Assim como outros indicadores econômicos, a dívida não explica por si só a realidade financeira da economia global. Mas é um excelente instrumento para analisar o futuro a meio e longo prazo de muitos países. Este gráfico de HowMuch, o site dedicado a produzir ilustrações que explicam as escalas da economia global, mostra os países líderes no quesito da dívida. O resultado é interessante. À cabeça está o Japão cujo volume de dívida é astronómico: ao redor de 238% do Produto interno bruto.
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A cifra parece inalcançável para seu seguidor mais imediato, a Grécia, com 182%, um caso familiar para os europeus. Por que? A história do endividamento japonês remonta-se a princípios dos anos noventa, quando o setor financeiro do país explodiu e deu passagem à década perdida. O Japão, hoje, pode pagar seus vencimentos graças à coleta de imposto, mas até quando?
Alguns economistas apontam que em meados deste século, a partir de 2040, o país poderia entrar em graves apuros (falência). O crescimento econômico está estancado faz décadas, e as projeções demográficas são terríveis. No entanto, Japão é uma das três maiores economias do mundo, ainda muito produtiva, sem que o peso de sua dívida lhe afogue. É uma exceção.
Grécia é um exemplo mais realista do que ocorre a um país quando a calamidade econômica bate à porta. A recessão de 2008, um longo histórico de péssimo gerenciamento financeiro, o falseamento de contas e as amarras impostas pelo BCE ao euro provocaram uma tormenta perfeita que impediu a Grécia de fazer frente a seus pagamentos. Resultado? 182%. Superado o pior da crise, Grécia, ao menos, deixou de viver com a água no pescoço, mas segue arrastando problemas gigantescos.
O top ten é completado por países dos mais diversos. Países subdesenvolvidos submersos em conflitos civis eternos -o Congo, Sudão, Eritréia-; ilhas de pequeno tamanho e escasso rendimento econômico -Barbados, Cabo Verde-; países europeus que ainda pagam as consequências da crise do euro e de décadas de pobre gerenciamento financeiro -Portugal, Itália-; e inclusive um dos micropaíses mais flutuantes do planeta -Singapura-.
Todos eles superam o 100% de volumes de dívida. Outros seguem de perto: Butão, Estados Unidos, Bélgica, Egito, Moçambique e Jamaica, cada um por razões muito diversas, viram sua dívida crescer de forma constante durante as últimas décadas. Em ocasiões o problema é de caráter imediato. Em outras, é um dilema a longo prazo.
Em quase todos os casos a dívida explica só parcialmente quão próspero (ou bem gerenciado) é um país. Em o outro extremo da balança, não obstante, encontram-se nações tão calamitosas em seu rendimento econômico -Afeganistão, com tão só 7% de dívida; ou Botswana, com 14%-, como flutuantes ou muito ricas -Estônia com um 9%; Arábia Saudita com 17%; ou Luxemburgo com 23%-.
É um mundo impulsionado pela dívida, mas um em que cada volume de dívida só é dramático (ou muito positivo) em relação às condições particulares de cada estado. O Brasil, por verdade, ocupa a parte média alta da tabela com 84%.
Alguns economistas apontam que em meados deste século, a partir de 2040, o país poderia entrar em graves apuros (falência). O crescimento econômico está estancado faz décadas, e as projeções demográficas são terríveis. No entanto, Japão é uma das três maiores economias do mundo, ainda muito produtiva, sem que o peso de sua dívida lhe afogue. É uma exceção.
Grécia é um exemplo mais realista do que ocorre a um país quando a calamidade econômica bate à porta. A recessão de 2008, um longo histórico de péssimo gerenciamento financeiro, o falseamento de contas e as amarras impostas pelo BCE ao euro provocaram uma tormenta perfeita que impediu a Grécia de fazer frente a seus pagamentos. Resultado? 182%. Superado o pior da crise, Grécia, ao menos, deixou de viver com a água no pescoço, mas segue arrastando problemas gigantescos.
O top ten é completado por países dos mais diversos. Países subdesenvolvidos submersos em conflitos civis eternos -o Congo, Sudão, Eritréia-; ilhas de pequeno tamanho e escasso rendimento econômico -Barbados, Cabo Verde-; países europeus que ainda pagam as consequências da crise do euro e de décadas de pobre gerenciamento financeiro -Portugal, Itália-; e inclusive um dos micropaíses mais flutuantes do planeta -Singapura-.
Todos eles superam o 100% de volumes de dívida. Outros seguem de perto: Butão, Estados Unidos, Bélgica, Egito, Moçambique e Jamaica, cada um por razões muito diversas, viram sua dívida crescer de forma constante durante as últimas décadas. Em ocasiões o problema é de caráter imediato. Em outras, é um dilema a longo prazo.
Em quase todos os casos a dívida explica só parcialmente quão próspero (ou bem gerenciado) é um país. Em o outro extremo da balança, não obstante, encontram-se nações tão calamitosas em seu rendimento econômico -Afeganistão, com tão só 7% de dívida; ou Botswana, com 14%-, como flutuantes ou muito ricas -Estônia com um 9%; Arábia Saudita com 17%; ou Luxemburgo com 23%-.
É um mundo impulsionado pela dívida, mas um em que cada volume de dívida só é dramático (ou muito positivo) em relação às condições particulares de cada estado. O Brasil, por verdade, ocupa a parte média alta da tabela com 84%.
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