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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Patentes e Covid -19

 


 

Abaixo o regime de patentes nas vacinas


O tema do fórum de Davos foi “A Grande Reinicialização”. A crise da vacinação começou com o caos federal e culminou no drama do licenciamento, mas o vírus só pode ser derrotado globalmente.

Primeiro Pfizer, agora Astra-zeneca. 

Os fabricantes de produtos farmacêuticos não perdem nenhuma oportunidade de enganar a Comissão Europeia. Em primeiro lugar, a empresa norte-americana Pfizer anunciou "engarrafamentos  no abastecimento" devido ao fato de que a fabrica de Puurs (Bélgica) necessitar  de ampliações. 

Agora, poucos dias após a vacina desenvolvida em Oxford ser aprovada pela Comunidade Européia, a direção da empresa sueco-britânica Astra-zeneca anunciou que reduzirá as quantidades de entrega devido a problemas na cadeia de abastecimento. Isso causou indignação em todo o espectro político, porque as deficiências afetam apenas as doses de vacinas destinadas à UE.

Esse mal-estar preliminar na corrida contra o vírus está relacionado a um drama que começou com indecisões da UE, preparativos tardios e caos federal. Não é necessário que o ministro da Saúde, Jens Spahn (CDU), calcule agora a quantidade de vacinas que deveriam ter sido adquiridas, pois os fabricantes se limitam a romper contratos já opacos. 

Que os produtores de vacinas subalternizem a UE de mão estendida, porque países como EUA, Canadá e Israel pagam mais, porque as expansões da produção não são lucrativas ou porque as cadeias globais de abastecimento estão quebradas, enfim não importa. 

Em qualquer caso, os controles de exportação com os quais Spahn agora ameaça a Astra-zeneca são de pouca utilidade no momento para todos aqueles que esperam desesperadamente por uma vacina.

"O grande recomeço" foi um dos slogans do Diálogo de Davos, no qual Angela Merkel admitiu esta semana que as coisas estão indo muito devagar na Alemanha com a luta contra a pandemia. Um bom slogan para reestruturar uma produção de conhecimento agora aprisionada no sistema de patentes do setor privado seria “Um grande novo começo”, porque o atual sistema de abastecimento de medicamentos não está ancorado na necessidade, mesmo em situações de emergência. 

É obsceno querer lucrar com vacinas que são essenciais para a sobrevivência. No curto prazo, o Estado pode intervir e criar incentivos à produção para as empresas, como sugere o economista Moritz Schularick. 

Mas dar o dinheiro à indústria farmacêutica não é o caminho a seguir. solução. Por outro lado , é hora de a Alemanha e a UE apoiarem o licenciamento justo. A pandemia só pode ser derrotada globalmente.

é um jornalista e crítico cultural alemão que escreve regularmente para o semanário de esquerda Freitag. 

Fonte:

https://www.freitag.de/autoren/ulrike-baureithel/nieder-mit-dem-patentregime 

Tradução:

Maria julia bertomeu para castelhano  e  google para português

foicebook.blogspot.com



"Non Fare il Portoghese": Conheça a Origem da Expressão Italiana

 


Todos os italianos já ouviram pronunciar: non fare il portoghese. 

Esta é a prova de como um facto histórico pode dar origem a um preconceito sobre um povo. Neste caso, o português.


Mapa dos países que "cercam" o Mar Mediterrâneo.


A expressão “non fare il portoghese” significa “não seja português” e a sua história remonta ao século XVI. Esta frase surge após um acontecimento histórico que ocorreu em Roma, numa época em que Portugal tinha embaixadores muito influentes em todos os países europeus. Como uma das nações mais poderosas do mundo, Portugal tinha um dos seus embaixadores sediado em Roma, cidade em que se organizavam inúmeros espetáculos.

Entre eles, existiam vários que ocorriam no Teatro Argentina, onde os membros da Comunidade Portuguesa residentes em Roma tinham a possibilidade de entrar gratuitamente, desde que à entrada declarassem a sua nacionalidade. Acontece que, sabendo desta abébia aos portugueses, não tardou a que centenas de pessoas que não eram portuguesas, fingissem sê-lo, precisamente para não pagarem os ingressos nos eventos.

