O terramoto de 1755 causou milhares de vítimas, para além da destruição do Paço Real da Ribeira, da Casa da Índia, de igrejas e conventos, do Hospital de
Todos os Santos, do Teatro da Ópera e de diversos palácios.
O monarca, D. José I, e a família real, que passara a noite em Belém, foram poupados. O soberano, receando a ocorrência de novos sismos, decidiu que, até ao fim dos seus dias, jamais viveria debaixo de tectos de pedra, mandando erguer um palácio de madeira e materiais leves. Como o Alto da Ajuda foi um dos locais menos afectados pela tragédia, ali construíram umas barracas que não eram dignas de um monarca.
Decidiu-se posteriormente erigir um edifício em madeira que conseguisse suportar possíveis abalos de terra, e assim, foi mandada erigir a Real Barraca, edifício no qual faleceu D. José em 1777.
Este paço serviu de residência da Corte durante cerca de três décadas, até à data da sua completa destruição (e de grande parte do seu valioso recheio) num incêndio que deflagrou na madrugada de 11 de Novembro de 1794, já no reinado de D. Maria I. Nessa altura a família real recolheu ao Palácio de Queluz, e o Príncipe Regente D. João, aprovou a construção de raiz de um novo palácio no local da Real Barraca.
Aprovado o projecto de Manuel Caetano de Sousa, foi assente a primeira pedra do novo Paço Real de Nossa Senhora da Ajuda em Maio de 1796 por José Pedro de Carvalho, Mestre da Repartição dos Pedreiros na Real Obra da Ajuda.
Fontes: antt.dglab.gov.pt/real-barraca-quer-saber-mais
wikpédia
Pormenor da Real Barraca no cimo da colina da Ajuda, numa vista panorâmica de Lisboa desenhada em 1763 (Biblioteca Nacional de Portugal)
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