O empresário tentou enviar 600 mil euros para a China. Todavia, o Millennium BCP comunicou ao MP suspeitas de branqueamento de capitais. Os movimentos bancários foram suspensos e o valor apreendido
A dois de março do ano passado, um incêndio num prédio da Rua Alexandre Braga, no Porto, matou um homem de 55 anos e desalojou uma idosa de 88 anos e dois filhos. O fogo, tudo indica, teve origem criminosa e o responsável moral é um empresário chinês de 24 anos, dono do prédio desde 12 de dezembro de 2016. Esta é a tese do Ministério Público na acusação do processo, que tem ainda como arguidos três indivíduos portugueses e a mulher do empresário.
Ao que consta, o empresário terá tentado forçar a saída dos inquilinos de um dos três pisos do prédio e que ali moravam há mais de 50 anos. A família de Maria Mendes Oliveira, 88 anos, pagava uma renda de 53,28 euros.
Devido às leis do arrendamento, só por acordo é que poderia cessar o contrato. A família Oliveira, contudo, recusou todas as propostas - que chegaram aos 40 mil euros. O empresário chinês terá, então, enviado três indivíduos para intimidar os inquilinos do prédio, segundo o Ministério Público.
O incêndio, que acabou por provocar a morte de um homem de 55 anos, terá sido um dos muitos estratagemas utilizados para forçar a família a sair do prédio.
Chenglong Li está em prisão preventiva desde junho, mas isso não o impediu de vender o imóvel através da cadeia, graças a uma procuração passada à mulher, revela o “Jornal de Notícias” esta quinta-feira. Há quatro anos, o prédio foi adquirido por 645 mil euros. Entretanto, foi vendido a uma empresa portuguesa por 1,2 milhões de euros.
Da cadeia, o empresário tentou enviar 600 mil euros para a China. Todavia, o Millennium BCP comunicou ao MP suspeitas de branqueamento de capitais. Os movimentos bancários foram suspensos e o valor apreendido
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