ALGARVE - FARO
História
ATENÇÃO ! OS SUBLINHADOS LEVAM-NO(A) A FOTOS E MAIS INFORMAÇÃO
Os primeiros marcos datam do século VIII a.C., durante a colonização Fenícia do Mediterrâneo Ocidental. A cidade servia então de entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios.
Entre os séculos III a.C. e VIII d.C. a cidade esteve sob domínio Romano e Visigodo, vindo a ser conquistada pelos Mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha erigida a mando do príncipe mouro Bem Bekr, no século IX).
Na sequência da independência de Portugal em 1143, D. Afonso Henriques (primeiro Rei de Portugal) e os seus sucessores iniciaram a expansão do país para sul, reconquistando os territórios então ocupados pelos Mouros, o que culminou com a conquista do Algarve e da cidade de Faro no ano de 1249 pelas tropas de D. Afonso III.
D. Afonso III
"A sul da serra algarvia, estendia-se um mundo que fascinava os conquistadores cristãos, tanto portugueses como do norte da Europa: uma densa rede de castelos, e cidades ricas e populosas. Em 1189, num golpe arriscado, D. Sancho I, em conjunto com uma esquadra de Cruzados, lança-se sobre a cidade mais emblemática da região: Silves. Mas após um breve domínio português sobre o Barlavento, o poderoso Império Almôada iniciou uma reacção fulminante.
Meio século depois, Paio Peres Correia, liderando os Cavaleiros da Ordem de Santiago desencadeou uma série de campanhas que derrubaram o reino muçulmano do Algarve. Por fim, em 1249, D. Afonso III após a queda de Faro, Loulé e Aljezur, os últimos bastiões dos mouros, adopta o título de «Rei de Portugal e do Algarve»."
Sinopse de "O Segundo Reino" de: António Castro Henriques
in Memórias Eclesiásticas do Reino do Algarve
Frei Vicente Salgado, 1786
Introdução Histórica
Os vestígios mais antigos encontrados no concelho de Faro remontam ao Paleolítico, destacando-se, deste período, dois sítios: Alto Rodes e Alto de Santo António.
A ocupação humana no Bronze inicial (1800/ 1700 a.C. a 1500 a.C.) é documentada através da necrópole da Ferradeira (Conceição, Faro), descoberta em 1945 por Lyster Franco e Abel Viana. Esta assinala a passagem do ritual de inumação colectiva para o sepulcro individual, sem monumentalidade.
Em 1897 Santos Rocha explorou a necrópole da Campina (Conceição, Faro) datada do Bronze Médio (1500a.C./ 1200 a.C.). Não restam vestígios desta necrópole que foi descoberta ocasionalmente aquando de trabalhos agrícolas.
O povoado das Pontes de Marchil, remonta ao sec. IX a.C., isto é, ao final da Idade do Bronze, de ocupação sazonal, com habitações precárias para exploração dos recursos marisqueiros da ria de Faro.
O aglomerado proto-urbano de Faro, antiga Ossónoba, remonta à II Idade do Ferro (Sec. IV a.C. - Época Romana).
Os pratos de pescado encontrados em escavações no Largo da Sé e os vários fragmentos de ânforas encontrados na escavação do quintal do convento N.ª Sr.ª da Assunção (2001) comprovam os fortes contactos comerciais mantidos com o Norte de África, pelo menos entre a 2.ª metade do séc. IV a.C. e o séc. III a.C..
A civitas de Ossónoba (topónimo de origem túrdula) situava-se na Província da Lusitânia, que tinha como capital Emerita Augusta (Mérida). Com Vespasiano (69-79 a.C.), foi criada outra unidade administrativa: os Conventus (circunscrição judicial, estabelecida com o objectivo de facilitar a justiça). Ossónoba estava integrada no Conventus Pacensis com capital em Pax Iulia (Beja).
Ossónoba foi ciuitas ius latii, isto é, a sua administração organizava-se da seguinte forma: ordo decurionum (Assembleia Municipal) e llllviri quatuórviros (magistrados executivos escolhidos pela assembleia).
in Memórias Eclesiásticas do Reino do Algarve
Frei Vicente Salgado, 1786
Cunhou moeda ainda em época republicana (47 a.C./ 44 a.C.).
Foi elevada a municipium, muito provavelmente na época de Cláudio (41-54 d.C.), comprovando-se este facto por se tratar de um período de expansão económica, por se ter encontrado o busto de Agripina (sua mulher) em Milreu e pelo retrato claudiano encontrado na Praça Alexandre Herculano, em Faro.
A ciuitas Ossonobensis integrava um vasto território que, a oriente, passaria em Bias do Sul (Olhão), localidade onde se encontrou um miliário (marco que continha as milhas entre as cidades mais importantes), confinando com a ciuitas de Balsa (Luz de Tavira); para ocidente (o seu limite ainda é, hoje, apenas uma hipótese) passaria entre Albufeira e Lagos, esta afirmação é feita com base na antroponímia e na tipologia dos monumentos funerários e confinaria com a ciuitas Lacobrigense (Monte Molião?).
Do território de Ossónoba faziam parte diversas villae, de certo modo especializadas em actividades específicas: actividades agrícolas - S. João da Venda; actividades marítimas - Quinta do Lago; residência oficial - Milreu; outras são: Quinta do Marim, Amendoal, Cerro da Vila e Ludo.
A cidade organizava-se em diversas zonas: a monumental, que se situava intra-muros onde ficava situado o fórum; a industrial que se estendia ao longo da via que seguia para Lacóbriga, onde se encontrou o mosaico Oceano (1978) que, provavelmente, pertencia à sede de uma associação de comércio marítimo. São conhecidos os produtos que circulavam nas rotas comerciais, como por exemplo: louça fina de mesa - a terra sigillata importada e salsamenta (peixe salgado) e garum (preparado de peixe) que se exportavam; a necrópole, junto da via que seguia para Balsa (Bairro Lethes) com enterramentos desde o sec. I a.C. até ao sec. IV a.C..
Em 713 d.C., após a conquista muçulmana, a cidade dependia da Província de Mérida, antiga Província da Lusitânia. No século IX Ben Beckr fortificou a cidade mandou fazer nela construções diversas e transformou-a numa praça forte que proveu de portas de ferro.
Três cidades–porto, sensivelmente com os mesmos 7 ha de área intramuros, repartem entre si as riquezas do comércio e do mar: Ossónoba, Silves e Tavira.
No século X a cidade pertencia à kura (distrito) com o mesmo nome, que tinha os limites da actual província do Algarve. No século XI, as províncias tornaram-se independentes, surgindo o reino taifa de Santa Maria de Harun que dominava oSotavento.
No século XII, o geógrafo Al-Edrisi refere-se às comarcas e insere Santa Maria na de Alfaghar.
Nos últimos tempos da dominação muçulmana, o período almóada, os núcleos urbanos constituíam o suporte do império contra a investida cristã.
A cidade foi alvo de uma descrição pormenorizada pelo geógrafo Al-Idrisi:
"Santa Maria do Garbe está edificada na orla do Oceano e as suas muralhas são banhadas pelas ondas na maré cheia. É de extensão regular e mui bela.
Tem uma mesquita catedral, uma mais pequena e uma assembleia de notáveis. Ali chegam e dali partem navios."
O topónimo Ossónoba, de origem pré-romana, mantém-se até ao século XI, quando a cidade era governada por uma família local de muladis (cristãos convertidos ao islamismo).
A mudança de designação para Santa Maria prende-se com a importância da forte comunidade moçárabe, atestada em diversas fontes: na lápide do bispo Julião (séc. X); na descrição de Al Idrisi (séc. XII) ao referir a mesquita/catedral, etc.
Dos cinco séculos de ocupação muçulmana (713-1249) chegaram até nós vários vestígios: a porta árabe – entrada para quem chegava e partia por mar, construída provavelmente entre finais do século IX e o século XI.
Este arco em ferradura é um dos mais antigos e monumentais conservados in situ em Portugal ; as torres albarrãs – reforço da entrada monumental a Oriente.
Trata-se de uma inovação da arquitectura de época almóada, século XII; asmuralhas – a cidade muçulmana deve ter-se confinado aos seus 7 hectares; aalcáçova – construída provavelmente no século IX, após a conquista cristã transformou-se em castelo medieval, tendo sido descaracterizada no século XX ao construir-se, no local, uma unidade fabril.; reminiscências no urbanismo da Vila Adentro – a circular interna, as ruas sinuosas, que eram o local de trabalho de todos os comerciantes e artesãos.
Na Vila-Adentro conviviam muçulmanos e cristãos sendo esta última comunidade bastante importante, como o comprova a mudança de nome e a imagem da Virgem Maria então colocada sobre as muralhas.
Após a reconquista cristã, em 1249, parte da comunidade muçulmana permaneceu na cidade, como nos diz Frei João de São José:
“E, pera que uns e outros ficassem mais seguros, mandou el-rei deitar pregão por todo o arraial que nenhum cristão fizesse mal a algum mouro [...] O concerto que el- rei fez com os Mouros foi que os que se quisessem ir pera outras partes o pudessem fazer logo, com tudo o que possuíam, e os que na vila quisessem ficar lhes dava suas casas, fazendas e herdades, com condição que pagassem a el-rei os mesmos tributos e direitos que antes a Miramolim pagavam. [...] e esta é a causa por que os Mouros duraram em todo o Algarve mais de trezentos anos depois disto."
Em 1269 os mouros são protegidos através de um foral, destinado ao mouros foros, de D. Afonso III.
No século XIII, surge na cidade de Santa Maria de Faro um novo bairro extramuros: a Mouraria – situada junto de um novo eixo viário que ligava a atalaia de Santo António do Alto ao porto de mar.
Na toponímia, em 1909, ainda subsiste a referência a uma horta da Mouraria ( actual Rua de Santo António, logradouro da Casa das Açafatas).
Perto da Mouraria desenvolviam-se as Alcaçarias (actual Pontinha).
O núcleo amuralhado continuou a ser a parte mais nobre, tendo-se construído no seu interior os Paços do Concelho e a Igreja de Santa Maria (actual Igreja da Sé).
A comunidade judaica instalou-se também na Vila-Adentro, no terreno onde mais tarde se construiu o Convento de Nossa Senhora da Assunção.
Extra-muros surgem dois bairros – a Mouraria e a Ribeira - situados junto aos novos eixos viários que partem do antigo decumanus. Por um lado, a Rua de Santo António, que passa pela Mouraria e pelas Alcaçarias (mercado) e dirige-se à atalaia de Santo António do Alto, por outro, a Rua de São Pedro onde se edificou a Casa do Compromisso Marítimo e a Igreja de São Pedro.
Em 1495, durante o reinado de D. Manuel, deu-se um acontecimento muito importante que mexeu com estrutura a urbana e económica das cidades. Trata-se da expulsão dos judeus e o consequente desaparecimento da judiaria, que em Faro se situava na Vila-Adentro. Os judeus eram uma comunidade muito prestigiada e com grande importância no desenvolvimento das actividades comerciais.
Em Faro, por exemplo, havia um judeu, Samuel Gacon, muito afamado que era proprietário duma tipografia.
O “Pentateuco”, um dos livros mais antigos de Portugal, foi aqui impresso.
Em 1499, o rei D. Manuel proporcionou o desenvolvimento da Ribeira ao transferir as praças de venda que se encontravam nas alcaçarias.
No âmbito desta renovação urbana foram construídos edifícios muito importantes: a alfândega, a ermida do Espirito Santo e o respectivo hospital (que correspondem às actuais instalações da Santa Casa da Misericórdia) e o açougue (no local onde hoje se encontra o Banco de Portugal).
Desta época, finais do século XV e inícios do século XVI, há diversos vestígios espalhados pelo concelho que se inserem no chamado período manuelino.
Na arquitectura religiosa há por exemplo: a capela lateral da ermida de São Sebastião, a capela-mor da ermida da Conceição, a abóbada da capela-mor daermida de Santo António do Alto e o arco triunfal da Igreja Matriz de Santa Bárbara de Nexe.
Na arquitectura civil há três edifícios (uma casa construída sobre as ruínas de Milreu, uma sala no Seminário Episcopal e a casa do capitão Manuel de Oliveira, situada na Vila – Adentro na Rua Prof. Norberto da Silva) e diversas molduras de vãos e cunhais (portal interior da farmácia Caniné na rua de Santo António, um portal e uma janela numa casa da rua do Capitão-mor).
Em 1539, o papa autorizou a transferência da Sé de Silves para Faro. A mudança foi efectuada pelo bispo D. Jerónimo Osório em 1577, ano em que a igreja matriz de Santa Maria foi escolhida para assento episcopal, e por isso elevada a Sé, e aermida de São Pedro se tornou sede de freguesia.
Em 1540, por foral de D. João III, deu-se a elevação de Faro a cidade por ser lugar sadio e abastado, estar no meio do reino e muito a propósito de nele poder estar a Sé.
Na primeira metade do século XVI foram construídos dois conventos: o de São Francisco (1517), frente às muralhas, e o de Nossa Senhora da Assunção, no local da antiga judiaria.
Em 1596, a cidade foi alvo de vandalização por parte das tropas inglesas do conde de Essex. Esta invasão prejudicou, em especial, os edifícios de cariz religioso.
O bispo do Algarve, D. Fernando Martins Mascarenhas, enviou um relato ao papa Clemente VIII que descrevia o estado da igreja da Sé:
Foi....toda queimada e as duas naves do meio dela postas por terra, não ficando de todo o sobredito mais de pé que as oito capelas por serem de abóbada, mas os retábulos delas todos queimados (...).
Também se queimou o coro com órgãos e todos os livros de canto e mais coisas de serviço dele, a casa do cabido com todo o cartório. Roubaram toda a prata e ornamentos todos os sinos e relógio e enfim todas as coisas do serviço da Igreja, sempre ficaram algumas vestimentas e capas de menor valia.
Logo após a invasão, as muralhas foram consolidadas e dotadas de novas técnicas militares. Edifícios como a igreja da Sé e ermida de São Sebastião foram reconstruídos e outros, como o Paço Episcopal, foram edificados de novo.
Na primeira metade do século XVII foram erguidos mais duas casas religiosas: ocolégio de Santiago Maior da Companhia de Jesus (1603) e o convento de Santo António dos Capuchos (1620).
"Cabo de S. Maria"
Atlas de Pedro Texeira
Portos do Sul em 1634
O período da pós-restauração levou à construção de uma cerca na década de 60 do século XVII, com 5 baluartes e dois meios baluartes, de modo a proteger a cidade de uma possível invasão espanhola.
Maioritariamente, os edifícios religiosos da cidade foram envolvidos pela cerca, à excepção da ermida de São Sebastião, cujo orago é o santo protector contra as pestes e epidemias.
O século XVIII foi marcado pelos terramotos de 1722 e 1755 que atingiram, como em todo o país, o património imóvel da cidade.
Segundo as memórias Paroquiais, relativamente ao terramoto de 1755:
" a ….cidade de Faro, que era hoje a mais brilhante do Algarve pela nobreza dos seus edifícios, pelo florescente do seu comércio, e pelo trato dos seus moradores…se abismou toda de um golpe, sendo os edifícios mais nobres o primeiro objecto do estrago."
As reconstruções prolongaram-se pelos finais deste século e inícios do século seguinte. Os responsáveis religiosos foram os principais impulsionadores pelas obras de restauro, sendo de louvar o patrocínio e energia do bispo D. Francisco Gomes do Avelar (1789-1816).
A implantação do liberalismo, com a consequente extinção das ordens religiosas, e o aparecimento de novos equipamentos na cidade, são alguns dos acontecimentos a salientar para o século XIX.
Os conventos, devido à extinção das ordens religiosas, foram reutilizados ou vendidos em hasta pública.
- O convento de São Francisco foi utilizado como quartel do Regimento de Infantaria e actualmente funciona como Escola Hoteleira.
- O convento de Santo António dos Capuchos foi, e ainda continua a ser, ocupado pela Guarda Nacional Republicana.
- O convento de Nossa Senhora da Assunção foi adaptado e utilizado como fábrica de cortiça e presentemente é o Museu Municipal.
- E finalmente, o colégio de Santiago da Companhia de Jesus foi adaptado a teatro.
Surgem ainda neste século outros equipamentos como: o Matadouro Municipal e jardim da Alameda Vasco da Gama, o jardim da antiga praça da rainha, actual D. Francisco Gomes, e o respectivo coreto.
No século XIX e inícios do XX, a arquitectura civil começou a ter enorme expansão, alguns edifícios mantiveram as normas vigentes e outros adaptaram os gostos ecléticos revivalistas.
Nos finais do século XIX, a cidade começou a desenvolver-se para além do perímetro amuralhado seiscentista.
Em 1889, a linha do caminho-de-ferro foi inaugurada e sentiu-se a necessidade de se construir, frente à estação, um bairro de habitação, e, frente ao jardim Manuel Bivar, um molhe.
