Cabeça e corpo desmembrado da vítima encontrados em zonas distintas do Algarve. Asfixiaram Diogo até à morte.
O crime foi premeditado: uma das jovens seduzia Diogo e as duas matavam-no. O motivo era o roubo dos 75 mil euros que a vítima recebeu de indemnização pela morte da mãe num atropelamento com fuga. O rapaz, de 21 anos, foi asfixiado e o corpo desmembrado e depositado em zonas distintas do Algarve. As duas cúmplices foram apanhadas, ontem, pela Polícia Judiciária (PJ) que deteve as duas cúmplices por suspeitas de homicídio qualificado e profanação de cadáver.
As detidas têm 19 e 23 anos e viviam juntas em Lagos. Foram apanhadas depois de efetuarem movimentos bancários com o cartão multibanco que roubaram a Diogo Gonçalves.
Já estavam a ser vigiadas depois de a PJ ter percebido que uma delas se relacionava com o rapaz. Uma relação de proximidade que lhes permitiu saber da indemnização e conhecer-lhe as rotinas para melhor planear o crime.
MORTO EM CASA
Diogo, natural de Albufeira, estava dado como desaparecido desde 18 de março. Os vários vestígios recolhidos pelos inspetores e peritos da PJ indiciam que foi morto na casa onde morava, em Algoz, no concelho de Silves, e de onde desapareceram os dois telemóveis e um computador da vítima. Foi asfixiado até à morte na sua casa e depois desmembrado num local que a PJ ainda tenta apurar.
A cabeça foi lançada à cascata do Pego do Inferno, em Tavira, e encontrada por turistas franceses no dia 26. Horas mais tarde, o corpo, decepado, sem braços nem pés, foi retirado da base de uma arriba, em Sagres.
Os investigadores acreditam que as duas jovens foram primeiro a Sagres. Uma delas conduziu o carro de Diogo, que foi encontrado nas imediações da falésia. Depois de localizada a viatura, a Polícia Marítima e o Instituto de Socorros a Naufrágios desencadearam uma operação de busca que levou a encontrar o corpo com partes envoltas em sacos de plástico.
De origens humildes, Diogo trabalhava num hotel em Porches. A mãe foi morta num atropelamento com fuga e o jovem, único herdeiro, recebeu uma indemnização de cerca de 75 mil euros. O roubo foi, desde logo, a hipótese que a PJ assumiu como mais provável, tal como o JN noticiou.
Viajaram 150 km e depositaram cabeça em Tavira
Segundo a PJ, em comunicado, as jovens, "sem antecedentes criminais", estavam "social e familiarmente inseridas". Terão cometido os crimes entre 20 e 25 de março. Os restos mortais de Diogo Gonçalves foram encontrados no dia 26. Após o homicídio, em casa da vítima, as duas jovens foram até Sagres onde se desfizeram do corpo, desmembrado e decepado, e conduziram com a cabeça cerca de 150 quilómetros até Tavira. Uma semana depois foram detidas numa investigação que envolve inspetores da Diretoria do Sul, em Faro, e de Portimão.
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