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A pandemia de saúde está já a provocar uma «sangria» no tecido empresarial do país.
No distrito de Castelo Branco, mais de 20 empresas já entraram em lay-off, e “uma parte significativa dos trabalhadores vai ter uma quebra de 25% no seu rendimento”. O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco criticou as «regras do jogo» do lay-off e sublinhou que “os pequenos empresários estão completamente desarmados”
O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), Luís Garra, em declarações ao Jornal Fórum Covilhã afirmou que o despedimento dos 60 trabalhadores nas Confeções Trindade, no Tortosendo, é “absolutamente ilegal, ilegítimo e trapaceiro”.
Da parte da USCB deixa uma palavra de “solidariedade” a estes trabalhadores, sublinhando que a resposta da estrutura sindical “foi imediata”. “Para já, os trabalhadores vão recorrer ao subsídio de desemprego”, disse, acrescentando que o sindicalismo “não está de quarentena” e garantiu que “os serviços jurídicos vão contestar esse despedimento”.
Luís Garra recordou ainda a “chamada de atenção” da USCB, que apelou a “medidas sérias, no sentido de evitar uma pandemia social e económica, após a pandemia de saúde”. “O balanço que fizemos há poucos dias já está largamente ultrapassado e, no distrito de Castelo Branco, estão cerca de três mil trabalhadores e 20 empresas em situação de lay-off. Este número está aumentar todos os dias e parte significativa dos trabalhadores vai ter uma quebra de 25% no seu rendimento”, afirmou.
O coordenador da USCB criticou ainda os gestores de algumas empresas que acumularam lucros de milhões de euros nos últimos anos, e agora, não fazem “nenhum esforço” para colmatar esta quebra de rendimentos dos trabalhadores. “Se queremos retoma económica é essencial que os rendimentos sejam assegurados e as empresas devem suportar o valor entre aquilo que a segurança social paga e o valor que os trabalhadores recebiam, até porque as empresas que entram no lay-off ficam isentas de pagar à Segurança Social”.
O sindicalista considera que “não é admissível que algumas empresas tentem resolver problemas que tinham à custa da pandemia” e afirmou que “em alguns casos pode até acontecer que o layo-ff dê dinheiro às empresas, o que não é aceitável. O lay-off existe para garantir a manutenção dos postos de trabalho e o rendimento dos trabalhadores. Para os problemas de tesouraria das empresas o governo criou linhas especiais de crédito”, sublinhou.
Por fim, Luís Garra afirma que empresas com milhões de euros de lucro ao longo dos últimos anos e que agora terem acesso ao lay-off, com um simples requerimento “dá um sinal negativo e de mãos largas, quando depois vemos milhares e milhares de pequenos empresários que ficam completamente desarmados. Será nesse sentido que direcionemos a nossa ação”, concluiu.
“Despedimento é ilegal, ilegítimo e trapaceiro”
A pandemia de saúde está já a provocar uma «sangria» no tecido empresarial do país.
No distrito de Castelo Branco, mais de 20 empresas já entraram em lay-off, e “uma parte significativa dos trabalhadores vai ter uma quebra de 25% no seu rendimento”. O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco criticou as «regras do jogo» do lay-off e sublinhou que “os pequenos empresários estão completamente desarmados”
O coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB), Luís Garra, em declarações ao Jornal Fórum Covilhã afirmou que o despedimento dos 60 trabalhadores nas Confeções Trindade, no Tortosendo, é “absolutamente ilegal, ilegítimo e trapaceiro”.
Da parte da USCB deixa uma palavra de “solidariedade” a estes trabalhadores, sublinhando que a resposta da estrutura sindical “foi imediata”. “Para já, os trabalhadores vão recorrer ao subsídio de desemprego”, disse, acrescentando que o sindicalismo “não está de quarentena” e garantiu que “os serviços jurídicos vão contestar esse despedimento”.
Luís Garra recordou ainda a “chamada de atenção” da USCB, que apelou a “medidas sérias, no sentido de evitar uma pandemia social e económica, após a pandemia de saúde”. “O balanço que fizemos há poucos dias já está largamente ultrapassado e, no distrito de Castelo Branco, estão cerca de três mil trabalhadores e 20 empresas em situação de lay-off. Este número está aumentar todos os dias e parte significativa dos trabalhadores vai ter uma quebra de 25% no seu rendimento”, afirmou.
O coordenador da USCB criticou ainda os gestores de algumas empresas que acumularam lucros de milhões de euros nos últimos anos, e agora, não fazem “nenhum esforço” para colmatar esta quebra de rendimentos dos trabalhadores. “Se queremos retoma económica é essencial que os rendimentos sejam assegurados e as empresas devem suportar o valor entre aquilo que a segurança social paga e o valor que os trabalhadores recebiam, até porque as empresas que entram no lay-off ficam isentas de pagar à Segurança Social”.
O sindicalista considera que “não é admissível que algumas empresas tentem resolver problemas que tinham à custa da pandemia” e afirmou que “em alguns casos pode até acontecer que o layo-ff dê dinheiro às empresas, o que não é aceitável. O lay-off existe para garantir a manutenção dos postos de trabalho e o rendimento dos trabalhadores. Para os problemas de tesouraria das empresas o governo criou linhas especiais de crédito”, sublinhou.
Por fim, Luís Garra afirma que empresas com milhões de euros de lucro ao longo dos últimos anos e que agora terem acesso ao lay-off, com um simples requerimento “dá um sinal negativo e de mãos largas, quando depois vemos milhares e milhares de pequenos empresários que ficam completamente desarmados. Será nesse sentido que direcionemos a nossa ação”, concluiu.
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