São desta época vários eixos viários como as avenidas D. Amélia e Hintze Ribeiro, que correspondem às actuais avenidas da República e 5 de Outubro, respectivamente, e a rua Vasco do Gama.
Na década de 30 do século XX, surgem novos bairros: São Luís, Alto Rodes e o Bom João.
A partir dos anos 60 a cidade desenvolveu-se em termos de expansão e volumetria, e surgiu a segunda circunvalação que corresponde à Avenida Calouste Gulbenkian / Almeida Carrapato.
A cidade de Faro, como capital administrativa e principal centro urbano da região algarvia, foi ainda dotada de novos equipamentos como o Aeroporto Internacional, o Hospital Distrital, a Universidade do Algarve e o Arquivo Distrital, que em muito contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da cidade.
Faro, enquanto concelho, é actualmente constituído pelas freguesias urbanas da Sé e S. Pedro e pelas rurais de Sta. Bárbara, Estoi, Montenegro e Conceição.
in CM FARO - Introducao_historica.pdf
"Propomos um quadro-síntese da história da língua desde a romanização até à presença muçulmana em Portugal.
Contudo, a influência do léxico árabe não terminará com a fase da Reconquista: registam-se novos vocábulos desde o século XIII até ao século XVI, contribuindo para enriquecer uma língua que evoluía de uma forma própria.
De facto, outros elementos lexicais foram, ao longo dos tempos, fortemente assimilados: no português antigo já se empregavam, na oralidade e na escrita, latinismos antigos, elementos lexicais franceses e provençais («avultadíssimos e constantes») e elementos espanhóis.
Estas línguas marcaram decisivamente a cultura portuguesa, em particular a literatura.
Mais tarde, no século XVI, com a cultura humanista/renascentista e com os descobrimentos, verifica-se um novo enriquecimento na língua, na cultura científica e na cultura literária.
«Os Arabismos»: um contributo para o enriquecimento da língua e cultura portuguesas."
O 5 de Outubro de 1910
O anúncio da implantação da República em Lisboa chegou à região algarvia por telégrafo. Assim terminava a Monarquia existente desde a fundação da nacionalidade, em 1140, à qual se juntaria o Algarve com a reconquista em 1249.
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Fonte: Google Livros
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Os primeiros marcos datam do século VIII a.C., durante a colonização Fenícia do Mediterrâneo Ocidental. A cidade servia então de entreposto comercial, integrado num amplo sistema comercial baseado na troca de produtos agrícolas, peixe e minérios.
Entre os séculos III a.C. e VIII d.C. a cidade esteve sob domínio Romano e Visigodo, vindo a ser conquistada pelos Mouros no ano de 713 d.C, os quais ergueram ali uma fortificação (reforçada por uma nova muralha erigida a mando do príncipe mouro Bem Bekr, no século IX).
Na sequência da independência de Portugal em 1143, D. Afonso Henriques (primeiro Rei de Portugal) e os seus sucessores iniciaram a expansão do país para sul, reconquistando os territórios então ocupados pelos Mouros, o que culminou com a conquista do Algarve e da cidade de Faro no ano de 1249 pelas tropas de D. Afonso III.
"A sul da serra algarvia, estendia-se um mundo que fascinava os conquistadores cristãos, tanto portugueses como do norte da Europa: uma densa rede de castelos, e cidades ricas e populosas. Em 1189, num golpe arriscado, D. Sancho I, em conjunto com uma esquadra de Cruzados, lança-se sobre a cidade mais emblemática da região: Silves. Mas após um breve domínio português sobre o Barlavento, o poderoso Império Almôada iniciou uma reacção fulminante.
Meio século depois, Paio Peres Correia, liderando os Cavaleiros da Ordem de Santiago desencadeou uma série de campanhas que derrubaram o reino muçulmano do Algarve. Por fim, em 1249, D. Afonso III após a queda de Faro, Loulé e Aljezur, os últimos bastiões dos mouros, adopta o título de «Rei de Portugal e do Algarve»."
Sinopse de "O Segundo Reino" de: António Castro Henriques
in Memórias Eclesiásticas do Reino do Algarve Frei Vicente Salgado, 1786 |
Introdução Histórica
Os vestígios mais antigos encontrados no concelho de Faro remontam ao Paleolítico, destacando-se, deste período, dois sítios: Alto Rodes e Alto de Santo António.
A ocupação humana no Bronze inicial (1800/ 1700 a.C. a 1500 a.C.) é documentada através da necrópole da Ferradeira (Conceição, Faro), descoberta em 1945 por Lyster Franco e Abel Viana. Esta assinala a passagem do ritual de inumação colectiva para o sepulcro individual, sem monumentalidade.
Em 1897 Santos Rocha explorou a necrópole da Campina (Conceição, Faro) datada do Bronze Médio (1500a.C./ 1200 a.C.). Não restam vestígios desta necrópole que foi descoberta ocasionalmente aquando de trabalhos agrícolas.
O povoado das Pontes de Marchil, remonta ao sec. IX a.C., isto é, ao final da Idade do Bronze, de ocupação sazonal, com habitações precárias para exploração dos recursos marisqueiros da ria de Faro.
O aglomerado proto-urbano de Faro, antiga Ossónoba, remonta à II Idade do Ferro (Sec. IV a.C. - Época Romana).
Os pratos de pescado encontrados em escavações no Largo da Sé e os vários fragmentos de ânforas encontrados na escavação do quintal do convento N.ª Sr.ª da Assunção (2001) comprovam os fortes contactos comerciais mantidos com o Norte de África, pelo menos entre a 2.ª metade do séc. IV a.C. e o séc. III a.C..
A civitas de Ossónoba (topónimo de origem túrdula) situava-se na Província da Lusitânia, que tinha como capital Emerita Augusta (Mérida). Com Vespasiano (69-79 a.C.), foi criada outra unidade administrativa: os Conventus (circunscrição judicial, estabelecida com o objectivo de facilitar a justiça). Ossónoba estava integrada no Conventus Pacensis com capital em Pax Iulia (Beja).
Ossónoba foi ciuitas ius latii, isto é, a sua administração organizava-se da seguinte forma: ordo decurionum (Assembleia Municipal) e llllviri quatuórviros (magistrados executivos escolhidos pela assembleia).
in Memórias Eclesiásticas do Reino do Algarve Frei Vicente Salgado, 1786 |
Foi elevada a municipium, muito provavelmente na época de Cláudio (41-54 d.C.), comprovando-se este facto por se tratar de um período de expansão económica, por se ter encontrado o busto de Agripina (sua mulher) em Milreu e pelo retrato claudiano encontrado na Praça Alexandre Herculano, em Faro.
A ciuitas Ossonobensis integrava um vasto território que, a oriente, passaria em Bias do Sul (Olhão), localidade onde se encontrou um miliário (marco que continha as milhas entre as cidades mais importantes), confinando com a ciuitas de Balsa (Luz de Tavira); para ocidente (o seu limite ainda é, hoje, apenas uma hipótese) passaria entre Albufeira e Lagos, esta afirmação é feita com base na antroponímia e na tipologia dos monumentos funerários e confinaria com a ciuitas Lacobrigense (Monte Molião?).
Do território de Ossónoba faziam parte diversas villae, de certo modo especializadas em actividades específicas: actividades agrícolas - S. João da Venda; actividades marítimas - Quinta do Lago; residência oficial - Milreu; outras são: Quinta do Marim, Amendoal, Cerro da Vila e Ludo.
A cidade organizava-se em diversas zonas: a monumental, que se situava intra-muros onde ficava situado o fórum; a industrial que se estendia ao longo da via que seguia para Lacóbriga, onde se encontrou o mosaico Oceano (1978) que, provavelmente, pertencia à sede de uma associação de comércio marítimo. São conhecidos os produtos que circulavam nas rotas comerciais, como por exemplo: louça fina de mesa - a terra sigillata importada e salsamenta (peixe salgado) e garum (preparado de peixe) que se exportavam; a necrópole, junto da via que seguia para Balsa (Bairro Lethes) com enterramentos desde o sec. I a.C. até ao sec. IV a.C..
Em 713 d.C., após a conquista muçulmana, a cidade dependia da Província de Mérida, antiga Província da Lusitânia. No século IX Ben Beckr fortificou a cidade mandou fazer nela construções diversas e transformou-a numa praça forte que proveu de portas de ferro.
Três cidades–porto, sensivelmente com os mesmos 7 ha de área intramuros, repartem entre si as riquezas do comércio e do mar: Ossónoba, Silves e Tavira.
No século X a cidade pertencia à kura (distrito) com o mesmo nome, que tinha os limites da actual província do Algarve. No século XI, as províncias tornaram-se independentes, surgindo o reino taifa de Santa Maria de Harun que dominava oSotavento.
No século XII, o geógrafo Al-Edrisi refere-se às comarcas e insere Santa Maria na de Alfaghar.
No século XII, o geógrafo Al-Edrisi refere-se às comarcas e insere Santa Maria na de Alfaghar.
Nos últimos tempos da dominação muçulmana, o período almóada, os núcleos urbanos constituíam o suporte do império contra a investida cristã.
A cidade foi alvo de uma descrição pormenorizada pelo geógrafo Al-Idrisi:
"Santa Maria do Garbe está edificada na orla do Oceano e as suas muralhas são banhadas pelas ondas na maré cheia. É de extensão regular e mui bela.
Tem uma mesquita catedral, uma mais pequena e uma assembleia de notáveis. Ali chegam e dali partem navios."
O topónimo Ossónoba, de origem pré-romana, mantém-se até ao século XI, quando a cidade era governada por uma família local de muladis (cristãos convertidos ao islamismo).
A mudança de designação para Santa Maria prende-se com a importância da forte comunidade moçárabe, atestada em diversas fontes: na lápide do bispo Julião (séc. X); na descrição de Al Idrisi (séc. XII) ao referir a mesquita/catedral, etc.
A mudança de designação para Santa Maria prende-se com a importância da forte comunidade moçárabe, atestada em diversas fontes: na lápide do bispo Julião (séc. X); na descrição de Al Idrisi (séc. XII) ao referir a mesquita/catedral, etc.
Dos cinco séculos de ocupação muçulmana (713-1249) chegaram até nós vários vestígios: a porta árabe – entrada para quem chegava e partia por mar, construída provavelmente entre finais do século IX e o século XI.
Este arco em ferradura é um dos mais antigos e monumentais conservados in situ em Portugal ; as torres albarrãs – reforço da entrada monumental a Oriente.
Este arco em ferradura é um dos mais antigos e monumentais conservados in situ em Portugal ; as torres albarrãs – reforço da entrada monumental a Oriente.
Trata-se de uma inovação da arquitectura de época almóada, século XII; asmuralhas – a cidade muçulmana deve ter-se confinado aos seus 7 hectares; aalcáçova – construída provavelmente no século IX, após a conquista cristã transformou-se em castelo medieval, tendo sido descaracterizada no século XX ao construir-se, no local, uma unidade fabril.; reminiscências no urbanismo da Vila Adentro – a circular interna, as ruas sinuosas, que eram o local de trabalho de todos os comerciantes e artesãos.
Na Vila-Adentro conviviam muçulmanos e cristãos sendo esta última comunidade bastante importante, como o comprova a mudança de nome e a imagem da Virgem Maria então colocada sobre as muralhas.
Após a reconquista cristã, em 1249, parte da comunidade muçulmana permaneceu na cidade, como nos diz Frei João de São José:
“E, pera que uns e outros ficassem mais seguros, mandou el-rei deitar pregão por todo o arraial que nenhum cristão fizesse mal a algum mouro [...] O concerto que el- rei fez com os Mouros foi que os que se quisessem ir pera outras partes o pudessem fazer logo, com tudo o que possuíam, e os que na vila quisessem ficar lhes dava suas casas, fazendas e herdades, com condição que pagassem a el-rei os mesmos tributos e direitos que antes a Miramolim pagavam. [...] e esta é a causa por que os Mouros duraram em todo o Algarve mais de trezentos anos depois disto."
“E, pera que uns e outros ficassem mais seguros, mandou el-rei deitar pregão por todo o arraial que nenhum cristão fizesse mal a algum mouro [...] O concerto que el- rei fez com os Mouros foi que os que se quisessem ir pera outras partes o pudessem fazer logo, com tudo o que possuíam, e os que na vila quisessem ficar lhes dava suas casas, fazendas e herdades, com condição que pagassem a el-rei os mesmos tributos e direitos que antes a Miramolim pagavam. [...] e esta é a causa por que os Mouros duraram em todo o Algarve mais de trezentos anos depois disto."
Em 1269 os mouros são protegidos através de um foral, destinado ao mouros foros, de D. Afonso III.
No século XIII, surge na cidade de Santa Maria de Faro um novo bairro extramuros: a Mouraria – situada junto de um novo eixo viário que ligava a atalaia de Santo António do Alto ao porto de mar.
Na toponímia, em 1909, ainda subsiste a referência a uma horta da Mouraria ( actual Rua de Santo António, logradouro da Casa das Açafatas).
Perto da Mouraria desenvolviam-se as Alcaçarias (actual Pontinha).
Perto da Mouraria desenvolviam-se as Alcaçarias (actual Pontinha).
O núcleo amuralhado continuou a ser a parte mais nobre, tendo-se construído no seu interior os Paços do Concelho e a Igreja de Santa Maria (actual Igreja da Sé).
A comunidade judaica instalou-se também na Vila-Adentro, no terreno onde mais tarde se construiu o Convento de Nossa Senhora da Assunção.
A comunidade judaica instalou-se também na Vila-Adentro, no terreno onde mais tarde se construiu o Convento de Nossa Senhora da Assunção.
Extra-muros surgem dois bairros – a Mouraria e a Ribeira - situados junto aos novos eixos viários que partem do antigo decumanus. Por um lado, a Rua de Santo António, que passa pela Mouraria e pelas Alcaçarias (mercado) e dirige-se à atalaia de Santo António do Alto, por outro, a Rua de São Pedro onde se edificou a Casa do Compromisso Marítimo e a Igreja de São Pedro.
Em 1495, durante o reinado de D. Manuel, deu-se um acontecimento muito importante que mexeu com estrutura a urbana e económica das cidades. Trata-se da expulsão dos judeus e o consequente desaparecimento da judiaria, que em Faro se situava na Vila-Adentro. Os judeus eram uma comunidade muito prestigiada e com grande importância no desenvolvimento das actividades comerciais.
Em Faro, por exemplo, havia um judeu, Samuel Gacon, muito afamado que era proprietário duma tipografia.
O “Pentateuco”, um dos livros mais antigos de Portugal, foi aqui impresso.
O “Pentateuco”, um dos livros mais antigos de Portugal, foi aqui impresso.
Em 1499, o rei D. Manuel proporcionou o desenvolvimento da Ribeira ao transferir as praças de venda que se encontravam nas alcaçarias.
No âmbito desta renovação urbana foram construídos edifícios muito importantes: a alfândega, a ermida do Espirito Santo e o respectivo hospital (que correspondem às actuais instalações da Santa Casa da Misericórdia) e o açougue (no local onde hoje se encontra o Banco de Portugal).
No âmbito desta renovação urbana foram construídos edifícios muito importantes: a alfândega, a ermida do Espirito Santo e o respectivo hospital (que correspondem às actuais instalações da Santa Casa da Misericórdia) e o açougue (no local onde hoje se encontra o Banco de Portugal).
Desta época, finais do século XV e inícios do século XVI, há diversos vestígios espalhados pelo concelho que se inserem no chamado período manuelino.
Na arquitectura religiosa há por exemplo: a capela lateral da ermida de São Sebastião, a capela-mor da ermida da Conceição, a abóbada da capela-mor daermida de Santo António do Alto e o arco triunfal da Igreja Matriz de Santa Bárbara de Nexe.
Na arquitectura civil há três edifícios (uma casa construída sobre as ruínas de Milreu, uma sala no Seminário Episcopal e a casa do capitão Manuel de Oliveira, situada na Vila – Adentro na Rua Prof. Norberto da Silva) e diversas molduras de vãos e cunhais (portal interior da farmácia Caniné na rua de Santo António, um portal e uma janela numa casa da rua do Capitão-mor).
Em 1539, o papa autorizou a transferência da Sé de Silves para Faro. A mudança foi efectuada pelo bispo D. Jerónimo Osório em 1577, ano em que a igreja matriz de Santa Maria foi escolhida para assento episcopal, e por isso elevada a Sé, e aermida de São Pedro se tornou sede de freguesia.
Em 1540, por foral de D. João III, deu-se a elevação de Faro a cidade por ser lugar sadio e abastado, estar no meio do reino e muito a propósito de nele poder estar a Sé.
Na primeira metade do século XVI foram construídos dois conventos: o de São Francisco (1517), frente às muralhas, e o de Nossa Senhora da Assunção, no local da antiga judiaria.
