O falar sobre grandes pintores é natural buscar na mente os mestres europeus e suas obras imortais. Porém, grandes artistas surgiram em várias partes do mundo e beberam da fonte poderosa da mesma escola desses grandes mestres.
No Brasil, entre tantos, tivemos as pinturas de Pedro Américo, um dos mais importantes pintores da nossa história. Tive o privilégio de visitar a casa onde ele nasceu e viveu na cidade de Areia, na Paraíba.
Pedro Américo foi, além de pintor, romancista, poeta, cientista, teórico de arte, ensaísta, filósofo, político e professor.
Logo aos dez anos de idade fez parte na caravana do naturalista francês Louis Jacques Brunet como desenhista numa excursão pelo nordeste. Anos depois matriculou-se na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) e, apadrinhado pelo imperador D. Pedro II, foi estudar em seguida na École National Superiéure des Beaux-Arts, em Paris.
Na volta de sua estadia pela Europa começou a lecionar estética, história da arte e arqueologia onde começou, na AIBA.
No ano de 1871, pintou seu primeiro painel, Batalha de Campo Grande, que retrata a cena da batalha. Pedro Américo recebeu no ano seguinte o título de Pintor Histórico da Real Câmara, com o sucesso do painel, e foi convidado pela coroa para retratar a Batalha do Avaí, da Guerra do Paraguai.
Enquanto uns aclamavam a obra pronta, outros acusavam-no de plagiar a tela Batalha de Montebelo do italiano Andrea Appiani.
Por volta de 1879, retornou à Florença, onde pintou alguns de seus mais importantes quadros, como O Voto de Heloísa, Judite e Holofenes, Moisés e Jocabed e Rabequista Árabe.
Sua pintura mais famosa foi Independência ou Morte. Mais uma vez, os críticos apontaram semelhanças entre Independência ou Morte e a pintura 1807, Friedland, do francês Ernest Meissonier. Quanto às polêmicas, uns creem na probabilidade de Pedro Américo ter se inspirado na obra em questão, não seria um plágio, outros creem na cópia direta, o plágio. Será uma discórdia que perdurará para sempre, mas que não tira o brilhantismo na qualidade artística do pintor.
Américo voltou à Itália e permaneceu na Europa até sua morte, em 1905.
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