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domingo, 16 de fevereiro de 2020

HÁ TRÊS ANOS ERA PRESO EM FÁTIMA A REZAR, UM TERRORISTA DE EXTREMA DIREITA ITALIANO




O bombista italiano preso em Fátima durante uma viagem espiritual
Ajoelhado, um homem de cabelos brancos orava virado para o altar da basílica velha, em Fátima. 

Era manhã de um dia de semana – quarta-feira, 21 de Junho –, pelo que o santuário não estava cheio. E os poucos peregrinos que por ali circulavam nem repararam como a Polícia Judiciária o abordou e lhe deu ordem de prisão. 

Maurizio Tramonte, 64 anos, não era apenas um devoto de Nossa Senhora – apesar de ter encarado esta deslocação a Portugal como uma viagem espiritual. Era um condenado a prisão perpétua pelos crimes de "chacina e homicídios" de oito pessoas, na sequência de um atentado na Piazza della Loggia, em Brescia, no norte de Itália, em 1974 (veja o vídeo).


De madrugada, a Polícia Judiciária de Leiria recebeu indicação de que estava em Fátima. E em poucas horas os inspectores enviados ao terreno identificaram o carro em que Tramonte e a mulher tinham viajado e o hotel próximo do santuário onde dormiram na noite anterior. 

Já passaria do meio-dia quando o encontraram a rezar e, garantidas todas as medidas de segurança (estavam em maioria e jogaram com o factor-surpresa), o abordaram. 


Depois de Maurizio Tramonte ser levado à Relação de Évora e de se recusar a regressar a Itália, seguiram-se seis meses de recursos. 

Na terça-feira 19 de Dezembro, pelas 13h15, aterrou no aeroporto de Fiumicino e foi levado para a prisão de Rebibbia, em Roma. 
O processo de entrega (não se trata de extradição por ser um mandado de detenção europeu) "demorou mais do que a média", diz à SÁBADO fonte conhecedora.

www.sabado.pt

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