A Rússia registrou seus primeiros pacientes diagnosticados com o novo coronavírus chinês, confirmou a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova. A notícia alarmante chega apenas um dia depois que Moscovo fechou sua fronteira do Extremo Oriente com a China.
Golikova disse a repórteres que os dois pacientes são cidadãos chineses, um na região de Zabaikalsky, no Extremo Oriente, e outro na região de Tyumen, no oeste da Sibéria - que são separados por uma distância de cerca de 4.000 km.
Os pacientes em questão foram submetidos a "monitoramento rigoroso". Eles foram colocados em quarentena e estão recebendo cuidados médicos.
A chefe da Rospotrebnadzor (uma agência de vigilância estatal), Anna Popova, acredita que não há risco imediato de uma maior disseminação do coronavírus na Rússia.
Como medida de precaução, Moscovo começará a evacuação de cerca de 300 cidadãos da cidade de Wuhan, atingida pelo vírus, e outros 341 da área circundante.
Cerca de 2.600 russos em férias na ilha de Hainan também serão levados de volta para casa, anunciou o vice-primeiro-ministro.
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Para impedir a propagação do vírus, Moscovo está suspendendo a maioria dos voos de e para a China.
As exceções são as rotas da Aeroflot para Pequim, Xangai, Guangzhou e Hong Kong, bem como as companhias aéreas chinesas que chegam ao aeroporto Sheremetyevo em Moscou. Eles serão restritos ao Terminal F.
Em outra medida, os cidadãos russos serão proibidos de cruzar a fronteira com a Mongólia.
Até agora, houve 213 mortes registradas pelo novo coronavírus e mais de 9.800 infecções relatadas.
A grande maioria ocorreu na China, mas cerca de cem casos foram registados em outros 20 países. Agora, a Rússia se tornou a 21ª. Na quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde declarou o surto uma emergência de saúde global.
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