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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

As botas rudes

www.publico.pt 



A manhã trouxe o sol. No largo da feira, agora mais organizado, as coberturas brancas estendem-se a perder de vista. Gente e mais gente. Há quase de tudo. 

Roupa, sapatos, cobertores, alfaias, flores, árvores, galinhas, frutas, pomadas para os inchaços e queimaduras, e frango de churrasco. No labirinto dos corredores improvisados, uma pequena multidão compra o que pode. Agasalhos para o Inverno, forquilhas para o estrume, árvores para os pomares. 

Numa tenda com prateleiras construída a preceito com caixas de sapatos, umas botas rudes, à antiga, fizeram-me recuar 40 anos.

Era ali. Todos os sagrados anos. Sempre no mês de Setembro. Eu e o meu avô na grande feira. Eu gostava de ver os bois e as vacas. Ouvir o regatear. As cabras e os pintainhos. Pequenos como eu. Depois do mata-bicho do meu avô e da Laranjina C que eu bebia com gosto, sentava-me num banco de madeira e calçava as botas rudes. Todos os anos as botas iam acompanhando o tamanho dos meus pés. As botas para o Inverno. Uma deliciosa oferta do meu avô que ajudava nos salários parcos dos meus pais.

O meu avô era o meu companheiro. Andava sempre com ele. Não sei qual foi o último ano que deixámos de ir à feira. Que deixei de usar as botas rudes. Muita falta me fizeram. Foi no Natal que o meu avô se despediu. Ele não queria. Gostava da vida. Mas de tantas lutas que venceu, essa perdeu. A luta pela vida.

Deitei-me a tentar não ouvir o sofrimento do meu avô. E tive um desejo. Um desejo que ainda hoje me persegue. Um sentimento de culpa. Desejei que o meu avô morresse. O homem que eu amava. Desejar-lhe a morte. O seu sofrimento era desumano. Desejar-lhe a morte era uma prova de amor. Adormeci. Às seis e meia senti uma festa na cabeça. Uma voz baixa. O avô morreu.

Foi no Natal. As luzes da árvore ainda piscavam. O silêncio era fundo. As lágrimas iam caindo. O Jaguar, o cão, uivava. Fui ver o meu avô. Deitado na cama, com as mãos sobre a barriga, já não olhava para mim. Agora só eu o podia ver. Tinha já o fato escuro vestido, a gravata apertada e os sapatos pretos calçados. Nunca o tinha visto assim vestido. A camisa branca e as calças de sarja ficavam-lhe melhor. A seu pedido os sinos não tocaram. O caixão não teve cruz de Cristo. Nem velas. Só flores e saudade.

O seu último desejo não se concretizou. Queria ser sepultado debaixo das laranjeiras. Onde milhares de vezes manejou o arado. Lançou toneladas de sementes à terra castanha escura. Espalhou litros e litros de água pelos pés do milheiral e do batatal. Acariciou as árvores e as videiras. Matou as pragas com sulfato de cobre. Ouviu os pássaros. Sentiu a chuva. Queimou o peito e os braços. E eu sempre ali. Aprendiz de palmo e meio. Com as botas rudes na terra lamacenta. Com a enxada na mão. Com o homem que amava.

Já passaram muitos anos desde que vi pela primeira vez o meu avô de fato e gravata. Tenho os livros dele. 
O automóvel dele. Fotografias. Documentos. Discursos em comícios no Verão Quente de 75. Mas o mais valioso que tenho, foi o que ele me ensinou. Não aprendi a podar nem a dar corpo ao milho. Não aprendi a amassar o pão ou a fazer o bolo-rei. Aprendi a enterrar o prego na madeira. A manejar o serrote. A construir a casota para o cão. O poleiro para as galinhas. Aprendi a ler Jorge Amado e Fernando Namora. Aprendi que a liberdade é o bem de todos os bens. Que devemos lutar sempre por ela, independentemente do ditador.

Deitado no cimento com o céu transformado em parreiras de vinho americano, li pela primeira vez Os Capitães da Areia, de Jorge Amado. Na eira li Casa da Malta, de Fernando Namora. Na cama li Os Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes. E tantos outros. Os livros do meu avô. Que me fizeram homem. Que me continuam a fazer. E como hoje é necessário. O tempo das trevas ameaça voltar. Chamam-lhes populistas. Alguns até se fazem de democratas. O meu avô chamar-lhes-ia fascistas. Era um homem sábio.

Pedi à senhora de cabelos grisalhos o 41 das botas rudes. De pé, calcei a do esquerdo. A dureza do pisar mantém-se igual. A sola de borracha ainda é pregada com pregos finos. As botas rudes pararam no tempo. São iguais. Só lhes falta o sebo.

