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Raquel Queirós (Velo Performance/JS Campinense) conquistou ontem, dia 5 de setembro, em Lisboa, Capital Europeia do Desporto 2021, a primeira edição da Volta a Portugal Feminina Cofidis.
A última etapa, 94,7 quilómetros entre Caldas da Rainha e a capital, foi ganha por Lucy Lee (Team LDN/Brother UK).
A tirada foi atacada desde muito cedo, devido, essencialmente, à ambição das britânicas da Team LDN/Brother UK de recuperarem a Camisola Amarela Lisboa Capital Europeia do Desporto, que perderam na véspera para Raquel Queirós.
A corredora portuguesa, apoiada pela equipa mista formada pelo Clube BTT de Matosinhos e pela Velo Perfomance/JS Campinense resistiu às investidas, marcando sempre a roda de Danielle Shrosbree.
Os ataques reduziram o pelotão, mas as melhores mantiveram-se sempre juntas, o que permitiu uma disputa ao sprint, na zona ribeirinha de Lisboa. A equipa do Reino Unido não conseguiu assaltar a geral, mas ganhou mais uma etapa. A intérprete do sucesso foi hoje Lucy Lee, que cruzou à frente do pelotão, ao fim de 2h55m54s de corrida. Lucia García e Laura Rodríguez, ambas da Seleção da Catalunha, ocuparam as posições imediatas.
“Tivemos uma semana um bocado frustrante, enquanto equipa, devido aos azares que prejudicaram a Danelle Shrosbree. Hoje tentámos recuperar a camisola amarela, mas não foi possível. Pessoalmente, estou muito feliz com a vitória na etapa. Este resultado é um prémio para a equipa e sobretudo para a Danielle, é a ela que dedico este resultado. A Volta a Portugal Feminina foi maravilhosa, uma corrida muito bem organizada, com paisagens muito bonitas. Quero voltar no futuro”, garantiu Lucy Lee.
Raquel Queirós foi a sétima a cortar a meta, com o mesmo tempo da vencedora, e fez história. É a vencedora da primeira Volta a Portugal Feminina Cofidis. Concluiu as quatro etapas com 7h28m52s, menos 35 segundos do que a júnior Sofia Gomes (Vesam/Blok-Vilanonvense Cycling Girls) e menos 48 segundos do que a catalã Iris Gómez, segunda e terceira, respetivamente.
“Sinto-me extremamente orgulhosa. Nunca imaginei poder ganhar esta corrida. Vim para aqui sem saber o que o meu corpo poderia dar, mas é óbvio que estou muito, muito, muito contente por levar a camisola amarela para casa. A etapa de hoje foi muito dura, mas tive a ajuda da minha colega Mariana [Líbano] e de outras corredoras portuguesas, que se uniram para garantir uma vitória nacional. Tenho de agradecer a todas as meninas que me ajudaram a vencer esta corrida”, reconhece Raquel Queirós.
Danielle Shrosbree conquistou a Camisola Vermelha Cofidis, dos pontos, e a Camisola Azul Polisport, da montanha. Sofia Gomes ganhou a Camisola Branca IPDJ, símbolo de melhor júnior em competição. Nesta classificação particular foi 40 segundos mais rápida do que Beatriz Pereira (Bairrada) e 1m14s melhor do que Laura Ruiz (Rio Miera Meruelo/Cantabria Deporte). A Team LDN/Brother UK impôs-se coletivamente.
“Antes de começar a Volta não estava nada á espera de ser a segunda da geral. Vim apenas para dar o meu melhor e para tentar perceber qual o nível da competição. Na primeira etapa foi tudo uma surpresa para mim, sobretudo reparar que conseguia estar nas três melhores juniores. O segundo dia foi um abrir de olhos para mim, quando fiquei na liderança da juventude, porque fiquei a pensar que poderia mesmo levar a camisola para casa. Quando consegui ficar em segundo lugar no contrarrelógio fiquei impressionada e percebi que hoje teria de dar tudo”, descreve Sofia Gomes, que, na próxima semana vai competir no Campeonato da Europa. “Será a prova com nível mais elevado em que alguma vez estive presente. Vou com tudo para que corra bem”, antecipa a melhor jovem da Volta a Portugal Feminina Cofidis.
Ao longo da Volta, a Federação homenageou diferentes gerações de ciclistas. Hoje foi a vez de Maria Martins. Teve a recebê-la o presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, ou não fosse ela própria, à semelhança de Raquel Queirós, uma atleta olímpica.
Por: FPC
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