Em 1596, a cidade foi alvo de vandalização por parte das tropas inglesas do conde de Essex. Esta invasão prejudicou, em especial, os edifícios de cariz religioso.
O bispo do Algarve, D. Fernando Martins Mascarenhas, enviou um relato ao papa Clemente VIII que descrevia o estado da igreja da Sé:
Foi....toda queimada e as duas naves do meio dela postas por terra, não ficando de todo o sobredito mais de pé que as oito capelas por serem de abóbada, mas os retábulos delas todos queimados (...).
Também se queimou o coro com órgãos e todos os livros de canto e mais coisas de serviço dele, a casa do cabido com todo o cartório. Roubaram toda a prata e ornamentos todos os sinos e relógio e enfim todas as coisas do serviço da Igreja, sempre ficaram algumas vestimentas e capas de menor valia.
Logo após a invasão, as muralhas foram consolidadas e dotadas de novas técnicas militares. Edifícios como a igreja da Sé e ermida de São Sebastião foram reconstruídos e outros, como o Paço Episcopal, foram edificados de novo.
Na primeira metade do século XVII foram erguidos mais duas casas religiosas: ocolégio de Santiago Maior da Companhia de Jesus (1603) e o convento de Santo António dos Capuchos (1620).
"Cabo de S. Maria" Atlas de Pedro Texeira Portos do Sul em 1634 |
O período da pós-restauração levou à construção de uma cerca na década de 60 do século XVII, com 5 baluartes e dois meios baluartes, de modo a proteger a cidade de uma possível invasão espanhola.
Maioritariamente, os edifícios religiosos da cidade foram envolvidos pela cerca, à excepção da ermida de São Sebastião, cujo orago é o santo protector contra as pestes e epidemias.
O século XVIII foi marcado pelos terramotos de 1722 e 1755 que atingiram, como em todo o país, o património imóvel da cidade.
Segundo as memórias Paroquiais, relativamente ao terramoto de 1755:
" a ….cidade de Faro, que era hoje a mais brilhante do Algarve pela nobreza dos seus edifícios, pelo florescente do seu comércio, e pelo trato dos seus moradores…se abismou toda de um golpe, sendo os edifícios mais nobres o primeiro objecto do estrago."
Segundo as memórias Paroquiais, relativamente ao terramoto de 1755:
" a ….cidade de Faro, que era hoje a mais brilhante do Algarve pela nobreza dos seus edifícios, pelo florescente do seu comércio, e pelo trato dos seus moradores…se abismou toda de um golpe, sendo os edifícios mais nobres o primeiro objecto do estrago."
As reconstruções prolongaram-se pelos finais deste século e inícios do século seguinte. Os responsáveis religiosos foram os principais impulsionadores pelas obras de restauro, sendo de louvar o patrocínio e energia do bispo D. Francisco Gomes do Avelar (1789-1816).
A implantação do liberalismo, com a consequente extinção das ordens religiosas, e o aparecimento de novos equipamentos na cidade, são alguns dos acontecimentos a salientar para o século XIX.
Os conventos, devido à extinção das ordens religiosas, foram reutilizados ou vendidos em hasta pública.
- O convento de São Francisco foi utilizado como quartel do Regimento de Infantaria e actualmente funciona como Escola Hoteleira.
- O convento de Santo António dos Capuchos foi, e ainda continua a ser, ocupado pela Guarda Nacional Republicana.
- O convento de Nossa Senhora da Assunção foi adaptado e utilizado como fábrica de cortiça e presentemente é o Museu Municipal.
- E finalmente, o colégio de Santiago da Companhia de Jesus foi adaptado a teatro.
Surgem ainda neste século outros equipamentos como: o Matadouro Municipal e jardim da Alameda Vasco da Gama, o jardim da antiga praça da rainha, actual D. Francisco Gomes, e o respectivo coreto.
No século XIX e inícios do XX, a arquitectura civil começou a ter enorme expansão, alguns edifícios mantiveram as normas vigentes e outros adaptaram os gostos ecléticos revivalistas.
Nos finais do século XIX, a cidade começou a desenvolver-se para além do perímetro amuralhado seiscentista.
Em 1889, a linha do caminho-de-ferro foi inaugurada e sentiu-se a necessidade de se construir, frente à estação, um bairro de habitação, e, frente ao jardim Manuel Bivar, um molhe.
São desta época vários eixos viários como as avenidas D. Amélia e Hintze Ribeiro, que correspondem às actuais avenidas da República e 5 de Outubro, respectivamente, e a rua Vasco do Gama.
Na década de 30 do século XX, surgem novos bairros: São Luís, Alto Rodes e o Bom João.
A partir dos anos 60 a cidade desenvolveu-se em termos de expansão e volumetria, e surgiu a segunda circunvalação que corresponde à Avenida Calouste Gulbenkian / Almeida Carrapato.
A cidade de Faro, como capital administrativa e principal centro urbano da região algarvia, foi ainda dotada de novos equipamentos como o Aeroporto Internacional, o Hospital Distrital, a Universidade do Algarve e o Arquivo Distrital, que em muito contribuíram e contribuem para o desenvolvimento da cidade.
Faro, enquanto concelho, é actualmente constituído pelas freguesias urbanas da Sé e S. Pedro e pelas rurais de Sta. Bárbara, Estoi, Montenegro e Conceição.
in CM FARO - Introducao_historica.pdf
"Propomos um quadro-síntese da história da língua desde a romanização até à presença muçulmana em Portugal.
Contudo, a influência do léxico árabe não terminará com a fase da Reconquista: registam-se novos vocábulos desde o século XIII até ao século XVI, contribuindo para enriquecer uma língua que evoluía de uma forma própria.
De facto, outros elementos lexicais foram, ao longo dos tempos, fortemente assimilados: no português antigo já se empregavam, na oralidade e na escrita, latinismos antigos, elementos lexicais franceses e provençais («avultadíssimos e constantes») e elementos espanhóis.
Estas línguas marcaram decisivamente a cultura portuguesa, em particular a literatura.
Mais tarde, no século XVI, com a cultura humanista/renascentista e com os descobrimentos, verifica-se um novo enriquecimento na língua, na cultura científica e na cultura literária.
«Os Arabismos»: um contributo para o enriquecimento da língua e cultura portuguesas."
O 5 de Outubro de 1910
O anúncio da implantação da República em Lisboa chegou à região algarvia por telégrafo. Assim terminava a Monarquia existente desde a fundação da nacionalidade, em 1140, à qual se juntaria o Algarve com a reconquista em 1249.
(...)
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Fonte: Google Livros
(...)
(...)
Fonte: Google Livros
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Cidade de Faro
“Ossónoba” no tempo dos romanos e “Harun” durante o domínio muçulmano, Faro ganhou a designação actual no século XVIII.
Há que esperar que Afonso III (1247-1279), com o auxílio da Ordem de Santiago, conclua a toma do castelo de Faro em 23 de Fevereiro de 1249.
A elevação da Vila de Faro a cidade, pelo Rei D. Joao III, em foral concedido no dia 7 de Setembro de 1540, faz-se comemorar no dia do Município.
Envolvido pelas muralhas, o mais antigo núcleo urbano conhecido por Vila-Adentroou Cidade Velha, apresenta-nos alguns dos mais importantes e antigos monumentos da cidade.
O Arco da Vila constitui a principal “porta” da Vila-Adentro. Exemplar do neoclassicismo no Algarve, é considerado o ex-libris de Faro.
Este portal monumental, inaugurado em 1812, possui no interior um portal em ferradura das muralhas mouras, único no Algarve. »
Nela estão os Paços do Concelho e a Sé Catedral, que oferece uma grande variedade de estilos: gótico, renascentista e barroco, e cujo interior é marcado por um magnífico conjunto de retábulos e um órgão barroco. Também no Largo da Sé se impõe o Paço Episcopal, um dos principais edifícios do Algarve do período “Arquitectura Chã”.
No Largo Afonso III, ainda no interior das muralhas, ergue-se o Museu Municipal de Faro, antigo Convento da Nossa Senhora da Assunção. Com um espólio diversificado, oferece aos visitantes uma colecção arqueológica de grande valor e uma das mais importantes colecções de arte sacra.
Fora das muralhas, o património arquitectónico é também notável:
A Igreja do Carmo, imponente templo barroco do Século XVIII, com destaque para a sua capela dos ossos, a Igreja de São Francisco, a Capela de Santo António do Alto, o Palacete Belmarço, o Teatro Lethes, magnífico espaço cultural inaugurado em 1845, o Convento de Santo António dos Capuchos, entre muitos outros edifícios.
Assim como o passado está bem presente na Cidade de Faro, através do seu património arquitectónico, também a modernidade é visível na capital do Algarve.
Espaços culturais como o Teatro Municipal de Faro, inaugurado em 2005 e que acolhe grandiosos espectáculos nas mais diversas áreas culturais como a Dança, a Música, o Teatro ou Cinema, conferem a Faro a imagem de cidade cultural.
Também a Biblioteca Municipal de Faro é exemplo de um projecto arquitectónico actual.
Situada junto ao Jardim da Alameda, foi inaugurada em 2001, tendo sido preservada a fachada neo-islâmica do edifício original, dando-lhe um cunho de modernidade e de conforto. »
O Mercado Municipal de Faro, mais recente obra edificada, é o novo centro da cidade e um espaço moderno que acolhe, para além das tradicionais bancas, diversos serviços.
O Jardim Manuel Bivar, frente ao Arco da Vila e junto à Doca de Faro é um espaço agradável e calmo que convida ao descanso. Nele encontra-se o pomposo coreto do Século XIX.
Na Praça da Liberdade encontra-se o Museu Regional de Faro,importante ponto de visita para aqueles que quiserem conhecer a casa típica do Algarve e a vertente da vida dos Algarvios.
Mostra um pouco daquilo que foi o Algarve e os seus habitantes, através de fotografias, colecções de peças, pinturas e objectos típicos da região. »
Através do Aeroporto de Faro, a cidade constitui a segunda maior entrada externa do país (a seguir a Lisboa), o que lhe confere uma valência vincadamente cosmopolita.
O grande destaque do concelho é a Ria Formosa que constitui um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18 400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.
Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar, formado por duas penínsulas (a de Faro, que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro; e a de Cacela, que engloba a praia da Manta Rota) e cinco ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha daArmona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas), que servem de protecção a todo o Parque Natural.
É uma zona húmida de importância internacional como habitat de aves aquáticas, sendo alvo de muitos estudos realizados pelos alunos da Universidade do Algarve.
O clima, é mediterrânico, um clima em que a temperatura é amena durante todo o ano, um clima em que podemos desfrutar do sol mais de 300 dias por ano, e em que os meses que são verdadeiramente chuvosos são reduzidos em dois, Novembro e Dezembro.
Principais Eventos
Anuais Fixos
Faro é internacionalmente conhecida pela concentração motard que tem lugar anualmente sob a organização do Moto Clube de Faro. Esta associação foi criada em1979 por um grupo de amigos motociclistas, tendo vindo a ser oficialmente formada e legalizada a 5 de Fevereiro de 1982.
Actualmente (Abril de 2008) com mais de 400 membros, é reconhecida pelaFederação Europeia de Motociclismo (FEMA), organizando diversos eventos anualmente dos quais se destaca a concentração motard que começou com 200 participantes em 1982, e que actualmente (2008) já conta com mais de 30.000.
Sendo o maior evento do género em Portugal, conta com participantes vindos um pouco de toda a Europa, nomeadamente de Espanha, França, Reino Unido e Itália, sendo um dos grandes atractivos turísticos da cidade.
Outro grande evento é ainda a Semana Académica da Universidade do Algarveque tem lugar anualmente na capital algarvia.
Singulares
Faro foi um dos oito concelhos portugueses que receberam o Euro 2004.
No Estádio Algarve jogaram-se duas partidas na 1ª fase (Rússia-Espanha e Grécia-Rússia) e ainda um dos jogos dos quartos de final (Holanda-Suécia).
A cidade foi Capital Nacional da Cultura em 2005.
Tiveram lugar na capital algarvia as comemorações do dia do Exército em Outubro de 2008.
Mais de um milhar de militares estiveram em Faro em quatro dias comemorativos, que incluíram diversas actividades que visaram uma aproximação da sociedade civil à realidade militar, bem como uma missa na Sé Catedral, culminando com uma parada militar em que o destaque foi todo para a apresentação oficial do novo carro de combate "Leopard".
As comemorações tiveram lugar no Algarve, contextualizando-se na transferência do Regimento de Infantaria Nº 1 (RI1) para a cidade de Tavira.
Salas de Espectáculos
Faro assistiu à inauguração do novo Teatro Municipal (Teatro das Figuras) por ocasião de ter sido a Capital Nacional da Cultura em 2005.
Este novo palco veio juntar-se ao já famoso e histórico Teatro Lethes, inaugurado a 4 de Abril de 1845 que por sua vez se associou às comemorações do aniversário da Rainha D. Maria II, e que após sucessivas ampliações, remodelações e mudanças de tutela se afirmou como o mais antigo teatro da cidade, um dos mais antigos e distintos do país.
Educação
A Universidade do Algarve (UAlg) é um estabelecimento de ensino superior público fundado em 1979.
Sendo a única instituição de ensino superior da região algarvia, está sediada em Faro, possuindo três campus (todos eles em Faro) e um pólo universitário (na cidade de Portimão).
É famosa pelos seus cursos de Biologia Marinha e Ciências do Mar, leccionados na Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, e pelos diversos estudos efectuados nesse mesmo âmbito. Actualmente (Abril de 2008) conta com cerca de 10 000 alunos.
Desporto
A mais importante infraestrutura desportiva do concelho é o Estádio Algarve, construído para o Campeonato Europeu de Futebol que teve lugar em Portugal no ano de 2004.
O estádio localiza-se no Parque das Cidades numa zona fronteira dos concelhos deLoulé e de Faro.
As duas cidades têm unido esforços no sentido de atrair eventos dinamizando as excelentes infraestruturas à disposição.
Deste modo o estádio tem sido palco de numerosos eventos desportivos, como vários jogos oficiais da Selecção Portuguesa de Futebol, a Supertaça em 2005 e a Final da Taça da Liga em 2008, e culturais como o Algarve Summer Festival.
O maior clube da cidade é o Sporting Clube Farense, que é ainda a instituição desportiva com mais historial do Algarve.
Apesar de actualmente (2008/2009) militar na 3ª Divisão Nacional - Série F, a sua equipa de futebol já conseguiu uma presença na Final da Taça de Portugal no Estádio Nacional do Jamor, na época de 1989/1990, um 5º lugar na 1ª Divisão em 1994/1995, que ainda lhe valeu uma participação na Taça UEFA no ano seguinte. Dando resposta à séria crise financeira que assolou a equipa no princípio da corrente década que a levou ao patamar mais baixo do futebol, o Sporting Clube Farense subiu consecutivamente de divisão nas épocas de 2006/2007 e 2007/2008, regressando desta feita à terceira divisão nacional onde tenta regressar rapidamente ao convívio dos grandes do futebol português.
O clube é ainda conhecido pelo seu conjunto de Basquetebol, que tem tido excelentes resultados sendo por varias vezes campeã do algarve.
A cidade possui mais dois clubes de futebol - o Sport Faro e Benfica e o FC 11 Esperanças. A primeira equipa milita na 1ª Divisão Distrital do Algarve, enquanto que a segunda joga na 2ª Divisão
Distrital do Algarve.
Fonte: Wikipédia
“Ossónoba” no tempo dos romanos e “Harun” durante o domínio muçulmano, Faro ganhou a designação actual no século XVIII.
Há que esperar que Afonso III (1247-1279), com o auxílio da Ordem de Santiago, conclua a toma do castelo de Faro em 23 de Fevereiro de 1249.
A elevação da Vila de Faro a cidade, pelo Rei D. Joao III, em foral concedido no dia 7 de Setembro de 1540, faz-se comemorar no dia do Município.
Envolvido pelas muralhas, o mais antigo núcleo urbano conhecido por Vila-Adentroou Cidade Velha, apresenta-nos alguns dos mais importantes e antigos monumentos da cidade.
O Arco da Vila constitui a principal “porta” da Vila-Adentro. Exemplar do neoclassicismo no Algarve, é considerado o ex-libris de Faro.
Este portal monumental, inaugurado em 1812, possui no interior um portal em ferradura das muralhas mouras, único no Algarve. »
Nela estão os Paços do Concelho e a Sé Catedral, que oferece uma grande variedade de estilos: gótico, renascentista e barroco, e cujo interior é marcado por um magnífico conjunto de retábulos e um órgão barroco. Também no Largo da Sé se impõe o Paço Episcopal, um dos principais edifícios do Algarve do período “Arquitectura Chã”.