Com esforço dei duas voltas à fechadura do portão. Abriu a custo. Falta de óleo. O majestoso diospireiro está a ficar despido. As laranjeiras continuam bonitas. A pereira está velha e as macieiras continuam carregadas. A eira foi invadida por silvas. A terra é um manto de ervas. Dou dois passos. Três. Quatro. Percorro todos os cantos da terra do meu avô. Com as botas rudes calçadas. Piso as ervas.

Sei que os bisnetos um dia colocarão a placa com a sentença de morte a dizer “vende-se”. Os sugadores virão. Farão dinheiro. E depois prédios e alcatrão. Mas nunca saberão o prazer que é calçar umas botas rudes. Sentir a dureza do pisar. A força de ler um livro no meio do milheiral. Olho em volta e sinto o meu avô. 
A rir. Contente. A olhar para mim com as botas rudes calçadas. Sinto saudades. É dia de Natal. Uma paz invade o meu corpo. Enquanto houver caminho para se fazer, não desisto das botas rudes. Foram elas que me ensinaram a amar a liberdade.



Ceifando o sangue dos pobres dos EUA: a mais recente etapa do capitalismo




É sabido que o capitalismo mercantiliza tudo, e extrai lucro de tudo. Quando se trata de algo tão vital como o sangue humano, poderia haver alguma reserva, mas o que sucede é o contrário. Nos EUA, o sangue das camadas mais vulneráveis e empobrecidas da população (que se contam por muitos milhões) é o centro de uma florescente e lucrativa indústria. Será difícil encontrar-se imagem mais flagrante do carácter anti-humano do capitalismo na sua fase actual.

Para boa parte do mundo, doar sangue é puramente um acto de solidariedade; um dever cívico que os saudáveis ​​cumprem para ajudar os necessitados. A ideia de ser pago por tal acção seria considerada bizarra. Mas nos Estados Unidos é um grande negócio. De facto, na desgraçada economia de hoje, em que cerca de 130 milhões de norte-americanos admitem a incapacidade de pagar por necessidades básicas como alimentação, habitação ou assistência médica, comprar e vender sangue é uma das poucas indústrias em expansão que restam nos EUA.

O número de centros de recolha nos Estados Unidos mais do que duplicou desde 2005 e o sangue representa agora em valor mais de 2% do total das exportações dos EUA. Para colocar isso em perspectiva, o sangue dos norte-americanos vale agora mais do que todos os produtos de milho ou soja exportados que cobrem vastas áreas do coração do país. Os EUA fornecem na totalidade 70% do plasma do mundo, sobretudo porque a maioria dos outros países proibiu essa prática por razões éticas e médicas. As exportações aumentaram mais de 13%, para US $ 28,6 milhares de milhões, entre 2016 e 2017, e o mercado de plasma deverá “crescer radiosamente”, segundo um relatório sobre a indústria. A maioria vai para países europeus ricos; a Alemanha, por exemplo, compra 15% de todas as exportações de sangue dos EUA. China e Japão também são também clientes-chave.

É principalmente o plasma - um líquido dourado que transporta proteínas e glóbulos vermelhos e brancos por todo o corpo - que o torna tão procurado. O sangue doado é crucial no tratamento de problemas médicos como anemia e cancro, e é em geral necessário para a realização de cirurgias. As mulheres grávidas precisam frequentemente também de transfusões para tratar perdas de sangue durante o parto. Como todas as indústrias em maturação, algumas enormes e sedentas de sangue empresas, como Grifols e CSL, passaram a dominar o mercado norte-americano.

Mas para gerar lucros tão enormes essas empresas vampíricas apontam conscientemente aos norte-americanos mais pobres e desesperados. Um estudo constatou que a maioria dos doadores em Cleveland gera mais de um terço do seu rendimento por “doar” sangue. O dinheiro que recebem, observa a professora Kathryn Edin, da Universidade de Princeton, é literalmente “a força vital dos pobres com US $ 2 por dia”. O Professor H. Luke Schaefer, da Universidade de Michigan, co-autor com Edin de $2 a Day: Living on Almost Nothing in America, disse ao MintPress News:

"O aumento maciço das vendas de plasma sanguíneo é o resultado de uma rede de segurança monetária inadequada e em muitos lugares inexistente, combinada com um mercado de trabalho instável. A nossa experiência é que as pessoas precisam do dinheiro, é essa a principal razão pela qual as pessoas aparecem nos centros de plasma “.


Quase metade dos EUA está falida e 58% do país vive de salário em salário, com poupanças de menos de US $ 1000. 37 milhões de norte-americanos vão para a cama com fome, incluindo um sexto dos nova-iorquinos e quase metade dos residentes no South Bronx. E mais de meio milhão de pessoas dormem em qualquer noite nas ruas, com muitos milhões mais em veículos ou recorrendo a amigos ou familiares. É nesse contexto que milhões de pessoas no limite se voltam, para sobreviver, para venda de sangue. Num sentido muito real, então, essas empresas estão a ceifar o sangue dos pobres, literalmente sugando-lhes a vida.

