Os dedos de Diogo Gonçalves foram cortados por Maria Malveiro e Mariana Fonseca para conseguirem aceder ao telefone do jovem de 21 anos e, posteriormente, à sua conta bancária.
Segundo disse ao POSTAL o diretor da Polícia Judiciária (PJ) de Faro, António Madureira, as duas jovens detidas na quinta-feira por suspeitas da morte do informático agiram por motivações económicas, para se apoderarem de quantias monetárias da vítima.
As detidas, Maria Malveira, de 19 anos, e Mariana Fonseca, de 23 anos, são suspeitas da prática dos crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver, ocorridos entre os dias 20 a 25 de março - quando a vítima, com 21 anos, terá sido desmembrada -, tendo depois, a 27 de março, sido encontradas partes do corpo nas zonas de Sagres e de Tavira.
Maria Malveira era segurança numa empresa e terá prestado serviço na unidade hoteleira onde trabalhava Diogo Gonçalves. Terão chegado a manter uma relação amorosa no passado, mas nunca assumido por ambos.
Atualmente, Maria e a Mariana, enfermeira no Hospital de Lagos, mantinham uma relação amorosa e viviam juntas e terão planeado extorquir cerca de 70 mil euros que a vítima recebeu de uma indemnização pela morte da mãe que tinha sido atropelada mortalmente no dia 2 de julho de 2016, na zona de Guia, concelho de Albufeira.
De acordo com o diretor da PJ de Faro, houve “efetivamente uma tentativa de apropriação de quantias monetárias por parte das suspeitas”.
As duas terão cortado os dedos de Diogo Gonçalves, de 21 anos, para lhe conseguirem aceder ao telefone, chegando assim à sua conta bancária. Maria já terá assumido ser a autora da morte do jovem, depois de o ter amarrado a uma cadeira, na casa de Algoz, e o ter estrangulado duas vezes. Mariana Fonseca terá reanimado o rapaz na primeira tentativa.
Segundo disse ao POSTAL, o jovem, residente na Guia, “foi morto por asfixia, crime que terá sido cometido na casa das envolvidas e o desmembramento [do corpo] terá ocorrido a seguir ao crime”.
“O transporte do corpo foi feito numa viatura de uma das envolvidas”, frisou António Madureira.
“Os investigadores recolheram elementos de prova científica, digital, apreensões, de vigilâncias, com testemunhos que permitiram concluir que as duas cidadãs terão cometido os factos qualificados como homicídio”, referiu.
António Madureira referiu que face aos indícios recolhidos pela PJ “não há razão para acreditar que há mais envolvidos”.
António Madureira realçou que o trabalho da PJ foi feito “num período de enormes restrições, ao qual os investigadores souberam dar a resposta a um crime que chocou toda a comunidade, num excelente trabalho de equipa entre Portimão e Faro”.
“Foi um sinal à comunidade que a PJ deu, de que investigação não está suspensa e que, mesmo nos momentos mais críticos, a PJ não vacila e está firme no combate ao crime”, destacou.
As duas mulheres vão ser apresentadas ao Tribunal de Portimão para serem ouvidas em primeiro interrogatório judicial e para aplicação das medidas de coação, “assim que o tribunal o entenda”, concluiu o responsAs suspeitas "estão social e familiarmente inseridas na sociedade e não têm antecedentes criminais". Uma delas é filha de um militar da GNR que presta serviço no Algarve. Os familiares e amigos das detidas estão em choque com o crime.
postal.pt
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