No Largo Afonso III, ainda no interior das muralhas, ergue-se o Museu Municipal de Faro, antigo Convento da Nossa Senhora da Assunção. Com um espólio diversificado, oferece aos visitantes uma colecção arqueológica de grande valor e uma das mais importantes colecções de arte sacra.
Fora das muralhas, o património arquitectónico é também notável:
A Igreja do Carmo, imponente templo barroco do Século XVIII, com destaque para a sua capela dos ossos, a Igreja de São Francisco, a Capela de Santo António do Alto, o Palacete Belmarço, o Teatro Lethes, magnífico espaço cultural inaugurado em 1845, o Convento de Santo António dos Capuchos, entre muitos outros edifícios.
Assim como o passado está bem presente na Cidade de Faro, através do seu património arquitectónico, também a modernidade é visível na capital do Algarve.
Espaços culturais como o Teatro Municipal de Faro, inaugurado em 2005 e que acolhe grandiosos espectáculos nas mais diversas áreas culturais como a Dança, a Música, o Teatro ou Cinema, conferem a Faro a imagem de cidade cultural.
Também a Biblioteca Municipal de Faro é exemplo de um projecto arquitectónico actual.
Situada junto ao Jardim da Alameda, foi inaugurada em 2001, tendo sido preservada a fachada neo-islâmica do edifício original, dando-lhe um cunho de modernidade e de conforto. »
O Mercado Municipal de Faro, mais recente obra edificada, é o novo centro da cidade e um espaço moderno que acolhe, para além das tradicionais bancas, diversos serviços.
O Jardim Manuel Bivar, frente ao Arco da Vila e junto à Doca de Faro é um espaço agradável e calmo que convida ao descanso. Nele encontra-se o pomposo coreto do Século XIX.
Na Praça da Liberdade encontra-se o Museu Regional de Faro,importante ponto de visita para aqueles que quiserem conhecer a casa típica do Algarve e a vertente da vida dos Algarvios.
Mostra um pouco daquilo que foi o Algarve e os seus habitantes, através de fotografias, colecções de peças, pinturas e objectos típicos da região. »
Através do Aeroporto de Faro, a cidade constitui a segunda maior entrada externa do país (a seguir a Lisboa), o que lhe confere uma valência vincadamente cosmopolita.
O grande destaque do concelho é a Ria Formosa que constitui um sapal que se estende pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António, abrangendo uma área de cerca de 18 400 hectares ao longo de 60 quilómetros desde o rio Ancão até à praia da Manta Rota.
Trata-se de uma área protegida pelo estatuto de Parque Natural, atribuído pelo Decreto-lei 373/87 de 9 de Dezembro de 1987. A sul é protegida do Oceano Atlântico por um cordão dunar, formado por duas penínsulas (a de Faro, que engloba a praia do Ancão e a praia de Faro; e a de Cacela, que engloba a praia da Manta Rota) e cinco ilhas barreira arenosas (Ilha da Barreta, Ilha da Culatra, Ilha daArmona, Ilha de Tavira e Ilha de Cabanas), que servem de protecção a todo o Parque Natural.
É uma zona húmida de importância internacional como habitat de aves aquáticas, sendo alvo de muitos estudos realizados pelos alunos da Universidade do Algarve.
O clima, é mediterrânico, um clima em que a temperatura é amena durante todo o ano, um clima em que podemos desfrutar do sol mais de 300 dias por ano, e em que os meses que são verdadeiramente chuvosos são reduzidos em dois, Novembro e Dezembro.
Principais Eventos
Anuais Fixos
Faro é internacionalmente conhecida pela concentração motard que tem lugar anualmente sob a organização do Moto Clube de Faro. Esta associação foi criada em1979 por um grupo de amigos motociclistas, tendo vindo a ser oficialmente formada e legalizada a 5 de Fevereiro de 1982.
Actualmente (Abril de 2008) com mais de 400 membros, é reconhecida pelaFederação Europeia de Motociclismo (FEMA), organizando diversos eventos anualmente dos quais se destaca a concentração motard que começou com 200 participantes em 1982, e que actualmente (2008) já conta com mais de 30.000.
Sendo o maior evento do género em Portugal, conta com participantes vindos um pouco de toda a Europa, nomeadamente de Espanha, França, Reino Unido e Itália, sendo um dos grandes atractivos turísticos da cidade.
Outro grande evento é ainda a Semana Académica da Universidade do Algarveque tem lugar anualmente na capital algarvia.
Singulares
Faro foi um dos oito concelhos portugueses que receberam o Euro 2004.
No Estádio Algarve jogaram-se duas partidas na 1ª fase (Rússia-Espanha e Grécia-Rússia) e ainda um dos jogos dos quartos de final (Holanda-Suécia).
A cidade foi Capital Nacional da Cultura em 2005.
Tiveram lugar na capital algarvia as comemorações do dia do Exército em Outubro de 2008.
Mais de um milhar de militares estiveram em Faro em quatro dias comemorativos, que incluíram diversas actividades que visaram uma aproximação da sociedade civil à realidade militar, bem como uma missa na Sé Catedral, culminando com uma parada militar em que o destaque foi todo para a apresentação oficial do novo carro de combate "Leopard".
As comemorações tiveram lugar no Algarve, contextualizando-se na transferência do Regimento de Infantaria Nº 1 (RI1) para a cidade de Tavira.
Salas de Espectáculos
Faro assistiu à inauguração do novo Teatro Municipal (Teatro das Figuras) por ocasião de ter sido a Capital Nacional da Cultura em 2005.
Este novo palco veio juntar-se ao já famoso e histórico Teatro Lethes, inaugurado a 4 de Abril de 1845 que por sua vez se associou às comemorações do aniversário da Rainha D. Maria II, e que após sucessivas ampliações, remodelações e mudanças de tutela se afirmou como o mais antigo teatro da cidade, um dos mais antigos e distintos do país.
Educação
A Universidade do Algarve (UAlg) é um estabelecimento de ensino superior público fundado em 1979.
Sendo a única instituição de ensino superior da região algarvia, está sediada em Faro, possuindo três campus (todos eles em Faro) e um pólo universitário (na cidade de Portimão).
É famosa pelos seus cursos de Biologia Marinha e Ciências do Mar, leccionados na Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, e pelos diversos estudos efectuados nesse mesmo âmbito. Actualmente (Abril de 2008) conta com cerca de 10 000 alunos.
Desporto
A mais importante infraestrutura desportiva do concelho é o Estádio Algarve, construído para o Campeonato Europeu de Futebol que teve lugar em Portugal no ano de 2004.
O estádio localiza-se no Parque das Cidades numa zona fronteira dos concelhos deLoulé e de Faro.
As duas cidades têm unido esforços no sentido de atrair eventos dinamizando as excelentes infraestruturas à disposição.
Deste modo o estádio tem sido palco de numerosos eventos desportivos, como vários jogos oficiais da Selecção Portuguesa de Futebol, a Supertaça em 2005 e a Final da Taça da Liga em 2008, e culturais como o Algarve Summer Festival.
O maior clube da cidade é o Sporting Clube Farense, que é ainda a instituição desportiva com mais historial do Algarve.
Apesar de actualmente (2008/2009) militar na 3ª Divisão Nacional - Série F, a sua equipa de futebol já conseguiu uma presença na Final da Taça de Portugal no Estádio Nacional do Jamor, na época de 1989/1990, um 5º lugar na 1ª Divisão em 1994/1995, que ainda lhe valeu uma participação na Taça UEFA no ano seguinte. Dando resposta à séria crise financeira que assolou a equipa no princípio da corrente década que a levou ao patamar mais baixo do futebol, o Sporting Clube Farense subiu consecutivamente de divisão nas épocas de 2006/2007 e 2007/2008, regressando desta feita à terceira divisão nacional onde tenta regressar rapidamente ao convívio dos grandes do futebol português.
O clube é ainda conhecido pelo seu conjunto de Basquetebol, que tem tido excelentes resultados sendo por varias vezes campeã do algarve.
A cidade possui mais dois clubes de futebol - o Sport Faro e Benfica e o FC 11 Esperanças. A primeira equipa milita na 1ª Divisão Distrital do Algarve, enquanto que a segunda joga na 2ª Divisão
Distrital do Algarve.
Distrital do Algarve.
Fonte: Wikipédia
Afonso III de Portugal
D. Afonso III (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por haver sido casado com a Condessa de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e de sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu a seu irmão Sancho II em 1248.
Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com a herdeira Matilde de Bolonha em 1238, tornando-se assim conde de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.
Até à morte de D. Sancho e a sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e divorciou-se de Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas. Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia-geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do édito de várias cartas de foral.
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso virou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.
Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia.
Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.
Fonte: Municipio de Mirandela
D. Afonso III (Coimbra, 5 de Maio de 1210 – id., 16 de Fevereiro de 1279), cognominado O Bolonhês por haver sido casado com a Condessa de Bolonha, foi o quinto Rei de Portugal. Afonso III era o segundo filho do rei Afonso II e de sua mulher Urraca de Castela, e sucedeu a seu irmão Sancho II em 1248.
Como segundo filho, Afonso não era suposto herdar o trono destinado a Sancho e por isso fez a vida em França, onde casou com a herdeira Matilde de Bolonha em 1238, tornando-se assim conde de Bolonha. Todavia, em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV ordenou a substituição do rei pelo conde de Bolonha. Afonso não ignorou a ordem papal e dirigiu-se a Portugal, onde se fez coroar rei em 1248 após o exílio e morte de Sancho II em Toledo.
Até à morte de D. Sancho e a sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
Até à morte de D. Sancho e a sua consequente coroação, D. Afonso apenas usou os títulos de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
Para aceder ao trono, Afonso abdicou de Bolonha e divorciou-se de Matilde para casar com Beatriz de Castela. Decidido a não cometer os mesmos erros do irmão, o novo rei prestou especial atenção à classe média de mercadores e pequenos proprietários, ouvindo suas queixas. Em 1254, na cidade de Leiria convocou a primeira reunião das Cortes, a assembleia-geral do reino, com representantes de todos os espectros da sociedade. Afonso preparou legislação que restringia a possibilidade das classes altas cometerem abusos sobre a população menos favorecida e concedeu inúmeros privilégios à Igreja. Recordado como excelente administrador, Afonso III organizou a administração pública, fundou várias vilas e concedeu o privilégio de cidade através do édito de várias cartas de foral.
Com o trono seguro e a situação interna pacificada, Afonso virou a sua atenção para os propósitos da Reconquista do Sul da Península Ibérica às comunidades muçulmanas. Durante o seu reinado, Faro foi tomada com sucesso em 1249 e o Algarve incorporado no reino de Portugal.
Após esta campanha de sucesso, Afonso teve de enfrentar um conflito diplomático com Castela, que considerava que o Algarve lhe pertencia.
Seguiu-se um período de guerra entre os dois países, até que, em 1267, foi assinado um tratado em Badajoz que determina a fronteira no Guadiana desde a confluência do Caia até à foz, a fronteira luso-castelhana.
Fonte: Municipio de Mirandela
A Lenda da tomada de Faro aos Mouros
Parte das forças que atacaram o Castelo de Faro fora colocada no largo actualmente chamado de São Francisco, e estas forças eram comandadas por um brioso oficial, robusto e formoso rapaz, solteiro. Este oficial pôde ver em certa ocasião a formosa e gentil filha do governador mouro e dela ficou enamorado.
[...] Em certo dia conseguiu o oficial que a sua namorada o recebesse em curto rendez-vous dentro do castelo, combinando-se que o mouro intermediário lhe abrisse, alta noite, a porta, hoje da Senhora do Repouso.
[...] À hora marcada entrou o oficial no castelo e aí em doce colóquio se entreteve com a dama dos seus encantos. À hora de sair, acompanhou ela o seu querido namorado até à porta do castelo, levando consigo um irmão, criança de oito anos.
Quando se aproximaram da porta, disse-lhes o escravo, que da parte de fora estava muita gente, pois que mais de uma vez lhes chegavam aos ouvidos vozes abafadas.
[..] O oficial, segurando nos braços a moura gentil, viu-se em eminente perigo. Avançou para fora com a moura e, quase ao transpôr a porta, hoje conhecida pela Senhora do Repouso, notou que tinha nos braços não uma formosa jovem, mas apenas uns farrapos, que se desfaziam à mais pequena e leve aragem. Olhou para o lado pela criancinha e não a viu. Então teve a profunda e tristíssima compreensão da sua desgraça. Caiu no chão sem sentidos.
[...] Nesse momento acudiram as forças do Mestre e de D. João de Aboim e os mouros tinham sido forçados a entregar o castelo, mediante uma avença com o Rei D. Afonso.
O oficial [...] dirigiu-se à porta do castelo. Ao entrar pelo Arco da Senhora do Repouso viu ao lado esquerdo a cabeça de uma criança que se assomava por um buraco.
- O que fazes aí, menino? perguntou o oficial, conhecendo o irmão da sua namorada.
- Estamos aqui encantados: eu e a minha irmã.
- Quem vos encantou?
- O nosso pai. Soube por uma espia que levavas nos braços a minha irmã acompanhada por mim e, invocando Allah, encantou-nos aqui no momento em que transpunhas a porta. Por atraiçoarmos a santa causa do nosso Allah aqui ficaremos encantados.
- Por muito tempo?
-Enquanto o mundo for mundo.
(Francisco Xavier d' Ataíde Oliveira, As Mouras Encantadas e os Encantamentos no Algarve, Loulé, 1996, pp. 148 a 150).
In LAMEIRA, Francisco Faro – A arte na historia da cidade, Câmara Municipal de Faro, 1999, pp. 26-27.
Fonte: Câmara Municipal de Faro
Parte das forças que atacaram o Castelo de Faro fora colocada no largo actualmente chamado de São Francisco, e estas forças eram comandadas por um brioso oficial, robusto e formoso rapaz, solteiro. Este oficial pôde ver em certa ocasião a formosa e gentil filha do governador mouro e dela ficou enamorado.
[...] Em certo dia conseguiu o oficial que a sua namorada o recebesse em curto rendez-vous dentro do castelo, combinando-se que o mouro intermediário lhe abrisse, alta noite, a porta, hoje da Senhora do Repouso.
[...] À hora marcada entrou o oficial no castelo e aí em doce colóquio se entreteve com a dama dos seus encantos. À hora de sair, acompanhou ela o seu querido namorado até à porta do castelo, levando consigo um irmão, criança de oito anos.
Quando se aproximaram da porta, disse-lhes o escravo, que da parte de fora estava muita gente, pois que mais de uma vez lhes chegavam aos ouvidos vozes abafadas.
[..] O oficial, segurando nos braços a moura gentil, viu-se em eminente perigo. Avançou para fora com a moura e, quase ao transpôr a porta, hoje conhecida pela Senhora do Repouso, notou que tinha nos braços não uma formosa jovem, mas apenas uns farrapos, que se desfaziam à mais pequena e leve aragem. Olhou para o lado pela criancinha e não a viu. Então teve a profunda e tristíssima compreensão da sua desgraça. Caiu no chão sem sentidos.
[...] Nesse momento acudiram as forças do Mestre e de D. João de Aboim e os mouros tinham sido forçados a entregar o castelo, mediante uma avença com o Rei D. Afonso.
O oficial [...] dirigiu-se à porta do castelo. Ao entrar pelo Arco da Senhora do Repouso viu ao lado esquerdo a cabeça de uma criança que se assomava por um buraco.
- O que fazes aí, menino? perguntou o oficial, conhecendo o irmão da sua namorada.
- Estamos aqui encantados: eu e a minha irmã.
- Quem vos encantou?
- O nosso pai. Soube por uma espia que levavas nos braços a minha irmã acompanhada por mim e, invocando Allah, encantou-nos aqui no momento em que transpunhas a porta. Por atraiçoarmos a santa causa do nosso Allah aqui ficaremos encantados.
- Por muito tempo?
-Enquanto o mundo for mundo.
(Francisco Xavier d' Ataíde Oliveira, As Mouras Encantadas e os Encantamentos no Algarve, Loulé, 1996, pp. 148 a 150).
In LAMEIRA, Francisco Faro – A arte na historia da cidade, Câmara Municipal de Faro, 1999, pp. 26-27.
Fonte: Câmara Municipal de Faro
A lenda da tomada de Faro aos Mouros
Faro é hoje a capital do Algarve. No tempo em que os sarracenos dominavam nesta província, era Faro de pouca importância, comparada com Silves ou Tavira.
D. Afonso III tomou o castelo de Faro em 23 de Fevereiro de 1249.
Um cronista antigo, referindo-se a este sucesso, diz o seguinte:
«Puzeram Dom Afonso e o Mestre da Ordem o arraial sobre Farão e repartiram seus combates desta maneira: o combate de El-Rei Dom Afonso foi no castelo e um lanço da vila até uma porta que ora chamam das freiras e o combate do Mestre deste lanço até à porta da vila, e mandou El-Rei um rico homem, que havia nome DomPero Asquerenho, com outro lanço do muro até uma torre que depois chamaram de João de Boim, e este João de Boim tinha outro lanço da torre até ao combate doalcacere de El-Rei; afora estas capitanias eram aí outros com ele.
