, a revista descreve o vasto público-alvo do Chega, que junta antigos militantes do PSD, do CDS e do próprio PS, e que vai sendo seduzido entre líderes e pastores evangélicos durante cultos.
De acordo com a Visão, vários dirigentes do Chega dedicam-se ao sector imobiliário de luxo, como é o caso do vice-presidente e ideólogo do Chega, Diogo Pacheco de Amorim, consultor imobiliário que assumirá o lugar de André Ventura no Parlamento no arranque da campanha presidencial, e o diretor de comunicação do partido, Ricardo Regalla, consultor na imobiliária 1st Class Key, com negócios na capital e na linha de Sintra e Cascais.
E também há membros do partido que surgem associados a sectores mais extremistas como Luís Filipe Graça, presidente da mesa da Convenção, que nega tais ligações assim como qualquer intervenção em financiamentos no estrangeiro. No entanto, sublinha a Visão, o filho deste funcionário do Chega, Luís Graça, teve um papel na organização de eventos nacionalistas com os neofascistas Gianluca Iannone, na Itália, Olena Semenyaka, na Ucrânia e no festival Pro Patria, na Grécia. Outro dos casos identificados é o do vice-presidente da distrital de Setúbal, Carlos Carrasco, que chegou a ser candidato pelo Partido Nacional Renovador (PNR) e a estabelecer contactos com Marine le Pen, da Frente Nacional, em França.

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