“O homem encontrava-se a efetuar trabalhos de gestão de combustível, com recurso a uma motorroçadora, quando o equipamento entrou em sobreaquecimento após três horas de utilização, provocando a emissão de fagulhas provenientes do escape, dando-se início ao incêndio”, refere a GNR em comunicado.
Nessas circunstâncias, adianta, “o homem, que trabalhava sozinho, deu o alerta às autoridades e ainda tentou extinguir o incêndio com recurso a uma mangueira, no entanto, atendendo ao acentuado declive do terreno e às condições climatéricas, não o conseguiu extinguir, levando a que o mesmo se propagasse”.
Os factos serão remetidos ao Tribunal Judicial de Lagos, informa a GNR, adiantando que o homem foi identificado na sexta-feira pelo Comando Territorial de Faro, através do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Portimão, “pela ignição de um incêndio rural que se iniciou em Vilarinha, no concelho de Aljezur”.
O incêndio que deflagrou na sexta-feira em Aljezur, no Algarve, foi dado como dominado às 09:10 de hoje, de acordo com o segundo comandante, Abel Gomes, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.
O incêndio obrigou à retirada de pessoas de um loteamento no concelho vizinho de Vila do Bispo, por precaução, não havendo registo de casas ardidas.
Segundo dados disponibilizados na página na internet da Autoridad Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 10:30 estavam no combate ao incêndio 461 operacionais, apoiados por 145 meios terrestres e seis meios aéreos.
Segundo a GNR, a grande maioria dos incêndios registados no último ano teve origem na realização de trabalhos de gestão de combustível, queimadas e queimas de sobrantes de exploração.
Nesse sentido, a GNR apela para que se evitem comportamentos de risco nos espaços florestais e agrícolas e, em caso de incêndio, para ligar de imediato para o 112, transmitindo de forma sucinta e precisa a localização, a dimensão estimada e a forma de acesso mais rápida ao local.
HN // JH
Lusa/fim
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