Convém saber: Dom Fernão Lopes, prior do hospital e o Mestre de Aviz e ochanceler-mór Dom João Soares e Egas Lourenço; e por esta guiza tinha El-Rei combatido a vila mui fortemente de dia e de noite e mui poucas vezes lhe davam lugar e tomou-lhe El-Rei o mar com a frota e atravessou-lhe no caminho do rio navios grossos mui bem armados e ancorados da parte de fora excontra o mar porque se algumas galés de mouros viessem que lhe não pudessem fazer nojo e lhe fosse embargada a parte do rio e assim ficou o lugar todo cercado ao redôr».
Em virtude deste bloqueio reconheceram os mouros que lhes era impossível o socorro por mar e por isso resolveram fazer avença com El-Rei, obrigando-se este a respeitar-lhes as casas, as vinhas, as herdades e bem assim a defendê-los dos seus inimigos tanto estrangeiros como mouros, e obrigando-se aqueles a pagar ao rei o mesmo fôro que em todas as coisas pagavam ao Miramolim de Marrocos.
É assim que a história nos relata a tomada de Faro.
A lenda, porém, encarrega-se de criar um novo elemento que principalmente contribuiu para o feliz êxito do nosso monarca.
Diz a lenda:
Parte das forças que atacaram o castelo de Faro fôra colocada no largo actualmente chamado de S. Francisco, e estas forças eram comandadas por um brioso oficial, robusto e formoso rapaz, solteiro. Este oficial pôde ver em certa ocasião a formosa e gentil filha do governador mouro e dela ficou enamorado. A presença agradável e o aspecto belicoso do nosso oficial não passaram despercebidos à moura, e esta, em breve tempo, estava em relações amorosas com o valente oficial, por intermédio de um seu escravo, também mouro, e que conhecia perfeitamente as línguas portuguesa e sarracena.
Em certo dia conseguiu o oficial que a sua namorada o recebesse em curto rendez-vous dentro do castelo, combinando-se que o mouro intermediário lhe abrisse, alta noite, a porta, hoje da Senhora do Repouso.
Antes da noite dirigiu-se o oficial a algum dos seus camaradas e disse-lhes:
— Espero entrar esta noite dentro do castelo pela porta do nascente. Se não voltar, depois de pequena demora, é porque caí num laço bem urdido; e então peço-lhes que se o castelo for tomado e lhes venha às mãos a filha do governador a poupem e a não maltratem.
Certamente ela não contribuiria para tal traição.
Prometeram-lhes os camaradas cumprir as suas ordens, depois que reconheceram a impossibilidade de o demover da sua empresa.
À hora marcada entrou o oficial no castelo e aí em doce colóquio se entreteve com a dama dos seus encantos.
Faro é hoje a capital do Algarve. No tempo em que os sarracenos dominavam nesta província, era Faro de pouca importância, comparada com Silves ou Tavira.
D. Afonso III tomou o castelo de Faro em 23 de Fevereiro de 1249.
Um cronista antigo, referindo-se a este sucesso, diz o seguinte:
«Puzeram Dom Afonso e o Mestre da Ordem o arraial sobre Farão e repartiram seus combates desta maneira: o combate de El-Rei Dom Afonso foi no castelo e um lanço da vila até uma porta que ora chamam das freiras e o combate do Mestre deste lanço até à porta da vila, e mandou El-Rei um rico homem, que havia nome DomPero Asquerenho, com outro lanço do muro até uma torre que depois chamaram de João de Boim, e este João de Boim tinha outro lanço da torre até ao combate doalcacere de El-Rei; afora estas capitanias eram aí outros com ele.
Convém saber: Dom Fernão Lopes, prior do hospital e o Mestre de Aviz e ochanceler-mór Dom João Soares e Egas Lourenço; e por esta guiza tinha El-Rei combatido a vila mui fortemente de dia e de noite e mui poucas vezes lhe davam lugar e tomou-lhe El-Rei o mar com a frota e atravessou-lhe no caminho do rio navios grossos mui bem armados e ancorados da parte de fora excontra o mar porque se algumas galés de mouros viessem que lhe não pudessem fazer nojo e lhe fosse embargada a parte do rio e assim ficou o lugar todo cercado ao redôr».
Em virtude deste bloqueio reconheceram os mouros que lhes era impossível o socorro por mar e por isso resolveram fazer avença com El-Rei, obrigando-se este a respeitar-lhes as casas, as vinhas, as herdades e bem assim a defendê-los dos seus inimigos tanto estrangeiros como mouros, e obrigando-se aqueles a pagar ao rei o mesmo fôro que em todas as coisas pagavam ao Miramolim de Marrocos.
É assim que a história nos relata a tomada de Faro.
A lenda, porém, encarrega-se de criar um novo elemento que principalmente contribuiu para o feliz êxito do nosso monarca.
Diz a lenda:
Parte das forças que atacaram o castelo de Faro fôra colocada no largo actualmente chamado de S. Francisco, e estas forças eram comandadas por um brioso oficial, robusto e formoso rapaz, solteiro. Este oficial pôde ver em certa ocasião a formosa e gentil filha do governador mouro e dela ficou enamorado. A presença agradável e o aspecto belicoso do nosso oficial não passaram despercebidos à moura, e esta, em breve tempo, estava em relações amorosas com o valente oficial, por intermédio de um seu escravo, também mouro, e que conhecia perfeitamente as línguas portuguesa e sarracena.
Em certo dia conseguiu o oficial que a sua namorada o recebesse em curto rendez-vous dentro do castelo, combinando-se que o mouro intermediário lhe abrisse, alta noite, a porta, hoje da Senhora do Repouso.
Antes da noite dirigiu-se o oficial a algum dos seus camaradas e disse-lhes:
— Espero entrar esta noite dentro do castelo pela porta do nascente. Se não voltar, depois de pequena demora, é porque caí num laço bem urdido; e então peço-lhes que se o castelo for tomado e lhes venha às mãos a filha do governador a poupem e a não maltratem.
Certamente ela não contribuiria para tal traição.
Prometeram-lhes os camaradas cumprir as suas ordens, depois que reconheceram a impossibilidade de o demover da sua empresa.
À hora marcada entrou o oficial no castelo e aí em doce colóquio se entreteve com a dama dos seus encantos.
Banco de Portugal
Praça D. Francisco Gomes
Por obrigação decorrente do contrato celebrado com o Estado em 1887, o Banco de Portugal passou a exercer as funções de banqueiro do Estado e caixa Geral do Tesouro, obrigando-se a criar agências em todas as capitais de distrito do Continente e Ilhas.
Assim, entre 1889 e 1895, instalaram-se as Agências definitivas nas sedes dos distritos - não sem grandes dificuldades. As tarefas que lhes estavam atribuídas consistiam basicamente em descontar letras, emprestar sobre penhores, receber depósitos à ordem de particulares e realizar operações de transferência de fundos e operações com o Tesouro.
A implantação do Banco de Portugal no País foi crescendo - particularmente entre 1918 e 1958, com a instalação das Agências concelhias -, atingindo um máximo de 32 Agências no fim dos anos 50.
Ao longo dos anos, revelou-se determinante o seu contributo para o desenvolvimento das regiões onde estavam inseridas.
No final de 1997, o Banco de Portugal possuía duas Delegações Regionais - Ponta Delgada e Funchal - e sete Agências, situadas em Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Vila Real e Viseu, que funcionam como tesourarias do sistema bancário e, na sua maior parte, como centros de escolha de notas.
A agência do Banco de Portugal em Faro, junto ao Jardim Manuel Bivar, é um dos edifícios marcantes da cidade.
Foi projectado no início do século XX, pelo arquitecto Adães Bermudes, sendo considerado um importante exemplo da arquitectura revivalista, com elementos de inspiração mourisca na porta principal.
Erguido em 1926, mesmo em frente à Marina de Faro e ao jardim da cidade, no local onde anteriormente funcionava o Mercado das Hortaliças, o arquitecto AdãesBermudes imprimiu-lhe influências revivalistas, neo-manuelinas e islâmicas.
Merece especial destaque a fachada frontal, onde se podem apreciar cúpulas rendilhadas e riquíssimos painéis de azulejos.
Fonte: skyscrapercity
Praça D. Francisco Gomes |
Assim, entre 1889 e 1895, instalaram-se as Agências definitivas nas sedes dos distritos - não sem grandes dificuldades. As tarefas que lhes estavam atribuídas consistiam basicamente em descontar letras, emprestar sobre penhores, receber depósitos à ordem de particulares e realizar operações de transferência de fundos e operações com o Tesouro.
A implantação do Banco de Portugal no País foi crescendo - particularmente entre 1918 e 1958, com a instalação das Agências concelhias -, atingindo um máximo de 32 Agências no fim dos anos 50.
Ao longo dos anos, revelou-se determinante o seu contributo para o desenvolvimento das regiões onde estavam inseridas.
No final de 1997, o Banco de Portugal possuía duas Delegações Regionais - Ponta Delgada e Funchal - e sete Agências, situadas em Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Vila Real e Viseu, que funcionam como tesourarias do sistema bancário e, na sua maior parte, como centros de escolha de notas.
A agência do Banco de Portugal em Faro, junto ao Jardim Manuel Bivar, é um dos edifícios marcantes da cidade.
Foi projectado no início do século XX, pelo arquitecto Adães Bermudes, sendo considerado um importante exemplo da arquitectura revivalista, com elementos de inspiração mourisca na porta principal.
Erguido em 1926, mesmo em frente à Marina de Faro e ao jardim da cidade, no local onde anteriormente funcionava o Mercado das Hortaliças, o arquitecto AdãesBermudes imprimiu-lhe influências revivalistas, neo-manuelinas e islâmicas.
Merece especial destaque a fachada frontal, onde se podem apreciar cúpulas rendilhadas e riquíssimos painéis de azulejos.
Casa do Compromisso Marítimo de Faro
O Compromisso desta antiquíssima associação dos marítimos de Faro é de 1432.
A casa, que foi sua sede e onde está instalada a Caixa de Previdência e Abono deFamília dos Profissionais da Pesca, pouco mais ou menos dessa época, embora tenha sofrido modificações.
Formando esquina entre as ruas de S. Pedro e do Compromisso, nota-se umedifício, que não não é grande, mas se distingue bem pêlos seus contrafortes de pedra com ressaltes e pêlos dois arcos de volta redonda fechados por vidraças gradeadas para o lado da Rua do Compromisso. Esse compartimento do rés-do-chão é uma sala de espera, donde se passa ao consultório médico, que tem uma janela para a Rua de S. Pedro.
Na fachada principal desta rua, à porta cornijada sobrepõe-se um nicho de pedraaparatoso ladeado por duas pilastras e terminado num frontão interrompido, no qual se vê a imagem do patrono dos marítimos, São Pedro Gonçalves Teimo (o Santelmo ou Corpo Santo da tradição).
Aos pés da imagem, uma lápide moderna reza assim: «Compromisso Marítimo deFaro/Confraria de Mareantes fundada no ano de 1432/Associação de Socorros Mútuos por Estatutos de 31-10-1969/Lápide mandada colocar pela Direcção de 1934.»
In Monumentos e edificios notaveis do concelho de faro
Autor: Professor José António Pinheiro e Rosa
Colaboração de: Arquitecto António Centeno Serrano Santos
1.ª edição em Dezembro de 1984
Os Compromissos Marítimos eram associações das gentes dedicadas às fainas do mar.
Para além do culto religioso, defendiam os privilégios, isenções e interesses dos associados, fornecendo «o Compromisso às famílias dos marítimos, médico, cirurgião, sangrador, botica e socorros pecuniários quando estão doentes, velhos ou pobres (…) para cujos fundos todos concorrem com partes dos seus lucros, quer sejam a pesca, quer de viagens».
Situada no gaveto das Ruas de São Pedro e do Compromisso Marítimo, esta casa foi totalmente reconstruída, em 1709, no local da anterior.
Inácio Mendes, um dos mais prestigiados mestres pedreiros algarvios, foi também responsável pelo projecto.
Este edifício de dois pisos, com beirado saliente e telhados de tesoura, constitui um bom exemplo da permanência do formulário da arquitectura chã nos princípios do séc. XVIII.
Destacam-se na fachada lateral os dois arcos de volta perfeita, que correspondiam outrora ao açougue dos mareantes.
Hoje pertence ao Centro Regional de Segurança Social.
Edifício de dois pisos, com beirado saliente e telhados de tesoura. Destaca-se, na fachada principal o nicho com a imagem do patrono São Pedro Gonçalves Telmo e na fachada lateral os dois arcos de volta perfeita que correspondiam ao açougue dos mareantes.
Morada: Rua do Compromisso Marítimo
Local: Faro
Código postal: 8000-252 Faro
Fonte: RADIX - Ministério da Cultura
Os Compromissos Marítimos testemunham, no litoral português e em especial no Algarve, a importância secular das actividades ligadas ao mar.
Para além do culto religioso, as Irmandades ou Confrarias do Corpo Santo – também assim reconhecidos aqueles Compromissos – promoveram a defesa dos interesses profissionais dos associados, assegurando às famílias: médico, cirurgião, sangrador, botica e socorros pecuniários quando estão doentes, velhos ou pobres (…) para cujos fundos todos concorrem com parte dos seus lucros, quer sejam de pesca, quer de viagens (Silva Lopes, Corografia do Reino do Algarve, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1841, p. 103).
Com origem no século XIII, foram fundados Compromissos em Lagos, Alvor, Portimão, Ferragudo, Albufeira, Faro, Olhão, Fuseta, Tavira, Vila Real de Santo
António e Castro Marim.
O Arquivo Distrital de Faro custodia a documentação produzida e acumulada pelos Compromissos Marítimos de Faro, Lagos, Portimão, Olhão, Tavira, de 1585 a 1972, com uma dimensão de cerca de 9 m.l.
Fonte: MOSTRA DOCUMENTAL: ASSOCIAÇÕES DE MAREANTES: OS COMPROMISSOS MARÍTIMOS DO ALGARVE do Arquivo Distrital de Faro.
Link ADFAR.
O Compromisso desta antiquíssima associação dos marítimos de Faro é de 1432.
A casa, que foi sua sede e onde está instalada a Caixa de Previdência e Abono deFamília dos Profissionais da Pesca, pouco mais ou menos dessa época, embora tenha sofrido modificações.
A casa, que foi sua sede e onde está instalada a Caixa de Previdência e Abono deFamília dos Profissionais da Pesca, pouco mais ou menos dessa época, embora tenha sofrido modificações.
Formando esquina entre as ruas de S. Pedro e do Compromisso, nota-se umedifício, que não não é grande, mas se distingue bem pêlos seus contrafortes de pedra com ressaltes e pêlos dois arcos de volta redonda fechados por vidraças gradeadas para o lado da Rua do Compromisso. Esse compartimento do rés-do-chão é uma sala de espera, donde se passa ao consultório médico, que tem uma janela para a Rua de S. Pedro.
Na fachada principal desta rua, à porta cornijada sobrepõe-se um nicho de pedraaparatoso ladeado por duas pilastras e terminado num frontão interrompido, no qual se vê a imagem do patrono dos marítimos, São Pedro Gonçalves Teimo (o Santelmo ou Corpo Santo da tradição).
Aos pés da imagem, uma lápide moderna reza assim: «Compromisso Marítimo deFaro/Confraria de Mareantes fundada no ano de 1432/Associação de Socorros Mútuos por Estatutos de 31-10-1969/Lápide mandada colocar pela Direcção de 1934.»
In Monumentos e edificios notaveis do concelho de faro
Autor: Professor José António Pinheiro e Rosa
Colaboração de: Arquitecto António Centeno Serrano Santos
1.ª edição em Dezembro de 1984
Os Compromissos Marítimos eram associações das gentes dedicadas às fainas do mar.
Para além do culto religioso, defendiam os privilégios, isenções e interesses dos associados, fornecendo «o Compromisso às famílias dos marítimos, médico, cirurgião, sangrador, botica e socorros pecuniários quando estão doentes, velhos ou pobres (…) para cujos fundos todos concorrem com partes dos seus lucros, quer sejam a pesca, quer de viagens».
Situada no gaveto das Ruas de São Pedro e do Compromisso Marítimo, esta casa foi totalmente reconstruída, em 1709, no local da anterior.
Inácio Mendes, um dos mais prestigiados mestres pedreiros algarvios, foi também responsável pelo projecto.
Este edifício de dois pisos, com beirado saliente e telhados de tesoura, constitui um bom exemplo da permanência do formulário da arquitectura chã nos princípios do séc. XVIII.
Destacam-se na fachada lateral os dois arcos de volta perfeita, que correspondiam outrora ao açougue dos mareantes.
