Escolha foi confirmada nesta madrugada.
Maior central sindical é liderada pela primeira vez
em 50 anos por uma dirigente mulher.
A técnica administrativa e até agora presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), de 59 anos, foi escolhida na primeira reunião do novo conselho nacional da CGTP, que se reuniram na noite de sexta-feira.
Camarinha já fazia parte da comissão executiva desde 2016 — no segundo mandato de Arménio Carlos — e o seu nome foi sugerido para suceder ao anterior secretário-geral na reunião que este órgão teve na última segunda-feira, a última antes do congresso que começou na sexta-feira
Foi ainda eleita a nova comissão executiva da CGTP, com 134 votos a favor e nove brancos.
Foi ainda eleita a nova comissão executiva da CGTP, com 134 votos a favor e nove brancos.
Isabel Camarinha considerou uma honra ser a primeira mulher secretária-geral da CTGP. “A participação das mulheres tem vindo a aumentar no mundo do trabalho, portanto é natural que assumam funções diversas no movimento sindical”, destacou aos jornalistas, após serem conhecidos os resultados da votação.
Além de Arménio Carlos, que sai de secretário-geral aos 64 anos ao fim de dois mandatos, deixam de pertencer à comissão executiva mais nove pessoas, entre os quais estão sindicalistas das várias correntes da Inter e nomes históricos. Saem Deolinda Machado, Graciete Cruz, Carlos Trindade, João Torres, Fernando Jorge Fernandes, Augusto Praça e Carlos João Tomás.
Camarinha tem 59 anos e, como atingirá a idade legal da reforma num segundo mandato, tudo indica que será secretária-geral apenas durante quatro anos.
O anterior secretário-geral fez uma retrospectiva dos 50 anos da Intersindical, recordou os tempos da troika nos anos de Governo de Pedro Passos Coelho e a viragem para a negociação à esquerda no Parlamento. Criticou o executivo de António Costa pela “cedências” à direita e por não abdicar do excedente orçamental. E reforçou o posicionamento da CGTP na luta contra o empobrecimento dos jovens trabalhadores. Sem esquecer todos os que trabalham e “quem trabalhou”.
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