Vejo que passámos à etapa de “ceifar o sangue dos pobres” do capitalismo tardio

O MintPress News falou com vários norte-americanos que têm frequentemente doado plasma. Alguns não quiseram ser completamente identificados. Mas nenhum tinha quaisquer ilusões sobre o sistema e como estavam a ser explorados.

“Os centros nunca estão numa parte boa da cidade, estão sempre em algum local onde podem obter uma interminável fonte de pessoas pobres desesperadas por aqueles cem dólares por semana”, observou Andrew Watkins, que vendeu o seu sangue em Pittsburgh, PA durante cerca de 18 meses.

As pessoas que aparecem são uma mistura de deficientes, trabalhadores pobres, sem-abrigo, monoparentais e estudantes universitários. Com excepção dos estudantes universitários que procuram dinheiro para bebida, isto é provavelmente o rendimento mais fácil e confiável que têm. O teu trabalho pode despedir-te a qualquer momento quando estás neste nível da sociedade, mas tens sempre sangue. E vender o seu sangue não conta como emprego ou rendimento quando se trata de determinar benefícios por invalidez, senhas de refeição ou elegibilidade para o desemprego, por isso é uma fonte de dinheiro para as pessoas que não têm absolutamente mais nada.”

Rachel, de Wisconsin, que doou centenas de vezes durante um período de sete anos, também comentou a óbvia composição socio-económica dos doadores.

Nós éramos pobres, todos nós lá dentro, podia facilmente dizer-se que nos encontrávamos nos níveis mais baixos da escala de rendimentos. Eles incentivam-nos com bónus e quanto mais doares num mês, mais recebes, recrutando bónus de amigos, bónus de férias etc. ”

Keita Currier, de Washington D.C., observou que ela e o marido tinham pouca escolha a não ser continuar durante anos a visitar clínicas em Maryland, mas ressentiam-se com seus métodos de pagamento.

Eles são predatórios, o preço estabelecido para o teu plasma é baseado num capricho. Por exemplo, num lugar em que doei as cinco primeiras vezes, recebe-se US $ 75, depois recebe-se 20, 20, 30, 50, 25. É aleatório, não importa, mas eles sabem que estás desesperado e se não fizeres a tua doação de US $ 30, não receberás 50 na próxima vez. Aparentemente, o plasma vale algo na ordem das centenas, por isso não é de surpreender que estejas tramado.”

Zombificando os pobres dos EUA

Todos os entrevistados concordaram que estavam efectivamente a ser explorados, mas de várias maneiras. Norte-Americanos desesperados podem doar duas vezes por semana (104 vezes por ano). Mas perder tanto plasma pode ter sérias consequências para a saúde, a maioria das quais não foi estudada, alerta o Professor Schaefer, enfatizando que é necessária mais investigação. Cerca de 70% dos doadores sofrem complicações de saúde. Os doadores têm uma taxa de proteínas no sangue mais baixa, colocando-os em maior risco de infecções e distúrbios hepáticos e renais. Muitos doadores regulares sofrem de fadiga quase permanente e estão no limite da anemia. Tudo isso por uma média de US $ 30 por visita. Rachel descreveu o terrível Catch-22 em que muitos dos trabalhadores pobres se encontram:

Fui recusada duas vezes - uma vez por estar muito desidratada e outra por ser anémica. Ser pobre criou um paradoxo merdoso em que eu não conseguia comer, e porque não conseguia comer, os meus níveis de ferro não eram suficientemente altos para permitirem que doasse. Aquela foi a semana de um corte no salário, dinheiro de que eu precisava desesperadamente para a renda, as contas e medicamentos.”

Um método comum de fazer batota em desportos de resistência é injectar sangue extra no teu sistema antes de uma corrida, proporcionando um enorme aumento no desempenho. Mas extraí-lo tem o efeito oposto, deixando-te lento e cansado durante dias. Portanto, esta prática debilitante está a zombificar os pobres dos EUA.

O processo de doar sangue não é aprazível. Currier observou que, depois de doar constantemente, “os hematomas se tornam terríveis… Por vezes eles não conseguem encontrar a veia ou inserem incorrectamente e precisam de ajustar a agulha por baixo da tua pele”, disse ela, alegando que só de pensar nisso a assusta, e revelou que seu marido tivera que suspender temporariamente doar, pois os seus patrões pensavam que estava a usar heroína devido às marcas nos seus braços.

Watkins concordou. “Podia sempre dizer-se há quanto tempo alguém fazia o trabalho por essa agulha”, lembra ele. “Depois de um ano ou mais, eles tinham literalmente esfaqueado milhares de pessoas e poderiam apenas dar um toque no teu cotovelo e enfiar a agulha na veia sem problemas. Indivíduos novos falhariam a veia, atravessariam a veia ou tentariam caçá-la com a ponta da agulha, o que deixaria contusões terríveis.”

