A Mocidade Portuguesa, extinta com o 25 de abril, foi criada, em 1936, por António de Oliveira Salazar, com o objetivo de inculcar na juventude o “sentimento de ordem, do gosto da disciplina e do culto do dever militar”.
Era uma organização nacional, que abrangia obrigatoriamente toda a juventude, escolar ou não, e que acabou por se estender dos 7 aos 25 anos, para “estimular o desenvolvimento integral da sua capacidade física, a formação do caráter e a devoção da pátria, no sentimento da ordem, no gosto da disciplina e no culto de dever militar” (art.º 1 – Regulamento da Mocidade Portuguesa).
A Mocidade Portuguesa, copiada dos modelos fascistas italianos, tinha estatutos, estrutura nacional e sinais exteriores de filiação. Os principais eram a farda (camisa verde, calção castanho, bivaque castanho escuro e um cinto com a letra S, que, embora se referisse a “Servir”, tinha a tradução popular de “Salazar”), braço direito estendido como saudação romana, e hino (“Lá vamos, cantando e rindo/levados, levados sim…”) cantando durante os desfiles ao estilo das paradas militares.
Os filiados agrupavam-se em escalões: Lusitos, dos 7 aos 10 anos; Infantes, dos 10 aos 14 anos; Vanguardistas, dos 14 aos 17 anos; Cadetes, dos 17 aos 25 anos. Os dois primeiros grupos eram os únicos de filiação obrigatória.
Mas, como a Mocidade Portuguesa tinha a seu cargo atividades desportivas, culturais e de ordem social (cantinas, pousadas, colónias de férias, concessão de bolsas de estudos, subsídios de assistência, centros médicos com assistência gratuita aos filiados) e chegou a lançar centros extraescolares para não estudantes (de formação profissional, desportivos, para vela, voleibol, futebol, ténis, hipismo, natação, pugilismo, aviação com e sem motor e campismo) a maioria da juventude acabava por estar nela integrada. Logo em outubro de 1937, Carneiro Pacheco, ministro da Educação Nacional, para conseguir universalizar esta organização, determinava que até os estabelecimentos de ensino particular passassem a receber gratuitamente alunos pobres, desde que tivessem “bom aproveitamento, exemplar conduta moral e estivessem filiados na Mocidade Portuguesa”.
Apesar do seu manto educacional, muitos consideravam a Mocidade Portuguesa na mesma linha das juventudes fascistas e hitlerianas, apontando, nomeadamente, o discurso do ministro, de 24 de maio de 1936, que definia o seu objetivo principal: “Dar a primeira formação, no sentido do vigor físico da raça, da retidão do caráter e da consciência nacional”.
Quando, a 25 de abril de 1974, 38 anos depois de ter surgido, os seus dirigentes entregaram as chaves da Mocidade Portuguesa ao vitorioso Movimento das Forças Armadas, já muitos poucos ou quase ninguém lhe atribuía a importância de que se revestiu nos anos 40 e 50.
Era uma organização nacional, que abrangia obrigatoriamente toda a juventude, escolar ou não, e que acabou por se estender dos 7 aos 25 anos, para “estimular o desenvolvimento integral da sua capacidade física, a formação do caráter e a devoção da pátria, no sentimento da ordem, no gosto da disciplina e no culto de dever militar” (art.º 1 – Regulamento da Mocidade Portuguesa).
A Mocidade Portuguesa, copiada dos modelos fascistas italianos, tinha estatutos, estrutura nacional e sinais exteriores de filiação. Os principais eram a farda (camisa verde, calção castanho, bivaque castanho escuro e um cinto com a letra S, que, embora se referisse a “Servir”, tinha a tradução popular de “Salazar”), braço direito estendido como saudação romana, e hino (“Lá vamos, cantando e rindo/levados, levados sim…”) cantando durante os desfiles ao estilo das paradas militares.
Os filiados agrupavam-se em escalões: Lusitos, dos 7 aos 10 anos; Infantes, dos 10 aos 14 anos; Vanguardistas, dos 14 aos 17 anos; Cadetes, dos 17 aos 25 anos. Os dois primeiros grupos eram os únicos de filiação obrigatória.
Mas, como a Mocidade Portuguesa tinha a seu cargo atividades desportivas, culturais e de ordem social (cantinas, pousadas, colónias de férias, concessão de bolsas de estudos, subsídios de assistência, centros médicos com assistência gratuita aos filiados) e chegou a lançar centros extraescolares para não estudantes (de formação profissional, desportivos, para vela, voleibol, futebol, ténis, hipismo, natação, pugilismo, aviação com e sem motor e campismo) a maioria da juventude acabava por estar nela integrada. Logo em outubro de 1937, Carneiro Pacheco, ministro da Educação Nacional, para conseguir universalizar esta organização, determinava que até os estabelecimentos de ensino particular passassem a receber gratuitamente alunos pobres, desde que tivessem “bom aproveitamento, exemplar conduta moral e estivessem filiados na Mocidade Portuguesa”.
Apesar do seu manto educacional, muitos consideravam a Mocidade Portuguesa na mesma linha das juventudes fascistas e hitlerianas, apontando, nomeadamente, o discurso do ministro, de 24 de maio de 1936, que definia o seu objetivo principal: “Dar a primeira formação, no sentido do vigor físico da raça, da retidão do caráter e da consciência nacional”.
Quando, a 25 de abril de 1974, 38 anos depois de ter surgido, os seus dirigentes entregaram as chaves da Mocidade Portuguesa ao vitorioso Movimento das Forças Armadas, já muitos poucos ou quase ninguém lhe atribuía a importância de que se revestiu nos anos 40 e 50.
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