Factos históricos tornam-se expressões populares

A expressão ficou muito difusa, e era utilizada em toda a península, com o sentido de beneficiar de um serviço sem pagar. Mesmo que desconhecida em Portugal, acarreta em si o sinónimo de que o povo português é caloteiro.

Non fare il portoghese” é um exemplo de uma expressão de outra época, que tomou proporções incalculáveis e perpetuou-se no tempo. Embora o dito “não seja português” gere alguma confusão sobre o caráter e personalidade, neste caso, dos portugueses, não representa efetivamente a realidade dos factos.

Atualmente, a expressão tem caído em desuso, mas a maioria dos italianos conhece esta expressão, que não é simpática para o povo português, uma vez que se refere a pessoas que entram sem pagar em qualquer lugar. No verdade, a maior parte desconhece a sua origem, dando princípio ao preconceito.

O prestígio do povo português

Muito contrário ao que o desconhecimento do real significado da expressão “non fare il portoghese” possa transparecer, a mesma resulta de factos nada desprestigiantes para o povo português.

Desde há 496 anos, especiarias, ouro, pérolas, madeiras e pedras preciosas, chegavam a Portugal, vindos de África e do Oriente. Era a época dos Descobrimentos. Chegavam também animais exóticos, nunca vistos na Europa.

Como forma de homenagear e impressionar o recém-eleito Papa Leão X, D. Manuel I fez uma oferenda de jóias e animais, desde macacos, papagaios, cavalos persas, leopardos, uma pantera, um elefante e um rinoceronte, que veio a morrer durante a viagem.

Assim, a 12 de março de 1514, chegava a Roma uma inigualável embaixada. Como reconhecimento, o Papa ditou então a ordem de que todos os portugueses tivessem entrada livre, em todas as festas que se realizassem em Roma. Não era sequer necessário um convite formal, bastava declararem a sua própria identidade.

A distorção de “non fare il portoghese

Com o prestígio dado aos portugueses, rapidamente os romanos, que também não queriam pagar as suas entradas em espetáculos, optaram por fazer jus da astúcia que lhe é característica, afirmando: “io sono portoghese”, isto é, “eu sou português”.  

Quando hoje a expressão é utilizada, tem a conotação negativa sobre os portugueses, como se estes fossem de pouca confiança, que entram em festas sem serem convidados, aproveitadores, ou como aqueles que se esquivam a pagar as suas entradas em espetáculos, monumentos, autocarros ou em outros locais.

Na verdade, em nada corresponde ao significado com que surgiu “non fare il portoghese”, mas a expressão surge agora para dissuadir alguém de colocar em prática truques ou burlas, para poder beneficiar de um serviço sem ter direito.

Assim, a má fama conquistada pelos portugueses em Roma, de entrarem sempre sem pagar, é injusta e justifica-se historicamente. Na verdade, o povo lusitano tem a presente característica de ser um povo humilde, trabalhador e honrado.


www.natgeo.pt

"Os lambe-botas enxameiam as organizações"


 

sicnoticias.pt


O que é ter poder e quem o tem? 

As respostas a estas duas perguntas são o pano de fundo da conversa da SIC com o sociólogo e professor do ISEG Rui Brites a propósito do assédio moral no trabalho, tema da Reportagem Especial 

"QUERO controlar POSSO humilhar MANDO obedecer".

Se, como afirma Rui Brites, "poder é a capacidade que algumas pessoas têm de fazer com que os outros façam o que eles querem dando-lhes a ilusão de que estão a fazer o que querem fazer", então, também é fácil aceitar que "o poder formal é um falso poder, porque o que concede o poder formal é uma regra, uma nomeação".

A questão complexifica-se quando tentamos entender, no contexto do assédio moral, o papel das chefias medíocres, para usar a expressão de Alain Deneault ("La médiocratie", 2015).

O filósofo canadiano francófono defende que "os mediocres tomaram o poder" e que "a divisão e a industrialização do trabalho manual e intelectual contribuíram para o advento de uma 'mediocracia'". O sociólogo português Rui Brites explica que "os medíocres não são incompetentes. 

Eles cerceiam a sua criatividade porque querem agradar ao chefe. 

O povo português diz que são os lambe-botas e eles enxameiam as organizações", acrescenta.

