Já o total de reclamado pelos credores ultrapassa os 137 milhões de euros, sendo que em vários dos credores não há reclamação da dívida, mas há um valor atribuído, que explica as diferenças destes números.
A lista de credores da Groundforce, compilada durante o processo de insolvência, conta com 2.791 entidades, num total de mais de 154 milhões de euros, sendo que a TAP viu reconhecidos créditos de quase 19,7 milhões de euros.
Segundo a lista provisória de credores, a que a Lusa teve acesso, e que poderá ainda sofrer alterações, nomeadamente com a junção de novos pedidos, a dívida total, entre o que é reclamado e o que se encontra na contabilidade, ultrapassa os 154 milhões de euros.
Já o total de reclamado pelos credores ultrapassa os 137 milhões de euros, sendo que em vários dos credores não há reclamação da dívida, mas há um valor atribuído, que explica as diferenças destes números.
Entre os credores destaca-se a TAP, que pediu a insolvência da empresa de ‘handling’ (assistência nos aeroportos em terra) e que submeteu várias reclamações, num total de cerca de 19,7 milhões de euros, por fornecimentos de bens e serviços, prestações de serviços, contrato de aluguer operacional, entre outros.
Também a ANA – Aeroportos de Portugal conta com um lugar de destaque entre os credores da Groundforce, com 12,6 milhões de euros em dívidas reconhecidas na lista.
O Estado também está a reclamar dívidas à empresa, com a Segurança Social a ver reconhecidos 10,4 milhões de euros, relativos a contribuições e a um apoio devido à covid-19.
O BCP viu reconhecida uma dívida de mais de dois milhões de euros, montante semelhante ao pedido pela seguradora Fidelidade.
A maioria dos credores tem créditos laborais, de acordo com a lista, ou seja, são trabalhadores.
Com dívidas menores, mas que já tinham sido apontadas pelo tribunal que decretou a insolvência da empresa estão a Prosegur, com 281,5 mil euros, a Iberlim, com 421,6 mil euros, a UCS, com quase 224 mil euros, a Meo, com 76,4 mil euros, e a Eurest, com mais de 93 mil euros.
Num relatório, os administradores de insolvência explicam que visto que o “prazo para reclamar créditos se viu terminar” apenas na sexta-feira, dia 10, e que, por isso, é “expectável que possam, ainda, ver-se recebidas reclamações que tenham sido remetidas por via postal, sendo que procederão os signatários, caso assim se justifique, a juntar ulteriormente uma lista provisória devidamente atualizada”.
A assembleia de credores da Groundforce realiza-se esta quarta-feira, 22 de setembro.
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa decretou no dia 04 de agosto a insolvência da SPdH (Groundforce), anunciou a TAP, que tinha feito um requerimento nesse sentido, no dia 10 de maio, de acordo com um comunicado.
A insolvência da Groundforce deverá interferir, ou pelo menos atrasar a venda das ações que o Montepio detém na empresa, como resultado do incumprimento de uma dívida por parte do principal acionista da empresa de ‘handling’, a Pasogal, de Alfredo Casimiro.
O Governo estava à espera do resultado desta venda antes de avançar com outra solução, que passará por uma “mudança acionista indispensável para a viabilização da empresa”, segundo um comunicado divulgado em 21 de julho.
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