Também há pouco cuidado com o conforto dos pacientes. Como Watkins explicou, os termostatos estão sempre regulados para cerca de 50-60ºF por causa do plasma. Uma vez extraído o plasma de cor âmbar, o teu sangue arrefecido é injectado novamente num processo doloroso que se sente como se estivesse a ser inserido gelo no corpo. “Combinado com a temperatura já fria do ar, era enlouquecedor”, observa.

Assim, os zumbis pobres dos EUA são deixados quase permanentemente drenados mentalmente, como os viciados em heroína, e com os braços igualmente macerados e perfurados, excepto que estão a ser pagos pela inconveniência. Mas talvez a pior coisa da experiência, segundo os entrevistados, seja a desumanização do processo.

Os doadores são pesados ​​publicamente para garantir que têm peso ​​suficiente. As pessoas obesas valem mais para as empresas sedentas de sangue, pois podem em cada sessão extrair com segurança mais plasma delas (enquanto pagam a mesma compensação). “Eles definitivamente transformam-te num produto num sentido muito literal”, diz Watkins; “É profundamente explorador e um sintoma de quão fora dos carris está o capitalismo.”

Muitos centros são enormes, com múltiplas filas de dezenas de máquinas a trabalhar na tentativa de apaziguar o insaciável apetite da vampírica empresa. E, segundo Watkins, não faltam “vítimas” humanas dispostas a serem tratadas como animais nos estábulos em bateria, em troca de alguns dólares: “Era uma linha de montagem para extrair ouro líquido de minas humanas”, observa.

Currier também destacou o tratamento do pessoal e as medidas de redução de custos das clínicas em Maryland que visitou ilustrariam:

Normalmente, os locais têm um largamente insuficiente número de funcionários, o que significa que eles frequentemente não trocam de luvas, que as pessoas estão sobrecarregadas de trabalho e que, no mínimo, ficas lá por 2-3 horas, o que significa que precisas de planear um dia inteiro só por essa merda apenas para conseguir ter 20 dólares no bolso para te governares nos próximos dias. É deprimente, desanimador e francamente embaraçoso ter de se arrastar assim. Eu sinto-me uma merda depois de doar.”

A exploração atinge novos níveis

Mas a exploração de seres humanos atingiu novos níveis em clínicas na fronteira EUA-México. Todas as semanas, milhares de mexicanos entram nos EUA com vistos temporários para vender o seu sangue a empresas farmacêuticas com fins lucrativos. A prática é proibida no México por motivos de saúde, mas é completamente legal a norte da fronteira. Segundo a ProPublica, existem pelo menos 43 centros de doação de sangue ao longo da fronteira que, numa prática legalmente ambígua, rapinam principalmente cidadãos mexicanos.

De acordo com um documentário suíço sobre o assunto, existem muito pouca análise sobre a limpeza do sangue que essas empresas aceitam, com alguns doadores entrevistados admitindo que eram viciados em drogas. Mas tudo é sacrificado na busca de deslumbrantes lucros, algo de que os doadores estavam bem cientes. Rachel de Wisconsin admitiu,

Fi-lo pelo dinheiro, penso que todos o fazemos pelo dinheiro, mas não é realmente algo que se apregoe, porque existe derramado por cima um verniz de “ajudar os doentes”. Mas tive ocasionalmente vislumbres do tipo de indústria que era através de questionamentos inócuos. A quantidade de plasma extraído de uma pessoa por doação valia mais de US $ 600, nunca recebi uma resposta clara sobre isso.

Andrew da Pensilvânia concordou, observando ironicamente,

Sei que meu plasma valia milhares de dólares por doação [a outros], porque vi o que um hospital na minha cidade cobrava a um hemofílico por plaquetas, portanto a quantia que pagam é ridícula, mas há apenas um comprador fazendo ofertas no nível humano. Se és pobre e sem outras opções, aceitarás US $ 40 seja como for. Numa tempestade qualquer porto serve”.

Michael, um assistente social da Geórgia que vendeu o seu sangue por um dinheiro extra, estava profundamente incomodado com toda a situação. “Conheço bastantes pessoas que dependem de dinheiro ganho com a venda de plasma. Muitas vezes é necessário para cuidar de crianças ou receitas médicas ou algo assim “, disse. “É absolutamente deplorável que se aproveite aquilo que literalmente é dinheiro de sangue de pessoas que têm tão poucas opções”.