Hoje pertence ao Centro Regional de Segurança Social.
Edifício de dois pisos, com beirado saliente e telhados de tesoura. Destaca-se, na fachada principal o nicho com a imagem do patrono São Pedro Gonçalves Telmo e na fachada lateral os dois arcos de volta perfeita que correspondiam ao açougue dos mareantes.
Morada: Rua do Compromisso Marítimo
Local: Faro
Código postal: 8000-252 Faro
Fonte: RADIX - Ministério da Cultura
Os Compromissos Marítimos testemunham, no litoral português e em especial no Algarve, a importância secular das actividades ligadas ao mar.
Para além do culto religioso, as Irmandades ou Confrarias do Corpo Santo – também assim reconhecidos aqueles Compromissos – promoveram a defesa dos interesses profissionais dos associados, assegurando às famílias: médico, cirurgião, sangrador, botica e socorros pecuniários quando estão doentes, velhos ou pobres (…) para cujos fundos todos concorrem com parte dos seus lucros, quer sejam de pesca, quer de viagens (Silva Lopes, Corografia do Reino do Algarve, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1841, p. 103).
Com origem no século XIII, foram fundados Compromissos em Lagos, Alvor, Portimão, Ferragudo, Albufeira, Faro, Olhão, Fuseta, Tavira, Vila Real de Santo
António e Castro Marim.
O Arquivo Distrital de Faro custodia a documentação produzida e acumulada pelos Compromissos Marítimos de Faro, Lagos, Portimão, Olhão, Tavira, de 1585 a 1972, com uma dimensão de cerca de 9 m.l.
Fonte: MOSTRA DOCUMENTAL: ASSOCIAÇÕES DE MAREANTES: OS COMPROMISSOS MARÍTIMOS DO ALGARVE do Arquivo Distrital de Faro.
Link ADFAR.
Arco da Vila
Em plena capital algarvia, na Praça de D. Francisco Gomes, ergue-se o Arco ou Porta da Vila entrada da primitiva Ossónoba romana, actual cidade de Faro.
Este projecto concretizou-se graças à vontade do bispo D. Francisco Gomes do Avelar e ao talento do arquitecto italiano Fabri, revelando-se uma harmoniosa e equilibrada edificação barroca da segunda metade do século XVIII.
Imponente e harmonioso, o Arco da Vila, arco de volta perfeita em cantaria, está ladeado por duas colunas jónicas sobre pedestais, rematadas superiormente por pináculos esféricos.
No panejamento central são visíveis vestígios de aduelas de um primitivo arco. Em campanha de obras levada a cabo pela autarquia local no ano de 1992, foi descoberto no interior do arco um portal em arco de ferradura, uma das entradas primitivas das muralhas árabes de Faro.
Acima da arquitrave abre-se um nicho sobrepujado por frontão triangular, rematado por pequena cruz latina, abrigando no seu interior a estátua, em mármore e de origem italiana, de S. Tomás de Aquino - um dos santos padroeiros de Faro.
De acordo com a tradição local, este santo milagreiro evitou que a peste se espalhasse sobre os seus habitantes. Ligada ainda com esta imagem sagrada está um episódio lendário.
Conta-se que a estátua era muito pesada e que os trabalhadores, encarregados de a colocar no alto nicho da porta, não conseguiam demover o santo e mover a estátua. Ora, a estranha teimosia de S. Tomás foi quebrada graças à intervenção do bispo D. Francisco Gomes do Avelar que, ao aproximar-se da imagem, lhe segredou algo ao ouvido. Então, a santa imagem obedeceu e deixou-se conduzir sem mais teimosias até ao seu destino.
Reportando-nos ainda à volumetria da composição arquitectónica da Porta da Vila farense, lateralmente dispõem-se dois corpos menores e delimitados por pilastras, sendo rasgados por duas janelas, a superior com gradeamento de ferro e frontão triangular.
A empena apresenta-se delimitada por belas urnas, possuindo ainda balaustrada interrompida por dois obeliscos de pedra. Ao centro está colocado um relógio, sobre o qual se ergue um arco-campanário com um sino, rematado por frontão triangular.
Arco da Vila. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-11-13].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$arco-da-vila>.
Portal monumental situado numa das entradas medievais do recinto muralhado, constituindo a antiga porta do castelo. Trata-se de uma reconstrução do século XVIII. No seu nicho figura uma imagem em mármore de São Tomás de Aquino. As colunas que o ladeiam são do estilo jónico. Sofreu grandes alterações ao longo dos anos, mantendo, contudo, o carácter de sifão com entrada lateral pela porta árabe.
Identificação alternativa: Porta de Entrambalas Águas ou de Nossa Senhora do Ó.
Estilo: Neo-Clássico
Protecção: Interesse nacional
Propriedade: Pública
Documento legal: Decreto de 16 de Junho de 1910, Diário do Governo 136 de 23 de Junho de 1910.
Fonte - Radix - Ministério da Cultura
Porta Árabe
Data da época islâmica (sec. XI) e constituia uma das principais entradas para quem chegava à cidade por mar.
Constitui o único arco em ferradura in situ no Algarve e o mais antigo no país.
Esta porta está representada numa iluminura do livro As Cantigas de Santa Maria de Afonso X.
Fonte: C.M. Faro
Em plena capital algarvia, na Praça de D. Francisco Gomes, ergue-se o Arco ou Porta da Vila entrada da primitiva Ossónoba romana, actual cidade de Faro.
Este projecto concretizou-se graças à vontade do bispo D. Francisco Gomes do Avelar e ao talento do arquitecto italiano Fabri, revelando-se uma harmoniosa e equilibrada edificação barroca da segunda metade do século XVIII.
Este projecto concretizou-se graças à vontade do bispo D. Francisco Gomes do Avelar e ao talento do arquitecto italiano Fabri, revelando-se uma harmoniosa e equilibrada edificação barroca da segunda metade do século XVIII.
Imponente e harmonioso, o Arco da Vila, arco de volta perfeita em cantaria, está ladeado por duas colunas jónicas sobre pedestais, rematadas superiormente por pináculos esféricos.
No panejamento central são visíveis vestígios de aduelas de um primitivo arco. Em campanha de obras levada a cabo pela autarquia local no ano de 1992, foi descoberto no interior do arco um portal em arco de ferradura, uma das entradas primitivas das muralhas árabes de Faro.
Acima da arquitrave abre-se um nicho sobrepujado por frontão triangular, rematado por pequena cruz latina, abrigando no seu interior a estátua, em mármore e de origem italiana, de S. Tomás de Aquino - um dos santos padroeiros de Faro.
De acordo com a tradição local, este santo milagreiro evitou que a peste se espalhasse sobre os seus habitantes. Ligada ainda com esta imagem sagrada está um episódio lendário.
Conta-se que a estátua era muito pesada e que os trabalhadores, encarregados de a colocar no alto nicho da porta, não conseguiam demover o santo e mover a estátua. Ora, a estranha teimosia de S. Tomás foi quebrada graças à intervenção do bispo D. Francisco Gomes do Avelar que, ao aproximar-se da imagem, lhe segredou algo ao ouvido. Então, a santa imagem obedeceu e deixou-se conduzir sem mais teimosias até ao seu destino.
Reportando-nos ainda à volumetria da composição arquitectónica da Porta da Vila farense, lateralmente dispõem-se dois corpos menores e delimitados por pilastras, sendo rasgados por duas janelas, a superior com gradeamento de ferro e frontão triangular.
Conta-se que a estátua era muito pesada e que os trabalhadores, encarregados de a colocar no alto nicho da porta, não conseguiam demover o santo e mover a estátua. Ora, a estranha teimosia de S. Tomás foi quebrada graças à intervenção do bispo D. Francisco Gomes do Avelar que, ao aproximar-se da imagem, lhe segredou algo ao ouvido. Então, a santa imagem obedeceu e deixou-se conduzir sem mais teimosias até ao seu destino.
Reportando-nos ainda à volumetria da composição arquitectónica da Porta da Vila farense, lateralmente dispõem-se dois corpos menores e delimitados por pilastras, sendo rasgados por duas janelas, a superior com gradeamento de ferro e frontão triangular.
A empena apresenta-se delimitada por belas urnas, possuindo ainda balaustrada interrompida por dois obeliscos de pedra. Ao centro está colocado um relógio, sobre o qual se ergue um arco-campanário com um sino, rematado por frontão triangular.
Arco da Vila. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-11-13].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$arco-da-vila>.
Portal monumental situado numa das entradas medievais do recinto muralhado, constituindo a antiga porta do castelo. Trata-se de uma reconstrução do século XVIII. No seu nicho figura uma imagem em mármore de São Tomás de Aquino. As colunas que o ladeiam são do estilo jónico. Sofreu grandes alterações ao longo dos anos, mantendo, contudo, o carácter de sifão com entrada lateral pela porta árabe.
Identificação alternativa: Porta de Entrambalas Águas ou de Nossa Senhora do Ó.
Estilo: Neo-Clássico
Protecção: Interesse nacional
Propriedade: Pública
Documento legal: Decreto de 16 de Junho de 1910, Diário do Governo 136 de 23 de Junho de 1910.
Fonte - Radix - Ministério da Cultura
Porta Árabe
Data da época islâmica (sec. XI) e constituia uma das principais entradas para quem chegava à cidade por mar.
Constitui o único arco em ferradura in situ no Algarve e o mais antigo no país.
Esta porta está representada numa iluminura do livro As Cantigas de Santa Maria de Afonso X.
Fonte: C.M. Faro
Google Livros: Archivo pittoresco, Volume 11 - Ano de 1868
Alfândega de Faro
Avenida da República
O actual edifício data de meados do século XIX. A zona central tem dois pisos e as laterais só o térreo. A escada exterior (dois lanços) conduz ao portal rematado pelo brasão nacional. Salientam-se as janelas de sacada e os telhados de quatro águas.
Morada: Avenida da República
Fonte: Radix - Ministério da Cultura.
A Alfândega de Faro já existia no século XV. Durante o século XVIII esteve subordinada à Superintendência das Alfândegas do Sul. Pela reforma das Alfândegas de 28 de Junho de 1842, foi uma das treze alfândegas dos portos de mar estabelecidos por aquele decreto.
Considerada como alfândega de 2.ª classe marítima, pela reorganização de 7 de Dezembro de 1864, ficou encorporada no Círculo Aduaneiro do Sul (Lisboa), desde a reforma de 29 de Dezembro de 1887.
Com a descentralização consignada na lei orgânica da DGA (DL n.º 324/93, de 25 de Setembro), em 1993 foi restaurada a Alfândega de Faro.
"O Arquivo Geral da Alfândega de Lisboa" da autoria de F. Belard da Fonseca (1950).
Fonte: DGAIEC
Artigos » Vasco Valdez inaugura Alfândega de Faro renovada
Terça, 11 de Fevereiro de 2003
Foram a inaugurar, no dia 7 de Fevereiro de 2003, as novas instalações da Alfândega de Faro, em cerimónia que contou com as presenças oficiais de Vasco Valdez, secretário de Estado para os Assuntos Fiscais, com a tutela da Direcção Geral das Alfândegas e do governador civil do Distrito de Faro, José Valentim Rosado.
A Alfândega de Faro situa-se exactamente no local de sempre, isto é, em frente à doca de Faro, mas conta agora com instalações mais modernas, confortáveis e funcionais que resultaram do investimento do Estado na remodelação deste edifício oitocentista.
O acontecimento foi assinalado com uma visita à casa renovada da Alfândega, seguida do descerramento de uma placa comemorativa do dia 7 de Fevereiro de 2003, que passa assim a marcar a inauguração das novas instalações desta instituição aduaneira.
Fonte: Algarve Digital
J. F. São Pedro
Situada na Avenida da República, junto ao antigo porto de mar, a primitiva alfândega foi construída em 1499, o ano em que D. Manuel I reestruturou a vila de Faro, tendo mandado construir, na Praça Nova, o hospital e mais tarde a Misericórdia, um acougue ( talho) e a alfândega. Para aqui foram transferidos as praças de venda, que deixaram definitivamente a Praça Velha, nas Alcaçarias.
O actual edifício data dos meados do século XIX. A zona central apresenta dois pisos, enquanto que as laterais só têm o piso térreo. O eixo é realçado por uma escada exterior, com dois lanços, que conduz a um portal rematado pelo brasão nacional. De referir, também, as janelas de sacada do andar nobre e a cobertura com telhados de quatro águas.
Fonte: Junta de Freguesia de São Pedro
DGAIEC
É o serviço do Ministério das Finanças que tem por missão exercer o controlo da fronteira externa comunitária e do território aduaneiro nacional, para fins fiscais, económicos e de protecção da sociedade, designadamente no âmbito da cultura e da segurança e da saúde públicas, bem como administrar os impostos especiais sobre o consumo e os demais impostos indirectos que lhe estão cometidos, de acordo com as políticas definidas pelo Governo e nos termos do disposto na legislação comunitária.
---
Na Biblioteca da DGAIEC (DDRP - Divisão de Documentação e Relações Públicas, situada no Largo do Terreiro do Trigo, em Lisboa) está depositado, devidamente catalogado e à disposição dos investigadores para consulta, um acervo de cerca de 200 documentos com interesse histórico. Trata-se, na sua maioria, de manuscritos de registos aduaneiros, sendo o mais antigo de 1519 e o mais recente de 1895, procedentes dos arquivos das várias alfândegas portuguesas então existentes.
É relativamente a cada uma destas alfândegas (ou outras entidades aduaneiras autónomas de antigamente), que se disponibilizam alguns dados sobre a sua história e actuação, recolhidos da obra "O Arquivo Geral da Alfândega de Lisboa" da autoria de F. Belard da Fonseca (1950).
Avenida da República |
O actual edifício data de meados do século XIX. A zona central tem dois pisos e as laterais só o térreo. A escada exterior (dois lanços) conduz ao portal rematado pelo brasão nacional. Salientam-se as janelas de sacada e os telhados de quatro águas.
Fonte: Radix - Ministério da Cultura.
Morada: | Avenida da República |
A Alfândega de Faro já existia no século XV. Durante o século XVIII esteve subordinada à Superintendência das Alfândegas do Sul. Pela reforma das Alfândegas de 28 de Junho de 1842, foi uma das treze alfândegas dos portos de mar estabelecidos por aquele decreto.
Considerada como alfândega de 2.ª classe marítima, pela reorganização de 7 de Dezembro de 1864, ficou encorporada no Círculo Aduaneiro do Sul (Lisboa), desde a reforma de 29 de Dezembro de 1887.
Com a descentralização consignada na lei orgânica da DGA (DL n.º 324/93, de 25 de Setembro), em 1993 foi restaurada a Alfândega de Faro.
"O Arquivo Geral da Alfândega de Lisboa" da autoria de F. Belard da Fonseca (1950).
Fonte: DGAIEC
Artigos » Vasco Valdez inaugura Alfândega de Faro renovada
Terça, 11 de Fevereiro de 2003
Foram a inaugurar, no dia 7 de Fevereiro de 2003, as novas instalações da Alfândega de Faro, em cerimónia que contou com as presenças oficiais de Vasco Valdez, secretário de Estado para os Assuntos Fiscais, com a tutela da Direcção Geral das Alfândegas e do governador civil do Distrito de Faro, José Valentim Rosado.
A Alfândega de Faro situa-se exactamente no local de sempre, isto é, em frente à doca de Faro, mas conta agora com instalações mais modernas, confortáveis e funcionais que resultaram do investimento do Estado na remodelação deste edifício oitocentista.
O acontecimento foi assinalado com uma visita à casa renovada da Alfândega, seguida do descerramento de uma placa comemorativa do dia 7 de Fevereiro de 2003, que passa assim a marcar a inauguração das novas instalações desta instituição aduaneira.
Fonte: Algarve Digital
Situada na Avenida da República, junto ao antigo porto de mar, a primitiva alfândega foi construída em 1499, o ano em que D. Manuel I reestruturou a vila de Faro, tendo mandado construir, na Praça Nova, o hospital e mais tarde a Misericórdia, um acougue ( talho) e a alfândega. Para aqui foram transferidos as praças de venda, que deixaram definitivamente a Praça Velha, nas Alcaçarias.
O actual edifício data dos meados do século XIX. A zona central apresenta dois pisos, enquanto que as laterais só têm o piso térreo. O eixo é realçado por uma escada exterior, com dois lanços, que conduz a um portal rematado pelo brasão nacional. De referir, também, as janelas de sacada do andar nobre e a cobertura com telhados de quatro águas.
Fonte: Junta de Freguesia de São Pedro
J. F. São Pedro
Situada na Avenida da República, junto ao antigo porto de mar, a primitiva alfândega foi construída em 1499, o ano em que D. Manuel I reestruturou a vila de Faro, tendo mandado construir, na Praça Nova, o hospital e mais tarde a Misericórdia, um acougue ( talho) e a alfândega. Para aqui foram transferidos as praças de venda, que deixaram definitivamente a Praça Velha, nas Alcaçarias.
