O Senado argentino sancionou esta sexta-feira um imposto extraordinário "sobre as 12.000 pessoas" com a maior fortuna para resolver a luta contra a Covid-19, conceder subsídios à pobreza e empréstimos às PME, entre outras ajudas sociais de emergência.
O projeto foi aprovado com 42 votos a favor e 26 contra, após um longo debate que polarizou as forças em uma sessão transmitida ao vivo pelo YouTube.
A aliança governamental fez valer sua maioria para aprovar a chamada "contribuição solidária" que, pela única vez, tentará arrecadar o equivalente a cerca de 3.000.000.000 de pesos.
Em uma sessão relativamente curta, o Senado aprovou a Lei de Solidariedade e Contribuição Extraordinária das grandes fortunas para aliviar os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus.
A iniciativa prevê a arrecadação de 2% do património de pessoas que tenham declarado patrimônio superior a 200 milhões de pesos até a data da promulgação da lei.
O presidente da Comissão de Orçamento e Finanças do Senado, Carlos Caserio, ficou encarregado de detalhar o escopo da regulamentação que visa amenizar os efeitos da pandemia do coronavírus.
“Além da pandemia, a Argentina teve que enfrentar esta situação com uma economia devastada”, disse Anabel Fernández Sagasti, funcionária de Mendoza, encerrando o debate sobre a iniciativa.
O legislador questionou duramente a oposição por não seguir a medida.
"A realidade é que eles não podem nos dizer por que defendem com tanta veemência os bolsos de um punhado de bilionários na Argentina", disse ele.
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