As grandes empresas farmacêuticas estão particularmente interessadas no sangue dos jovens. Uma campanha de cartazes da Grifols apontou intencionalmente a estudantes da classe trabalhadora. “Precisa de livros? Não se preocupe. Doe plasma” diz a manchete. O sangue dos adolescentes está em alta procura em, de todos os lugares, Silicon Valley, onde as tecnologias antienvelhecimento são a última tendência. Uma empresa, Ambrosia, cobra US $ 8.000 por tratamento a executivos de tecnologia envelhecidos, infundindo-lhes sangue de jovens, transformando esses indivíduos em sugadores de sangue de várias maneiras. Apesar do facto de existir prova clínica de que a prática tenha efeitos benéficos, o negócio prospera. Um comprometido cliente é o co-fundador do PayPal que tornado assessor de Trump Peter Thiel, que ao que se diz está a gastar grandes somas de dinheiro no financiamento de startups antienvelhecimento. Thiel afirma que temos sido enganados pela “ideologia da inevitabilidade da morte de todo indivíduo” e acredita que a sua própria imortalidade pode estar à beira de chegar, uma noção que tem preocupado profundamente tanto académicos como comentadores.

O novo e florescente mercado do sangue é a personificação perfeita da distopia capitalista tardia em que os EUA modernos se tornaram. O desumanizador processo de ceifa do sangue dos pobres para financiar os quixotescos sonhos de imortalidade dos super-ricos transforma os primeiros em zumbis vivos andantes e os segundos em vampiros, banqueteando-se com o sangue dos jovens; uma verdadeira história de terror americana digna de Stephen King ou H.P. Lovecraft. Como disse Rachel de Wisconsin:

É realmente é uma indústria em que “espremer sangue de pedras” é o mais literal que se pode encontrar. ”


*Fonte: https://www.mintpressnews.com/harvesting-blood-americas-poor-late-stage-capitalism/263175/

domingo, 29 de dezembro de 2019

OS INSECTOS MAIS IMPRESSIONANTES DO NOSSO PLANETA (VÍDEO)




VÍDEO

Dos fungos aos fundos com um perdão milionário: como o "rei dos cogumelos" perdeu o negócio

Marcelo Rebelo de Sousa visitou em 2016 a Sousacamp, acompanhado pelo fundador, Artur Sousa, à direita na foto.

Artur Sousa fundou o grupo Sousacamp há 30 anos, mas viu as suas empresas ficarem insolventes. O principal braço do negócio, a Varandas de Sousa, foi já entregue a uma sociedade de capital de risco, após um perdão de dívida milionário do Novo Banco. Esta é a história do maior produtor de cogumelos em Portugal

Artur José Varandas de Sousa formou-se em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade do Porto, mas foi na Holanda, na década de 1980, que tomou contacto com o mundo dos cogumelos, avançando com um curso de microbiologia, em Eindhoven, que complementaria mais tarde com um MBA em gestão em Espanha. Em 1989 fez dos cogumelos negócio, abrindo no concelho de Vila Flor a primeira unidade de produção do grupo Sousacamp, com um investimento de 25 mil contos (125 mil euros).
Mas 30 anos volvidos Artur Sousa, hoje com 51 anos, perdeu o principal braço do grupo que fundou, a Varandas de Sousa SA. Em processo de insolvência desde 2018, a empresa acaba de ser comprada pela sociedade de capital de risco Core Capital, empresa liderada pelo ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Nuno Fernandes Thomaz. A Core Capital teve, nesse processo, a ajuda do maior credor da Varandas de Sousa: o Novo Banco aceitou arrumar o dossiê da insolvência da produtora de cogumelos concedendo um perdão de dívida de 24 milhões de euros.
Nisto, a história da empresa que se tornou a campeã nacional dos cogumelos, e que chegou a ser uma das maiores produtoras europeias, não é muito diferente do trajeto de dezenas de sociedades que, sufocadas financeiramente, viram o seu futuro entregue à banca. A narrativa é comum em muitos casos: uma empresa promissora e bem sucedida quer crescer, um banco liberta o crédito para financiar a expansão, mas a dado momento a sociedade deixa de conseguir cumprir o serviço da dívida, até que é forçada a avançar para um processo de insolvência.
Nesse cenário, o banco, que já registara imparidades com o incumprimento, resolve estancar a ferida: deixa de financiar, pressiona o afastamento os sócios fundadores da gestão, e procura uma sociedade de capital de risco que queira pegar no negócio, aliciando-a com um ativo praticamente limpo de dívida, após um perdão de boa parte dos créditos. A banca tem aí algo a ganhar: a esperança de que a empresa, com novo dono e nova gestão, possa voltar a crescer e a gerar cash flow suficiente para voltar a contrair empréstimos… à banca.