O actual edifício data dos meados do século XIX. A zona central apresenta dois pisos, enquanto que as laterais só têm o piso térreo. O eixo é realçado por uma escada exterior, com dois lanços, que conduz a um portal rematado pelo brasão nacional. De referir, também, as janelas de sacada do andar nobre e a cobertura com telhados de quatro águas.
Fonte: Junta de Freguesia de São Pedro
DGAIEC
É o serviço do Ministério das Finanças que tem por missão exercer o controlo da fronteira externa comunitária e do território aduaneiro nacional, para fins fiscais, económicos e de protecção da sociedade, designadamente no âmbito da cultura e da segurança e da saúde públicas, bem como administrar os impostos especiais sobre o consumo e os demais impostos indirectos que lhe estão cometidos, de acordo com as políticas definidas pelo Governo e nos termos do disposto na legislação comunitária.
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Na Biblioteca da DGAIEC (DDRP - Divisão de Documentação e Relações Públicas, situada no Largo do Terreiro do Trigo, em Lisboa) está depositado, devidamente catalogado e à disposição dos investigadores para consulta, um acervo de cerca de 200 documentos com interesse histórico. Trata-se, na sua maioria, de manuscritos de registos aduaneiros, sendo o mais antigo de 1519 e o mais recente de 1895, procedentes dos arquivos das várias alfândegas portuguesas então existentes.
É relativamente a cada uma destas alfândegas (ou outras entidades aduaneiras autónomas de antigamente), que se disponibilizam alguns dados sobre a sua história e actuação, recolhidos da obra "O Arquivo Geral da Alfândega de Lisboa" da autoria de F. Belard da Fonseca (1950).
Palacete Belmarço
Localizado na confluência do Largo Marcelino Franco com a Rua de S. Francisco e com a Rua José Maria Bandeiro, o Palacete Belmarço é um projecto de 1912 do arquitecto Manuel Norte Júnior e um interessante exemplo da Arquitecto Revivalista, tendo sido mandado construir pelo abastado comerciante Manuel de Jesus Belmarço.
Apresenta dois pisos, excepto no torreão da esquina, onde se realça a volumetria dotorreão, e revestimento de cantaria na fachada principal com diversidade nas molduras dos vãos.
No interior merecem destaque dois painéis de azulejos (datados de 1916 e assinados por "Pinto") representando monumentos e paisagens portuguesas como a Torre de Belém e o Palácio da Pena.
Incluído na área do Centro Histórico de Faro, encontra-se em Vias de Classificação por despacho do vice-presidente do IPPAR.
Até recentemente, o Tribunal de Trabalho de Faro esteve instalado no edifício.
Localizado na confluência do Largo Marcelino Franco com a Rua de S. Francisco e com a Rua José Maria Bandeiro, o Palacete Belmarço é um projecto de 1912 do arquitecto Manuel Norte Júnior e um interessante exemplo da Arquitecto Revivalista, tendo sido mandado construir pelo abastado comerciante Manuel de Jesus Belmarço.
Apresenta dois pisos, excepto no torreão da esquina, onde se realça a volumetria dotorreão, e revestimento de cantaria na fachada principal com diversidade nas molduras dos vãos.
No interior merecem destaque dois painéis de azulejos (datados de 1916 e assinados por "Pinto") representando monumentos e paisagens portuguesas como a Torre de Belém e o Palácio da Pena.
Incluído na área do Centro Histórico de Faro, encontra-se em Vias de Classificação por despacho do vice-presidente do IPPAR.
Até recentemente, o Tribunal de Trabalho de Faro esteve instalado no edifício.
Café Aliança
O Café Aliança é o mais antigo café da cidade e o de maiores tradições culturais. Ocupa o rés-do-chão do edifício mandado construir por José Pedro da Silva constituindo, no conjunto, um interessante testemunho da arquitectura revivalista.
Para além do acesso principal e outro nas traseiras apresenta ainda uma entrada lateral que permite o acesso através do quiosque.
Cronologia:
(1930) Deu entrada na Câmara Municipal de Faro o projecto para a construção do edifício.
(1943 - 1970) O edifício foi utilizado como bolsa de valores da economia da região onde se discutia os valores de produtos como a alfarroba, figo, amêndoa e cortiça.
(2003-05-26) Classificação do Café Aliança e Edifício com a categoria de Imóvel de Interesse Público (IIP).
(2004) Obras de reabilitação no interior do café.
Localização:
Rua D. Francisco Gomes, n.º 7 a 11; Rua da Marinha, n.º 8 e 12; Praça D. Francisco Gomes, n.º 5.
Página Web: http://www.monumentos.pt/scripts/zope.pcgi/ipa/pages/frameset?nome=ipa&upframe=upframe3&downframe=ipa.html
Fonte: Radix - Ministério da Cultura
--------------------------------
Começou por ser leitaria há 100 anos. Já foi sede de jornal e bolsa de valores. Em 1930, depois de incendiado, ganhou nova vida com um projecto apresentado por José Pedro Silva.
Teve períodos de interregno, mas manteve a sua fachada delimitada por pilastras e socos de cantaria em calcário, os seus 3 arcos de volta perfeita, as suas 4 colunas clássicas a suportarem o balcão do 2º piso e, no interior, um alto lamboril de madeiras raras com fotos do Algarve, os motivos decorativos do estuque do tecto e as cadeiras e mesas em ferro forjado.
--------------------------------
Inaugurou-se a 19-10-1930 o “Salão Aliança” propriedade de José Pedro da Silva, o qual ficou equipado com três bilhares do mais moderno que existe, cuja decoração e equipamento preenche os mais elevados padrões ao nível do que melhor existe em Lisboa.
Em 12-6-1932 inauguraram-se as novas instalações do Café Aliança que davam para a Rua D. Francisco Gomes, nos moldes e aparência que ainda hoje ostenta.
A remodelação e ampliação da antiga e modesta «Leitaria Aliança», ficou a dever-se ao moderno espírito de iniciativa empresarial de José Pedro da Silva, que desse modo passou a ser visto pela sociedade farense como um verdadeiro benemérito, pois que ao contrário dos ronceiros empresários locais, acreditava nas potencialidades da cidade, investindo avultados meios financeiros para transformar aquele humilde estabelecimento num amplo e bem iluminado café, ao nível dos melhores de Lisboa.
Data dessa altura a construção da sua monumental porta giratória, inspirada nos melhores estabelecimentos franceses, merecendo igual surpresa a amplitude das instalações, os modernos bilhares da sala de jogo, o seu excelente mobiliário, o bom gosto da decoração das paredes, a exuberante refulgência dos seus espelhos e sobretudo o artístico friso de fotografias da autoria de Zambrano Gomes, verdadeira galeria de propaganda das potencialidades turísticas do Algarve.
Fonte: Promontório da Memória
O Café Aliança é o mais antigo café da cidade e o de maiores tradições culturais. Ocupa o rés-do-chão do edifício mandado construir por José Pedro da Silva constituindo, no conjunto, um interessante testemunho da arquitectura revivalista.
Para além do acesso principal e outro nas traseiras apresenta ainda uma entrada lateral que permite o acesso através do quiosque.
Cronologia:
(1930) Deu entrada na Câmara Municipal de Faro o projecto para a construção do edifício.
(1943 - 1970) O edifício foi utilizado como bolsa de valores da economia da região onde se discutia os valores de produtos como a alfarroba, figo, amêndoa e cortiça.
(2003-05-26) Classificação do Café Aliança e Edifício com a categoria de Imóvel de Interesse Público (IIP).
(2004) Obras de reabilitação no interior do café.
Localização:
Rua D. Francisco Gomes, n.º 7 a 11; Rua da Marinha, n.º 8 e 12; Praça D. Francisco Gomes, n.º 5.
Página Web: http://www.monumentos.pt/scripts/zope.pcgi/ipa/pages/frameset?nome=ipa&upframe=upframe3&downframe=ipa.html
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Começou por ser leitaria há 100 anos. Já foi sede de jornal e bolsa de valores. Em 1930, depois de incendiado, ganhou nova vida com um projecto apresentado por José Pedro Silva.
Teve períodos de interregno, mas manteve a sua fachada delimitada por pilastras e socos de cantaria em calcário, os seus 3 arcos de volta perfeita, as suas 4 colunas clássicas a suportarem o balcão do 2º piso e, no interior, um alto lamboril de madeiras raras com fotos do Algarve, os motivos decorativos do estuque do tecto e as cadeiras e mesas em ferro forjado.
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Inaugurou-se a 19-10-1930 o “Salão Aliança” propriedade de José Pedro da Silva, o qual ficou equipado com três bilhares do mais moderno que existe, cuja decoração e equipamento preenche os mais elevados padrões ao nível do que melhor existe em Lisboa.
Em 12-6-1932 inauguraram-se as novas instalações do Café Aliança que davam para a Rua D. Francisco Gomes, nos moldes e aparência que ainda hoje ostenta.
A remodelação e ampliação da antiga e modesta «Leitaria Aliança», ficou a dever-se ao moderno espírito de iniciativa empresarial de José Pedro da Silva, que desse modo passou a ser visto pela sociedade farense como um verdadeiro benemérito, pois que ao contrário dos ronceiros empresários locais, acreditava nas potencialidades da cidade, investindo avultados meios financeiros para transformar aquele humilde estabelecimento num amplo e bem iluminado café, ao nível dos melhores de Lisboa.
Data dessa altura a construção da sua monumental porta giratória, inspirada nos melhores estabelecimentos franceses, merecendo igual surpresa a amplitude das instalações, os modernos bilhares da sala de jogo, o seu excelente mobiliário, o bom gosto da decoração das paredes, a exuberante refulgência dos seus espelhos e sobretudo o artístico friso de fotografias da autoria de Zambrano Gomes, verdadeira galeria de propaganda das potencialidades turísticas do Algarve.
Fonte: Promontório da Memória
Café “A Brasileira”
Ficava no cruzamento da Rua João Lúcio com a Rua de Santo António. Era café, geladaria e pastelaria.
Os donos da Brasileira formavam uma sociedade composta pelos senhor Inácio e o senhor Baleizão.
Os melhores gelados de Faro eram os da Brasileira, confeccionados pelo senhorBaleizão que tinha um segredo de confecção. Os principais eram de baunilha e de chocolate.
A Brasileira tinha uma pequena frota de carrinhos a pedal a imitar a metade da frente de um barco, que distribuíam os gelados por toda a cidade. Eram do tipo sandes, entre duas bolachas rectangulares, e confeccionados num pequeno aparelho manual com mola e custavam 5 ou 10 tostões, meia dose ou mola abaixo.
No interior da Brasileira mesas com cadeiras e duas cabinas telefónicas; os WC ficavam no quintal.
No Verão a esplanada ocupava toda a frente do café e parte da rua Dr. João Lúcio.
Quando o quarteirão foi demolido, a Brasileira funcionou num pavilhão da Praça da Liberdade.
Ficava no cruzamento da Rua João Lúcio com a Rua de Santo António. Era café, geladaria e pastelaria.
Os donos da Brasileira formavam uma sociedade composta pelos senhor Inácio e o senhor Baleizão.
Os melhores gelados de Faro eram os da Brasileira, confeccionados pelo senhorBaleizão que tinha um segredo de confecção. Os principais eram de baunilha e de chocolate.
A Brasileira tinha uma pequena frota de carrinhos a pedal a imitar a metade da frente de um barco, que distribuíam os gelados por toda a cidade. Eram do tipo sandes, entre duas bolachas rectangulares, e confeccionados num pequeno aparelho manual com mola e custavam 5 ou 10 tostões, meia dose ou mola abaixo.
No interior da Brasileira mesas com cadeiras e duas cabinas telefónicas; os WC ficavam no quintal.
No Verão a esplanada ocupava toda a frente do café e parte da rua Dr. João Lúcio.
Quando o quarteirão foi demolido, a Brasileira funcionou num pavilhão da Praça da Liberdade.
Celeiro de São Francisco
Erigido na primeira metade do século XVIII, num terreiro então denominado Horta dos Cães, que se situava entre a cerca muralhada construída em torno de Faro no século XVII e a cerca do Convento de São Francisco, este edifício é a única edificação civil de planta octogonal existente no Algarve.
Foi mandado construir pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel, que ao longo de toda a primeira metade da centúria de Setecentos patrocinou a construção de diversas obras em Faro, nomeadamente o conjunto da Quinta do Ourives, a Casa das Figuras e o Solar do Capitão-mor.
O piso térreo é rasgado por oito óculos, aos quais correspondem no interior os panos da abóbada. Numa das faces foi rasgado o portal principal de volta perfeita, sobrepujado por um brasão de armas em massa, integrado em conjunto de gosto rocaille, pertencente a Manuel Mascarenhas de Figueiredo Manuel, neto do Desembargador, que terá completado a obra iniciada pelo avô.
Desta segunda campanha de obras, ordenada entre 1761 e 1789, terão resultado também as interessantes figuras em massa que ladeiam o portal principal "(...). À direita está colocado um homem coberto por pele de leão, com uma maça e a hidra de Lena, cuja legenda identifica claramente como o herói mitológico HÉRCULES. À esquerda, um índio gigante que luta com um crocodilo é acompanhado pela inscrição "CABO DE BOA ESPERANÇA ADAMASTOR".Catarina Oliveira
DIDA/IGESPAR/ Abril de 2008
Fonte: IGESPAR (Ler mais)
Apesar da designação rnantida pela tradição, trata-se de uma casa de fresco mandada construir nos meados do século XVIII, pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel, cujo brasão é ostentado sobre a porta principal.
Em 1780, o seu filho, o Capitão Mor Manuel de Mendonça Figueiredo Manuel vendeu esta propriedade aos Frades Marianos que aí pensavam construir um convento, desconhecendo-se os motivos porque não se chegou a concretizar esta intenção.
Neste edifício de dois pisos e planta octogonal, destacam-se, no exterior, a representações de Hércules e do Gigante Adamastor.
De referir o paralelismo destes trabalhos de massas com os da Casa das Figuras, todos mandados executar pelo referido desembargador. Nos princípios do século XX, os tanques e os jardins foram destruídos em consequência do loteamento exaustivo desta zona. De momento, necessita de obras de consolidação.
Fonte: Câmara Municipal de Faro
Erigido na primeira metade do século XVIII, num terreiro então denominado Horta dos Cães, que se situava entre a cerca muralhada construída em torno de Faro no século XVII e a cerca do Convento de São Francisco, este edifício é a única edificação civil de planta octogonal existente no Algarve.
Foi mandado construir pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel, que ao longo de toda a primeira metade da centúria de Setecentos patrocinou a construção de diversas obras em Faro, nomeadamente o conjunto da Quinta do Ourives, a Casa das Figuras e o Solar do Capitão-mor.
O piso térreo é rasgado por oito óculos, aos quais correspondem no interior os panos da abóbada. Numa das faces foi rasgado o portal principal de volta perfeita, sobrepujado por um brasão de armas em massa, integrado em conjunto de gosto rocaille, pertencente a Manuel Mascarenhas de Figueiredo Manuel, neto do Desembargador, que terá completado a obra iniciada pelo avô.
Foi mandado construir pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel, que ao longo de toda a primeira metade da centúria de Setecentos patrocinou a construção de diversas obras em Faro, nomeadamente o conjunto da Quinta do Ourives, a Casa das Figuras e o Solar do Capitão-mor.
O piso térreo é rasgado por oito óculos, aos quais correspondem no interior os panos da abóbada. Numa das faces foi rasgado o portal principal de volta perfeita, sobrepujado por um brasão de armas em massa, integrado em conjunto de gosto rocaille, pertencente a Manuel Mascarenhas de Figueiredo Manuel, neto do Desembargador, que terá completado a obra iniciada pelo avô.
Desta segunda campanha de obras, ordenada entre 1761 e 1789, terão resultado também as interessantes figuras em massa que ladeiam o portal principal "(...). À direita está colocado um homem coberto por pele de leão, com uma maça e a hidra de Lena, cuja legenda identifica claramente como o herói mitológico HÉRCULES. À esquerda, um índio gigante que luta com um crocodilo é acompanhado pela inscrição "CABO DE BOA ESPERANÇA ADAMASTOR".Catarina Oliveira
DIDA/IGESPAR/ Abril de 2008
DIDA/IGESPAR/ Abril de 2008
Fonte: IGESPAR (Ler mais)
Apesar da designação rnantida pela tradição, trata-se de uma casa de fresco mandada construir nos meados do século XVIII, pelo Desembargador Veríssimo de Mendonça Manuel, cujo brasão é ostentado sobre a porta principal.
Em 1780, o seu filho, o Capitão Mor Manuel de Mendonça Figueiredo Manuel vendeu esta propriedade aos Frades Marianos que aí pensavam construir um convento, desconhecendo-se os motivos porque não se chegou a concretizar esta intenção.