Rui Brites conclui: "a tendência é para que os medíocres ocupem o poder, mas sem sombra para dúvidas".


vídeo





6 NOTAS SOBRE GOVERNAR A FREGUESIA - BOM SENSO, ESTRADAS, CAMINHOS E ORÇAMENTOS

 6 NOTAS SOBRE GOVERNAR A FREGUESIA - BOM SENSO, ESTRADAS, CAMINHOS E ORÇAMENTOS

1. É bom aparecerem mais pessoas interessadas e envolvidas em assuntos de interesse para a Freguesia (e para Portugal). Mais cabeças e mais braços aumentam a hipótese de melhorar a política, esse conceito originário do grego politiké, “a arte de governar a cidade” (polis).
2. Que o façam com bom senso, verdade, respeito e conhecimento. São 3 princípios básicos para que o envolvimento das pessoas possa dar frutos em lugar de se afundar num lamaçal que até os bons pode levar.
3. Sobre o conhecimento das matérias da Freguesia é essencial saber quem é responsável, quem tem poder e quem tem meios, para que se possam resolver problemas e planear o futuro.
4. As estradas e caminhos são da responsabilidade da Câmara Municipal. Por vezes a Junta de Freguesia dá ajuda para resolver pequenos problemas mas para obras médias/grandes ou urgentes só mesmo a Câmara ou as duas entidades que têm serviços de emergência a funcionar 24 horas para assuntos locais, os Bombeiros Sapadores de Faro e a Fagar - 2 entidades municipais.
5. Nas estradas e caminhos, a Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe apenas tem delegadas pela Câmara as competências da limpeza das bermas (que temos vindo fazer e a aumentar a frequência) e pavimentação de caminhos (que temos vindo a fazer gradualmente).
6. É neste contexto que a Câmara Municipal de Faro tem um orçamento de 50 milhões de euros e a Junta de Freguesia tem 320.000 euros (quem 2022 será reduzido para 200.000 euros).



E quando há democratas que não gostam de liberdade?


 


www.tsf.pt /


Há duas semanas, saiu esta notícia: os jornalistas Henrique Machado e Carlos Rodrigues Lima estiveram a ser seguidos durante três meses e foram vigiados pela polícia, a mando do Ministério Público. Uma conta bancária também foi vasculhada.

A Justiça queria saber quem eram as pessoas que forneciam aos jornalistas informações que estavam em segredo de justiça e, presumo, se pagavam por isso.

Foi grande o burburinho. Correu tinta e ocupou telejornais. Há inquéritos e audições em curso... Mas passaram duas semanas: entre presidenciais, a aflição e a tristeza muito mais premente da pandemia, o tema, agora, arrisca-se a cair no esquecimento.

Eu, porém, não o esqueci e o culpado é o notável jurista e constitucionalista Vital Moreira.

Num texto publicado no blogue Causa Nossa, Vital Moreira rebela-se contra os abusos da liberdade de imprensa, acha que os jornalistas que publicam notícias em segredo de justiça devem ser acusados pelo Ministério Público, mesmo se não se souber quem lhes passou as informações. Infelizmente, há muita gente poderosa ou influente que pensa como Vital Moreira.

O jurista, nesse texto, defende ainda que o segredo de justiça está explicitamente protegido pela Constituição.

Fui ver.

No artigo 20, a Constituição escreve cinco parágrafos sobre, vou explicá-lo em linguagem corrente, o direito de ter acesso a uma justiça que funcione bem para todos os cidadãos.

No primeiro parágrafo desse artigo 20, a Constituição promete acesso à justiça, mesmo a quem não a possa pagar.

No segundo parágrafo, a Constituição promete que todos terão acesso à defesa de um advogado.

No quarto parágrafo, prometem-se decisões na justiça em tempo razoável e com um processo equitativo.

No quinto parágrafo, a Constituição promete prioridade e celeridade da justiça quando estão em causa direitos, liberdades e garantias pessoais.

Saltei o terceiro parágrafo. É o mais curto. Vou transcrevê-lo todo: "A lei define e assegura a adequada proteção do segredo de justiça". Pronto, é só isto...

É, portanto, o único de todos estes cinco parágrafos onde nada se promete: os políticos podem "adequar" a legislação sobre proteção do segredo de justiça como quiserem, a Constituição não lhes impõe qualquer limite, nem para mais, nem para menos...