DE VILA FLOR A VILA REAL

Voltemos aos cogumelos. O grupo Sousacamp, depois da primeira fábrica em Vila Flor abriu uma segunda unidade em Mirandela. Em 2007 o grupo de Artur Sousa estava a faturar 5 milhões de euros. O negócio seguia de vento em popa. Em 2008 o empresário abria uma terceira fábrica em Paredes. E pouco depois avançava para outras duas unidades em Sabrosa e Vila Real. Esta última seria a maior da Europa.
Para construir a fábrica de Vila Real o grupo Sousacamp precisou de investir mais de 50 milhões de euros. Recorreu a financiamento do Banco Espírito Santo (BES), mas a unidade industrial foi sofrendo atrasos, que a Sousacamp atribuía a problemas com o traçado do IP4. A unidade de Vila Real era um projeto PIN (Potencial Interesse Nacional).
Em 2011 Portugal sofria a intervenção da troika, mas Artur Sousa mantinha previsões expansionistas. A sua família controlava quase 60% da Sousacamp (o restante era, desde 2007, da ES Ventures, a capital de risco do Grupo Espírito Santo). A produção estimada para esse ano era de 11 mil toneladas, sendo 60% para exportação (sobretudo Espanha, França, Holanda e Alemanha). E a faturação devia chegar aos 30 milhões de euros.
Numa entrevista à revista “Exame”, em setembro de 2011, Artur Sousa realçava a inovação promovida pelo grupo que fundara em 1989, nomeadamente o cultivo em altura, com seis prateleiras para produzir cogumelos de diferentes calibres, e o aproveitamento do que sobrava do cultivo como fertilizante para a agricultura. “Somos a única empresa do mundo que adota esta solução, acrescentando valor e reaproveitando um subproduto até agora inútil”, contava então o empresário.
Em 2012 as receitas totais da Sousacamp estavam nos 25,6 milhões de euros. Isso representava um crescimento médio anual de 39% ao longo dos últimos cinco anos. A empresa gerava então um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 4,3 milhões de euros. Mas a sua dívida líquida estava em 44 milhões. Ou seja, cerca de 10 vezes o EBITDA.

PROJETO ALICE: A OPORTUNIDADE PARA VENDER ANTES DA QUEDA DO BES

O negócio da Sousacamp, apesar da elevada alavancagem em dívida do BES, começava a suscitar interesse de outros investidores. Foi o caso do fundo Vallis, um veículo de private equity fundado por Eduardo Rocha (ex-administrador financeiro da Mota-Engil), Luís Santos Carvalho (antigo diretor do banco holandês ABN Amro) e Luís Palma da Graça (gestor com passagem prévia pela área da construção e infraestruturas).
Segundo apurou o Expresso, a Vallis Sustainable Investments esteve em 2013 muito perto de avançar para a compra da Sousacamp. O projeto teve o nome de código Alice. Tal como a personagem de 1865 que andava pelo país das maravilhas. A Vallis encomendou a assessoria jurídica à Morais Leitão e no processo de avaliação participou também a KPMG.
Durante vários meses os responsáveis da Vallis, Morais Leitão, KPMG e Sousacamp partilharam informação entre si. Mas o negócio não se concretizaria. “De facto analisámos a empresa, mas decidimos não prosseguir na transação. É tudo o que podemos dizer, pois a Vallis não comenta as transações que não conclui”, afirmou Luís Carvalho ao Expresso.
No final de 2013, ainda assim, a Sousacamp anunciava que iria construir duas fábricas na Argélia. O seu plano permanecia ambicioso. Depois dos primeiros 50 milhões de euros aplicados em Vila Real, o grupo pretendia investir outros 45 milhões numa segunda fábrica na mesma localização, desta feita para produzir cogumelos de conserva. O grupo tinha então 700 trabalhadores e o novo projeto previa outros 200 postos de trabalho diretos e indiretos.
Mas em 2014 colapsa o GES, que era não só acionista da Sousacamp (com 39%), como também o seu principal financiador. E começam os problemas.
Depois da resolução do BES, o seu sucessor, o Novo Banco, fecha a torneira do financiamento. Em 2016 o Novo Banco decide vender à Armilar Venture Partners os fundos de capital de risco ES Ventures, que herdara do BES.
Sem acesso a financiamento e com a segunda fábrica de Vila Real por concluir, a Sousacamp enfrentava sérios desafios.