Neste edifício de dois pisos e planta octogonal, destacam-se, no exterior, a representações de Hércules e do Gigante Adamastor.
De referir o paralelismo destes trabalhos de massas com os da Casa das Figuras, todos mandados executar pelo referido desembargador. Nos princípios do século XX, os tanques e os jardins foram destruídos em consequência do loteamento exaustivo desta zona. De momento, necessita de obras de consolidação.
Em 1780, o seu filho, o Capitão Mor Manuel de Mendonça Figueiredo Manuel vendeu esta propriedade aos Frades Marianos que aí pensavam construir um convento, desconhecendo-se os motivos porque não se chegou a concretizar esta intenção.
Neste edifício de dois pisos e planta octogonal, destacam-se, no exterior, a representações de Hércules e do Gigante Adamastor.
De referir o paralelismo destes trabalhos de massas com os da Casa das Figuras, todos mandados executar pelo referido desembargador. Nos princípios do século XX, os tanques e os jardins foram destruídos em consequência do loteamento exaustivo desta zona. De momento, necessita de obras de consolidação.
Fonte: Câmara Municipal de Faro
Silos
Situados nos arredores de Faro, mais propriamente no Rio Seco, junto à Estrada Nacional 125, estes dois silos pertenceram a uma grande propriedade rural: os Salgados.
A família Júdice Fialho mandou construí-los nos finais do século XIX para guardar cereais e forragens.
Denotam grandes semelhanças morfológicas com outros silos que esta família possuía junto a Portimão, nos morgadios do Reguengo e de Arge (V. A Arquitectura Popular em Portugal, 111 vol.).
De forma cilíndrica, apresentam cobertura com telhados de duas águas.
Actualmente, encontram-se abandonados.
Situados nos arredores de Faro, mais propriamente no Rio Seco, junto à Estrada Nacional 125, estes dois silos pertenceram a uma grande propriedade rural: os Salgados.
A família Júdice Fialho mandou construí-los nos finais do século XIX para guardar cereais e forragens.
Denotam grandes semelhanças morfológicas com outros silos que esta família possuía junto a Portimão, nos morgadios do Reguengo e de Arge (V. A Arquitectura Popular em Portugal, 111 vol.).
De forma cilíndrica, apresentam cobertura com telhados de duas águas.
De forma cilíndrica, apresentam cobertura com telhados de duas águas.
Actualmente, encontram-se abandonados.
Convento da Nossa Senhora da Assunção
Notável edifício da arquitectura monástica quinhentista. É um dos primeiros exemplares da tipologia de claustros proto-renascentistas portugueses.
Foi um dos quatro conventos femininos outrora existentes na diocese algarvia.
Começou a ser construído em 1519, no local onde funcionou durante séculos a próspera judiaria de Faro. Depois de alguns anos de interrupção, a rainha D. Catarina, mulher de D. João III, como donatária da cidade de Faro, patrocinou a continuação das obras. O claustro ficou concluído em 1548, tendo então sido integrado na clausura.
As freiras, cujo número podia ir até trinta, provinham de famílias algarvias de boa reputação e elevado estatuto social.
Após a implantação do Liberalismo e a consequente extinção das Ordens Religiosas, as freiras deixaram o convento em 1836.
O edifício é vendido a particulares em 1860, que o ocupam com uma fábrica de cortiça. Um século depois é adquirido pela Câmara Municipal de Faro para nele instalar o Museu Municipal.
in História do Museu Municipal de Faro (2006-3-8) Câmara Municipal de Faro
Convento mandado construir por D. Leonor para freiras clarissas.
As obras prolongaram-se até 1550 e apesar de remodelações motivadas por terramotos e saques, é um dos melhores exemplares do primeiro Renascimento no Algarve.
Trata-se de um dos elementos mais curiosos da arquitectura conventual, tipo coimbrão e de dois andares. As alas do claustro compõem-se em tramos de dois arcos separados por botaréus encimados de gárgulas. O portal de entrada, de fino lavor escultural é coroado por um camaroeiro.
Foi vendido em hasta pública e adaptado a fábrica de cortiça. Hoje instala o Museu Municipal.
Cronologia:
(1518) Fundação.
(1539) Construção do portal exterior da igreja.
(1596) É invadido e incendiado pelas tropas inglesas do Conde de Essex.
(1755) Parcialmente destruído pelo terramoto.
(1836) Transferência das ultimas freiras para o Convento das Bernardas de Tavira.
Notável edifício da arquitectura monástica quinhentista. É um dos primeiros exemplares da tipologia de claustros proto-renascentistas portugueses.
Foi um dos quatro conventos femininos outrora existentes na diocese algarvia.
Começou a ser construído em 1519, no local onde funcionou durante séculos a próspera judiaria de Faro. Depois de alguns anos de interrupção, a rainha D. Catarina, mulher de D. João III, como donatária da cidade de Faro, patrocinou a continuação das obras. O claustro ficou concluído em 1548, tendo então sido integrado na clausura.
As freiras, cujo número podia ir até trinta, provinham de famílias algarvias de boa reputação e elevado estatuto social.
Após a implantação do Liberalismo e a consequente extinção das Ordens Religiosas, as freiras deixaram o convento em 1836.
O edifício é vendido a particulares em 1860, que o ocupam com uma fábrica de cortiça. Um século depois é adquirido pela Câmara Municipal de Faro para nele instalar o Museu Municipal.
in História do Museu Municipal de Faro (2006-3-8) Câmara Municipal de Faro
Convento mandado construir por D. Leonor para freiras clarissas.
As obras prolongaram-se até 1550 e apesar de remodelações motivadas por terramotos e saques, é um dos melhores exemplares do primeiro Renascimento no Algarve.
Trata-se de um dos elementos mais curiosos da arquitectura conventual, tipo coimbrão e de dois andares. As alas do claustro compõem-se em tramos de dois arcos separados por botaréus encimados de gárgulas. O portal de entrada, de fino lavor escultural é coroado por um camaroeiro.
Foi vendido em hasta pública e adaptado a fábrica de cortiça. Hoje instala o Museu Municipal.
Cronologia:
(1518) Fundação.
(1539) Construção do portal exterior da igreja.
(1596) É invadido e incendiado pelas tropas inglesas do Conde de Essex.
(1755) Parcialmente destruído pelo terramoto.
(1836) Transferência das ultimas freiras para o Convento das Bernardas de Tavira.
Zona do Cais Novo - Fotos
Cais Novo
1999
2008
Estrada do Cais Novo
Moinho de Maré
Património Edificado
Esta é uma lista do património edificado em Faro, baseada nas listagens do IPPAR, em Março de 2005.
Designações | Categoria | Tipologia | Freguesia | Grau | Ano | |||||
Arco da Vila | Arquitectura civil | Arco | Sé | MN | 1910 | |||||
| Café Aliança e edificio | Arquitectura civil | Café | Sé | VC | |||||
| Casa Crispim (Ex. Arquivo Distrital) | Arquitectura civil | Casa | São Pedro | IIP | 1981 | ||||
| Casa das Açafatas | Arquitectura civil | Casa | Sé | VC | |||||
| Casa das Figuras (Fachada Setecentista) | Arquitectura civil | Armazém | São Pedro | IIP | 1978 | ||||
| Casa de Saúde e Casa Júdice Fialho ou Centro Regional de Segurança Social do Algarve | Arquitectura civil | Casa | São Pedro | VC | |||||
| Casa do Poeta Dr. Cândido Guerreiro ou Casa do Poeta | Arquitectura civil | Casa | Sé | VC | |||||
| Casa dos Pantojas ou Solar dos Pantojas | Arquitectura civil | Casa | Sé | VC | |||||
Casa dos Telhados de Tesoura (Edifício Quinhentista) | Arquitectura civil | Casa | Sé | VC | ||||||
| Casa Lamprier | Arquitectura civil | Casa | Sé | VC | |||||
| Casa Lumenaou Casa dos Arouca | Arquitectura civil | Casa | Sé | VC | |||||
Cemitério da Colónia Judaica de Faro | Arquitectura religiosa | Cemitério | Sé | IIP | 1978 | |||||
Cerca Seiscentista de Faro (troços) | Arquitectura militar | Cerca | São Pedro | IIP | 1997 | |||||
| Convento de Nossa Senhora da Assumpçãoou Museu Municipal Infante D. Henrique | Arquitectura religiosa | Convento | Sé | MN | 1948 | ||||
| Convento de Santo António dos Capuchos | Arquitectura religiosa | Convento | São Pedro | VC | |||||
| Convento de São Francisco eCeleiro de S. Francisco na cerca do Convento | Arquitectura civil | Edifício | Sé | IIP | 1977 | ||||
| Edifício da Antiga Alfândega | Arquitectura civil | Alfândega | São Pedro | VC | |||||
Edifício da Família Mateus de Silveira ouCasa de Mateus da Silveira | Arquitectura civil | Casa | São Pedro | VC | ||||||
Edifício setecentista, (Seguros Fidelidade) | Arquitecturacivil | Casa | Sé | IIP | 2002 | |||||
| Ermida de São Sebastião | Arquitectura religiosa | Ermida | São Pedro | VC | |||||
Ermida do Pé da Cruz ou Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz e zona envolvente | Arquitectura religiosa | Ermida | Sé | VC | ||||||
| Horta do Ourives (Casa Nobre, Capela e antigas dependências agrícolas) | Arquitectura civil | Casa | São Pedro | VC | |||||
Igreja da Misericórdia | Arquitectura religiosa | Igreja | Sé | VC | ||||||
| Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo ouIgreja do Carmo | Arquitectura religiosa | Igreja | São Pedro | IIP | 1978 | ||||
Igreja de São Francisco ou Igreja da Ordem Terceira de São Francisco | Arquitectura religiosa | Igreja | Sé | VC | ||||||
| Igreja Matriz de São Pedro | Arquitectura religiosa | Igreja | São Pedro | VC | |||||
Muralhas de Faro ou Fortaleza de Faro e Castelo | Arquitectura militar | Fortaleza | Sé | IIP | 1993 | |||||
Palacete Belmarço ou Palácio Belmarço | Arquitectura civil | Palácio | Sé | VC | ||||||
Palacete do Tenente João de Carvalho ou Círculo Cultural do Algarve | Arquitectura civil | Palacete | São Pedro | VC | ||||||
Palacete Doglioni ou Palacete Cúmane | Arquitectura civil | Palacete | Sé | IIP | 2002 | |||||
Palacete Ferreira de Almeida | Arquitectura civil | Casa | Sé | IIP | 1977 | |||||
Palacete Guerreirinho | Arquitectura civil | Palacete | São Pedro | VC | ||||||
Palácio Bivar | Arquitectura civil | Palácio | São Pedro | IIP | 2002 | |||||
Palácio das Lágrimas | Arquitectura civil | Casa | Sé | VC | ||||||
| Quinta da Família Bívar Cumano (Nora, Tanque e Portal) | Arquitectura civil | Nora | Sé | IIM | 1993 | ||||
| Sé Catedral de Faro ou Igreja de Santa Maria | Arquitectura religiosa | Templo | Sé | IIP | 1955 | ||||
Solar do Capitão-Mor | Arquitectura civil | Solar | São Pedro | IIP | 2002 | |||||
| Solar dos Gárfias | Arquitectura civil | Solar | Sé | IIP | 2002 | ||||
| Teatro Lethes ou Colégio de Santiago Maior | Arquitectura civil | Teatro | Sé | IIP | 1993 |
Fontes: RADIX - Ministério da Cultura e Wikipédia
Contudo, este ímpeto museológico regional não teve consequências e o roteiro realizado pelo Instituto Português do Património Cultural em 1981 cartografava apenas cinco museus no Algarve:
Museu Marítimo Ramalho Ortigão (1889) Museu Archeológico e Lapidar Infante D. Henrique (1894), Museu Antonino (1933), Museu Etnográfico Regional (1967) e o Museu Municipal de Lagos (1932).
Existiam mais dois museus: Manuel Cabanas em Vila Real de Santo António (1974) e o Paroquial de Moncarapacho (1972).
A explosão museológica no Algarve acontece tardiamente, na década de 90 do século passado.
O poder democrático, a desertificação do interior e a acelerada transformação da vida económica e social da região motivou uma “corrida” à salvaguarda da Identidade e das memórias colectivas.
Hoje, a Base de Dados da Direcção Regional de Cultura do Algarve inventaria 72 unidades museológicas.
Fonte: AGECAL
Centro Ciência Viva do Algarve
Fonte: Câmara Municipal de Faro.
Museus
Falar de museus do Algarve é falar de sonhos, de pessoas, de vontades, de memória, de identidade e de muita perseverança.
A realidade museológica algarvia começa a ser moldada no final do século XIX com a criação de dois museus em Faro: Museu Marítimo (1889) e Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique (1894).
Contudo, este ímpeto museológico regional não teve consequências e o roteiro realizado pelo Instituto Português do Património Cultural em 1981 cartografava apenas cinco museus no Algarve:
Museu Marítimo Ramalho Ortigão (1889) Museu Archeológico e Lapidar Infante D. Henrique (1894), Museu Antonino (1933), Museu Etnográfico Regional (1967) e o Museu Municipal de Lagos (1932).
Existiam mais dois museus: Manuel Cabanas em Vila Real de Santo António (1974) e o Paroquial de Moncarapacho (1972).
A explosão museológica no Algarve acontece tardiamente, na década de 90 do século passado.
O poder democrático, a desertificação do interior e a acelerada transformação da vida económica e social da região motivou uma “corrida” à salvaguarda da Identidade e das memórias colectivas.
Hoje, a Base de Dados da Direcção Regional de Cultura do Algarve inventaria 72 unidades museológicas.
Fonte: AGECAL
Museus - Faro
Centro Ciência Viva do Algarve
Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão
Museu Sinagoga Isaac Bitton
Heráldica
Associado ao brasão da cidade de Faro, existe um historial relativo ao seu surgimento que remonta à época da conquista da cidade aos mouros, por D. Afonso III em 1249.
O historial das armas da cidade é significativo no entendimento do que é hoje o Brasão da Cidade e da simbologia dos seus elementos.
O azul simboliza o céu e o amor celestial: é a cor da abóbada celeste.
Pano de muralha e torres- Faro enquanto cidade muralhada.
Escudetes com quinas- simboliza o facto de Faro (salvo num determinado período) sempre ter pertencido à Coroa/ Casa da Rainha.
Imagem de N. Sr.ª da Conceição cercada por um resplendor em ouro- Padroeira de Portugal desde 1646, eleita por D. João IV; o resplendor em ouro, o mais nobre dos metais, é atributo das personagens ou figuras que se pretendem exaltar.
Estrela em ouro de oito pontas- Simboliza a Virgem, contribuindo para realçar a sua dignidade. A muralha e as torres assentam sobre um pé ondulado, revela a pretensão de evidenciar a parte da cerca da cidade que se encontra virada para o mar.
A coroa mural que encima o escudo surge no âmbito do modelo definido legalmente para as cidades, pelo Regulamento da Heráldica dos Municípios, de 14 de Abril de 1930.
O brasão de armas da cidade de Faro constitui, acima de tudo, uma homenagem à Mãe de Cristo, dada pela cidade, cujo símbolo é, ainda, a evocação dum antigo local onde a sua imagem esteve exposta: na muralha.
Fonte: Câmara Municipal de Faro.
Pedra de armas da cidade de Faro |
Este trabalho escultórico em alto-relevo pertence ao Fundo Antigo do Museu. Representa as armas da cidade assentes numa cartela decorativa; pano de muralha rematado por duasguarnições nos flancos, com duas torres remetendo para Faro enquanto cidade muralhada; cada torre carregada de um escudete com as quinas, que simboliza o facto da cidade de Faro (salvo num determinado período) sempre ter pertencido à Coroa/Casa da Rainha; entre as duas torres a imagem de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal desde 1646, eleita por D. João IV.
No canto esquerdo, uma estrela de oito pontas que simboliza a Virgem, contribuindo para realçar a sua dignidade; a muralha assenta num pé ondado remetendo para Faro, cidade ribeirinha.
O brasão de armas da cidade de Faro constitui, acima de tudo, uma homenagem à Mãe de Cristo, dada pela cidade, cujo símbolo é, ainda, a evocação dum antigo local onde a suaimagem esteve exposta: na muralha.
Brasão de Armas 1860 |
"Tem por Brasão d'armas um escudo coroado, e nelle a imagem de Nossa Senhora da Conceição entre duas torres."
in "As Cidades e Villas da Monarchia Portugueza que teem Brasão d'Armas", Ano de 1860
de Ignacio de Vilhena Barbosa
Fonte: Google Livros
Brasão de Armas 1795 |
in Faro. Evolução Urbana e Património
de Rui M. Paula e Frederico Paula
Edição da CM de Faro, 1993
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