O Electro, um dos vilões do Homem-Aranha, pode gerar grandes quantidades de eletricidade, teoricamente até aproximadamente um milhão de volts. Na natureza não podemos encontrar algo assim, mas ao menos sim há uma criatura que pode gerar até 860 volts. Esta criatura é a enguia-elétrica do gênero Electrophorus, que é nativa dos sistemas fluviais dos trópicos da América do Sul e Central. Segundo um estudo da Nature de 2019, das três espécies conhecidas, a E. voltai é a que gera mais eletricidade, com até 860 volts no caso de uma fêmea de 1,2 metros de comprimento. |
O peixe produz eletricidade com três pares de órgãos ao longo do corpo. O William Crampton, um dos autores do estudo, declara, no entanto, que o tamanho e o potencial elétrico não estão relacionados:
- "As enguias-elétricas podem atingir tamanhos enormes, de até 2 metros, mas com frequência, esses monstros têm menos voltagem que outros exemplares menores."
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A potência da Electrophorus voltai e também da Electrophorus electricus, o nosso conhecido poraquê, poderia ser explicado como uma forma de adaptação a seu meio aquático, situado em altiplanos, onde a condutividade elétrica é débil.
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Umas 250 espécies de peixes-elétricos vivem na América do Sul e todas produzem corrente elétrica para se comunicar ou se orientar, mas as enguias são as únicas que a utilizam para caçar ou se defender.
As enguias elétricas, que pese a seu nome se parecem mais aos peixes que às verdadeiras enguias, apaixonam os cientistas por sua capacidade de produzir eletricidade, conseguindo paralisar suas presas mediante um mecanismo de eletrochoque.
Só para se ter uma ideia: uma pistola Taser proporciona 19 pulsos de alta voltagem por segundo, enquanto o peixe-elétrico produz 400 pulsos por segundo, capaz de derrubar um cavalo.
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