O AFETO DO PRESIDENTE ANTES DA TORMENTA DOS TRIBUNAIS

Em julho de 2016, no âmbito da iniciativa Portugal Próximo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visita o interior do país. No roteiro inclui uma passagem pela Sousacamp, para conhecer e elogiar o maior produtor europeu de cogumelos frescos.
Na fábrica da Sousacamp em Vila Flor Marcelo Rebelo de Sousa distribuiu sorrisos e tirou fotografias com dezenas de funcionários. Visitou as câmaras de produção. E provou. “Nunca tinha comido um cogumelo assim, é bom. É bom para a saúde, isto é uma maravilha”, comentou o Presidente da República.
Mas no ano seguinte a bem sucedida história da Sousacamp começaria a provocar um amargo de boca ao seu fundador. No final de 2017 o grupo de Artur Sousa avançou com um processo especial de revitalização (PER) na sua principal empresa, a Varandas de Sousa, para tentar, com a ajuda de um administrador judicial, encontrar uma saída.
Com cinco fábricas em Portugal, duas em Espanha e um total de 500 empregados, a Sousacamp estava sufocada em dívida. “A empresa precisa de sanear o seu passivo”, dizia ao “Jornal de Negócios”, em dezembro de 2017, fonte conhecedora da situação. E a principal razão para o PER tinha que ver com “a queda do BES, que até então [Verão de 2014] estava a financiar a construção da gigantesca unidade de produção de cogumelos, cuja obra, onde foram já investidos cerca de 20 milhões de euros, ficou a meio”, escrevia o mesmo jornal.
A Varandas de Sousa, com uma faturação de 18,8 milhões de euros, tinha fechado 2016 com um prejuízo de 9 milhões de euros, acima das perdas dos anos anteriores.
O PER não correu da melhor maneira. Em abril de 2018 o processo foi encerrado por falta de acordo com os credores para uma recuperação. A Varandas de Sousa devia 60 milhões de euros, pertencendo as maiores fatias ao Novo Banco (34,1 milhões) e Crédito Agrícola (15,9 milhões). E até então o campeão dos cogumelos não tinha proposto qualquer plano aos bancos.
Gorada a possibilidade de uma recuperação por via do PER, a Varandas de Sousa apresentou-se à insolvência. Mas o negócio tinha pernas para andar. “Com a informação de que disponho, não tenho dúvida nenhuma de que a empresa é recuperável. Porquê? Porque tem o que faz falta: capacidade instalada e clientes bons, estando a cumprir com as suas obrigações correntes”, afirmava, em abril de 2018, o administrador da insolvência, Bruno da Costa Pereira, ao “Jornal de Negócios”.

OS FUNDOS AO FUNDO DO TÚNEL

Mas só este ano 2019 a Varandas de Sousa veria o seu futuro resolvido. Numa assembleia de credores em junho, em Vila Flor, foi apresentada por Artur Sousa uma proposta de um consórcio que juntava um empresário belga e outro espanhol, para salvar a Sousacamp.
Juntos na empresa Rudi & Mittelbrunn, propunham injetar 5 milhões de euros na Sousacamp e regularizar as dívidas com um plano que implicava 18 meses de período de carência e amortização da dívida bancária em 120 prestações, segundo então escreveu a agência Lusa. Esse consórcio propunha duas opções, que implicavam perdões de dívida entre os 25% e os 65%.
Só que esta proposta não convenceu o Novo Banco. A oferta hispano-belga não apresentou suficientes garantias bancárias e foi recusada pelos credores. Mas o administrador judicial Bruno da Costa Pereira assegurava que havia outros investidores interessados.
Em julho o Novo Banco estava a tentar desfazer-se de uma carteira de crédito malparado no valor de 3,3 mil milhões de euros. Entre os interessados estavam os fundos Bain Capital e Davidson Kempner. No pacote, denominado “Nata 2”, estavam os créditos concedidos ao grupo Sousacamp, além das dívidas da Ongoing e de Bernardo Moniz da Maia, por exemplo.
Em julho o “Dinheiro Vivo” revelava que alguns dos créditos da carteira “Nata 2” tinham suscitado o interesse de outros investidores, nomeadamente dos fundos Core Capital e Atena Equity Partners. O interesse recaía sobre empresas industriais que se mantinham em atividade, como a Sousacamp e ainda a EIP, um histórico fornecedor de equipamentos para o sector energético, cujas dificuldades financeiras o Expresso relatou em abril deste ano.
E em novembro o Novo Banco decidiria entregar o futuro do campeão dos cogumelos à Core Capital, em vez de deixar o crédito no pacote Nata 2 (que tinha sido vendido a um fundo norte-americano em setembro). A venda da Varandas de Sousa à Core Capital foi aprovada pela Autoridade da Concorrência a 17 de dezembro.

QUEM SÃO OS NOVOS DONOS?

