O bombista italiano preso em
Fátima durante uma viagem
espiritual
Processo de entrega às autoridades italianas de
Maurizio Tramonte um extremista de direita, condenado a perpétua por
um atentado de 1974, demorou seis meses.
Era manhã de um dia de semana – quarta-feira, 21 de Junho –, pelo que o santuário não estava cheio. E os poucos peregrinos que por ali circulavam nem repararam como a Polícia Judiciária o abordou e lhe deu ordem de prisão.
Maurizio Tramonte, 64 anos, não era apenas um devoto de Nossa Senhora – apesar de ter encarado esta deslocação a Portugal como uma viagem espiritual. Era um condenado a prisão perpétua pelos crimes de "chacina e homicídios" de oito pessoas, na sequência de um atentado na Piazza della Loggia, em Brescia, no norte de Itália, em 1974 (veja o vídeo).
De madrugada, a Polícia Judiciária de Leiria recebeu indicação de que estava em Fátima. E em poucas horas os inspectores enviados ao terreno identificaram o carro em que Tramonte e a mulher tinham viajado e o hotel próximo do santuário onde dormiram na noite anterior.
Já passaria do meio-dia quando o encontraram a rezar e, garantidas todas as medidas de segurança (estavam em maioria e jogaram com o factor-surpresa), o abordaram.
Depois de Maurizio Tramonte ser levado à Relação de Évora e de se recusar a regressar a Itália, seguiram-se seis meses de recursos.
Na terça-feira 19 de Dezembro, pelas 13h15, aterrou no aeroporto de Fiumicino e foi levado para a prisão de Rebibbia, em Roma.
O processo de entrega (não se trata de extradição por ser um mandado de detenção europeu) "demorou mais do que a média", diz à SÁBADO fonte conhecedora.
www.sabado.pt
www.sabado.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário