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A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, já pediu à Procuradoria-Geral da República para avançar com ações indemnizatórias em nome do Estado.
A ministra da Justiça solicitou hoje à Procuradoria-Geral da República a intervenção do Ministério Publico para, em representação do Estado, instaurar ações indemnizatórias contra os promotores do evento de Odiáxere, em Lagos, do qual resultou a infeção de mais de sete dezenas de pessoas, incluindo crianças.
As autoridades de saúde do Algarve já tinham manifestado, em conferência de imprensa realizada na terça-feira, a sua vontade em que fossem atribuídas responsabilidades aos organizadores do evento.
Ação massiva de testes
Esta sexta-feira subiu para 90 o número de infetados relacionados com a festa ilegal em Lagos. Na festa participaram pessoas de diferentes concelhos e de várias nacionalidades, havendo infetados entre pessoas da mesma família, incluindo crianças e, também, entre colegas de trabalho.
A festa ilegal decorreu "há alguns dias e juntou um número avultado de pessoas", explicou na altura a autarquia em comunicado.
Para tentar travar as linhas de contágio, está em curso uma ação massiva de testes. As autoridades temem que a situação fique fora de controlo e que venha a ter um impacto demolidor no turismo.
Ministra da Saúde descarta cerca sanitária no Algarve
A ministra da Saúde descartou hoje a possibilidade de uma cerca sanitária, referindo que não é esta medida que impede as pessoas de terem comportamentos de risco.
"Não está em causa um cerco sanitário. Não é um cerco sanitário que institui a racionalidade suficiente para as pessoas se absterem de comportamentos que põem em causa a sua própria saúde como das pessoas que lhe estão próximas", afirmou a ministra da Saúde, Marta Temido, em resposta à agência Lusa, na conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal.
Marta Temido considerou que o surto em Lagos, resultante de festa ilegal, poderia ter sido evitado, salientando que é uma situação que "penaliza enormemente" o país.
O surto originado pela festa já provocou a suspensão de visitas aos utentes em 24 equipamentos sociais do barlavento (oeste) algarvio, num total de 13 estruturas - entre lares de idosos, unidades de cuidados continuados, lares de jovens e de saúde mental -, situadas em oito concelhos
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