Fui também ver, já agora, o que a Constituição diz sobre liberdade de expressão, liberdade de informação, liberdade de imprensa e comunicação social. São três artigos, 13 parágrafos e 10 alíneas. É muito texto. É muita preocupação. É uma questão central.

Numa dessas alíneas, diz-se que os jornalistas têm direito de "acesso às fontes de informação e à proteção da independência e do sigilo profissionais".

Eu não sou jurista, mas o que sei de língua portuguesa parece-me suficiente para interpretar isto de uma única forma: a Constituição, que Vital Moreira tanto preza, dá muito mais importância à proteção do sigilo profissional dos jornalistas do que à proteção do segredo de justiça.

Odeio que se queimem nos jornais reputações de pessoas antes de haver, sequer, uma acusação judicial; acho que a violação do segredo de justiça é um problema grave; acho, também, que o segredo de justiça continua a ser usado com absurdo abuso por parte das autoridades para esconder, demasiadas vezes, o que já devia ser público.

Tenho a certeza que no dia em que, como pretende Vital Moreira, se começarem a prender jornalistas, mesmo os piores, por violarem o segredo de justiça, todo o país será menos livre e, passado algum tempo, muito mais corrupto.

Deixo a pergunta retórica: se tivéssemos de optar entre acabar com a liberdade de imprensa e acabar com o segredo de justiça, o que é que escolhíamos?...

Na sexta-feira, um rapper espanhol, Pablo Hasel, foi condenado a nove meses de cadeia, prisão efetiva. Já não pode recorrer.

Ele foi condenado porquê? Porque numa ou em várias das suas canções ofendeu a Casa Real espanhola.

Se fosse na China ou na Rússia, já estava por aí uma berraria. Em Espanha, a supostamente democrática Espanha, a Espanha da União Europeia, a nossa vizinha Espanha, já vai na terceira condenação de cantores por estes acusarem a monarquia de ser corrupta e vejo muito poucos arautos da liberdade preocupados com isso.

A liberdade de expressão e de imprensa não estão, portanto, garantidas, é preciso mesmo defendê-las, não só dos inimigos óbvios, mas, sobretudo, dos supostos democratas que acham que a honra de um rei ou o manipulado segredo de justiça valem mais do que o direito à indignação e o direito à notícia que incomoda poderosos. 

Ouça aqui Pedro Tadeu



domingo, 31 de janeiro de 2021

COMO SE SENTIRÃO


 

HOMENS COM ELES NO SÍTIO ONDE ESTÃO ?

OLHEM PARA O PASSADO RECENTE E TENHAM VERGONHA, VEJAM COMO HAVIA GENTE QUE LUTAVA E NÃO SE DEIXAVA LEVAR PELOS FASCISTAS QUE NÃO ABRIAM PIO E TINHAM RESPEITO POR QUEM TRABALHAVA E NÃO SE VENDIA.
OS FACHOS, OS NAZIS ANDAVAM ENCOLHIDOS CAGADOS DE MEDO.
Em tempos idos existiam os que lutavam contra as injustiças, contra o fascismo e não arredavam pé mesmo face aos perigos e á morte.
Hoje poucos vão resistindo, estão doentes, velhos, cansados e tristes com o que veem neste país onde se apregoa muito e nada se faz para que a vida mude.
ONDE ESTÃO OS CORAJOSOS ? OS QUE MUDAVAM AS MENTALIDADES ? OS QUE LUTAVAM SEM MEDO ?
Onde estão os que procuravam horizontes, os que lutavam por um mundo melhor ?
Neste país em falência e agora agravado com a pandemia a grande parte da sociedade vive aterrorizada, sem vontade e submissa a tudo o que lhes é imposto pela política suja dos aldrabões, pela finança do capital, pelos burlões da governação, pelos aspirantes do nazismo hitleriano ressuscitado pelas cabeças doentes e loucas que o apregoam como se fosse uma festa de libertação dando-lhe o nome de justiça e liberdade.
Que tempos são estes, que pensam as pessoas que se agarram a estas ideias, as pessoas que não sabem discernir a liberdade do fascismo ?
É uma vergonha esta gente que só sabe palavrear e dia a dia perde a oportunidade de transformar o país, a sua vida, e todos os dias perde dignidade e sucumbe á palavra dos donos do mundo vivendo como escravos dos coveiros da liberdade que Abril nos proporcionou.
António Garrochinho