Não foram ainda tornados públicos os detalhes da compra da Varandas de Sousa pela Core Capital, através da Core Equity. Sabe-se apenas, segundo revelou o “Jornal de Negócios” esta semana, que o negócio implicou um perdão de dívida de 70% por parte dos bancos (o Novo Banco prescindiu de 24 milhões de euros e a Caixa de Crédito Agrícola perdoou 11 milhões). Os restantes credores perderão a maior parte dos créditos que tinham (entre eles a Galp, EDP e Caterpillar).
Mas o Fisco e a Segurança Social receberão os seus créditos na totalidade (2,4 milhões e 881 mil euros, respetivamente).
A Core Capital, nova dona da Varandas de Sousa, é uma sociedade de capital de risco fundada no final de 2017 por Nuno Fernandes Thomaz, gestor que entre 2013 e 2016 foi vice-presidente da CGD (antes disso liderou a empresa de consultoria financeira ASK e foi diretor do Banif Investment Banking).
Além do ex-administrador da Caixa, a Core Capital foi fundada também por Martim Avillez Figueiredo, Pedro Araújo e Sá e Pedro Soares David, numa equipa que cruza experiências profissionais da área financeira e do negócio dos media.
Martim Avillez Figueiredo foi administrador operacional da Impresa (de que o Expresso faz parte), depois de ter trabalhado com o grupo Sonae e de ter fundado o jornal “i” e dirigido o extinto “Diário Económico”.
Pedro Araújo e Sá, por seu turno, foi durante vários anos administrador da Cofina Media (que detém o “Correio da Manhã”, “Jornal de Negócios”, “Sábado” e “Record”). E Pedro Soares David trabalhou na ASK e nos bancos Finantia e Banif Investment Banking.
O primeiro fundo desta capital de risco, o Core Restart, foi registado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em março de 2018, visando investir em pequenas e médias empresas em dificuldades e dar-lhes uma “segunda oportunidade”. O site da Core Capital é omisso quanto aos investimentos já realizados.
É agora à Core Capital que pertence o futuro dos cerca de 500 trabalhadores da Varandas de Sousa e das outras empresas da também insolvente Sousacamp, aguardando um novo começo, fresco como os cogumelos que continuam a sair todos os dias para as prateleiras dos supermercados e para as mesas dos portugueses.

expresso.pt

Vários feridos em um ataque de facada na celebração do Hanukkah no estado de Nova York

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O ataque com faca em Monsey, no estado de Nova York, ocorre após dias de tensões crescentes devido a ataques anti-semitas. Eduardo Munoz, REUTERS

Um atacante esfaqueou cinco pessoas na noite de sábado na casa de um rabino hassídico no estado de Nova York antes de fugir, disse uma organização judaica, um tumulto que ocorreu após dias de tensões aumentadas por ataques anti-semitas.
O Conselho de Assuntos Públicos Judaicos Ortodoxos (OJPAC) disse no Twitter que um agressor de lenço esfaqueou as vítimas em uma casa em Monsey, no Condado de Rockland, a cerca de 48 quilómetros ao norte de Nova York .
Todas as cinco vítimas foram levadas para hospitais, segundo o conselho, acrescentando que duas delas eram críticas, com uma delas esfaqueada pelo menos seis vezes.
"O suspeito fugiu do local, mas está sob custódia neste momento", disse o Departamento de Polícia de Ramapo em um post no Facebook.

At 9:50 this eve, a call came in about a mass stabbing at 47 Forshay Road in Monsey (Rockland County; 30 miles North of NYC). It's the house of a Hasidic Rabbi. 5 patients with stab wounds, all Hasidic, were transported to local hospitals.

O departamento de polícia confirmou que cinco pessoas foram esfaqueadas e disse que a investigação estava em andamento. O departamento não forneceu mais detalhes.
Uma autoridade do OJPAC, Yossi Gestetner, disse ao New York Times que o ataque aconteceu por volta das 22h (horário de Brasília), durante uma celebração do Hanukkah, com a presença de muitas dezenas de pessoas na casa do rabino.
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Cerca de um terço da população do Condado de Rockland é judeu, incluindo um grande enclave de judeus ortodoxos que vivem em comunidades isoladas.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, disse que estava "profundamente perturbada" pelos eventos em Monsey.
"Não há tolerância zero para atos de ódio de qualquer tipo e continuaremos monitorando essa situação horrível", disse ela em um post no Twitter.

I am deeply disturbed by the situation unfolding in Monsey, New York tonight.

There is zero tolerance for acts of hate of any kind and we will continue to monitor this horrific situation.

I stand with the Jewish community tonight and every night.

O departamento de polícia da cidade de Nova York disse na sexta-feira que seus policiais intensificaram patrulhas em bairros fortemente judeus após uma série de ataques anti-semitas .
"O ódio não tem casa em nossa cidade", escreveu o prefeito Bill de Blasio no Twitter na sexta-feira, chamando os ataques de agressão a todos os nova-iorquinos.

Hate doesn’t have a home in our city.

In light of recent anti-Semitic attacks, the NYPD will increase their presence in Boro Park, Crown Heights and Williamsburg.

Anyone who terrorizes our Jewish community WILL face justice.

Em ataques recentes mais mortais, um atirador matou uma rabina e feriu outras três pessoas durante os cultos do sábado na Congregação Chabad em Poway, perto de San Diego, no último dia da Páscoa em abril de 2019.
Seis meses antes, um atirador matou 11 fiéis na sinagoga da Árvore da Vida em Pittsburgh, no mais mortal ataque anti-semita da história dos EUA.
O feriado judaico de Hanukkah comemora a vitória de Judá Maccabee e seus seguidores no século 2 aC, em uma revolta contra os exércitos do Império Selêucida.
(REUTERS)

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