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sábado, 22 de outubro de 2022

55 fotos vintage sobre o trabalho feminino

 blogdamaricalegari.com.br /2020/04/05/60-fotos-vintage-sobre-o-trabalho-feminino/amp/



Em época de quarentena e com esse inimigo invisível do coronavírus, deixando tantas notícias e tristezas nesses dias difíceis de vários países, as vezes, não sabemos nem o que falar por aqui. E se for para falar besteira, é melhor ficar quieto mesmo.

Infelizmente, não podemos negar que há muitos perversos entre nós e, nesses tempos difíceis, adoram publicar fake news. Sem comentários a respeito desse tipo de pessoa, até porque não vão atingir aquilo que esperam.

E como mulher, esposa, mãe, avó e profissional resolvi dividir aqui com você essas fotos, como forma de lembrar o quanto as mulheres foram e são guerreiras para enfrentarem as mais diversas situações e que, passaremos por esse período, firmes, fortes e com coragem, fazendo a cada dia o que for preciso para superar mais esse desafio de nossas vidas.

Todo trabalho é digno e tem seu valor, seja os realizados em casa, proporcionando saúde e condições a seus familiares para que possam produzir fora de casa, bem como qualquer trabalho realizado por todas as mulheres, durante gerações. A força da mulher na construção de uma sociedade, muitas vezes veladas, não deixa dúvida sobre a importância da sua mão-de-obra.

Vale lembrar que é a mulher que gera cada individuo que está na sociedade, é ela que amamenta, que educa e encaminha seus filhos para atuarem nas mais diferentes profissões.

Nos momentos de guerra, um grande número de mulheres estiveram nos campos de batalhas e outras seguraram a situação em seus lares, com os filhos, lidando sem a colaboração dos maridos. Muitos, inclusive, nem retornaram após a guerra.

As fotos abaixo, é apenas para refletir sobre os inúmeros e diversificados trabalhos, exercidos pelas mulheres, na construção de uma sociedade e que, infelizmente, ainda hoje, nem sempre recebem o valor que cada uma merece.

Mulheres trabalhando nas mais diferentes áreas

A Jurubeba Cultural: ● Imagens... Vintage.                             ...
Quilting and Sewing Are a Part of Women's History: Two Sisters Sewing, 1865
Cabinet card, dated 1892, photographer: Carl J. Horner, Boston, Massachusetts, original size: 4.25” x 6.5”
Old Wood Stoves | Wood Stoves
.Que bonitinha, lembrou minha avó- bisa
E você reclama quando a faxineira falta, mesmo tendo uma máquina de lavar roupa.
Americana
Butter & Cultured Butter Recipe | How to Make Cheese | CheeseMaking.com
manteiga
Stomping grapes vintage photo from Italy
Experimenta, photo, black and white, black, white, blanco, negro, fotografía, photography, momentos, capturas, polaroids.
GEORGIA WINE STORY – LONELY PLANET
Winkelmeisje. Rond 1960.
#Vinho
Gran Canaria  -barriendo cochinilla año 1930..... #fotoscanariasantigua #tenerifesenderos #fotosdelpasado #canariasantigua #canaryislands #islascanarias #blancoynegro #recuerdosdelpasado #fotosdelrecuerdo
Aníbal Sequeira"Campesina em Tentúgal"
A história da Medicina - Parte 1
vintage everyday: 32 Breathtaking Black and White Photographs Capture Daily Life in Amsterdam During the 1950s and 1960s
A portrait of a nurse holding a baby, 1930s. Pictures of Nursing: The Zwerdling Postcard Collection. National Library of Medicine
Photo of a nurse setting up an IV. Looks like it's between the 1930's- 1950's. My first instinctual thought: "She's not wearing gloves!"
French women working in an ammunition factory. France. 1917.
Enfermeras trasladando mantas de un hospital durante un bombardeo en Londres.
Kids line up for their weekly dose of fish oil, 1960. / Crianças em fila para sua dose semanal de óleo de peixe, 1960
17/06 - Dia do Funcionário Público Aposentado Os Funcionários Públicos são todos os empregados de uma administração estatal, ou seja, aqueles que mantém vínculos de trabalho com entidades governamentais.
A female farm worker pulling flax on a farm in Yeovil, Somerset.
Always wear your prettiest sucker dress when you feed your chickens
"Jeder Mensch ist auf seine Weise schön, denn das Äußere ist der Spiegel seiner Seele. Darum entdeckt das Typische, das Individuelle, pflegt es, stärkt es und bewahrt es." - so lautete das Kredo von Dr. Kurt Wolff. Uns gibt es mittlerweile schon seit 102 Jahren!
Londres, 1916 - a guerra deu às mulheres uma rara oportunidade de mostrar o seu valor em empregos altamente responsáveis, tais como guarda, visto aqui. Assim que a guerra terminou estes postos de trabalho tornaram-se sómente para homens mais uma vez.:
Leola N. King, a primeira guarda de trânsito dos EUA – 1918
1942 ... drilling wins war!
Inspiration! Woman worker at Curtiss-Wright, ca.1943-44 | Flickr - Photo Sharing!
U.S. National Archives - "Chippers." Women War Workers of Marinship Corp, 1942. I love these old photos!!!!
Foto de Marc Ferrez - Partida para colheita de café no Vale da Paraíba - Rio de Janeiro - ano de 1885.
Lower Class Women of 19th Century - Album on Imgur

Pesquisando essas fotos por aqui, me lembrei de uma música que acho linda, cantada pelo Erasmo Carlos. Talvez, você vá se lembrar e, caso não, vale a penas escutar. Aproveito e deixar aqui para você ver que letra linda.

Erasmo Carlos - Mulher .wmv

As fotos do post são todas via Pinterest.

Enfim gente, se você é mulher e está lendo esse post se sinta orgulhosa da garra, da força e exemplos dos trabalhos femininos na construção de uma sociedade e, caso você seja um homem, olhe bem para todas as mulheres de sua vida e lhe dê o verdadeiro valor.

Apesar de estarmos passando por momentos difíceis nesse momento, sabemos bem da importância de arregaçar as mangas e “segurar a peteca” junto a nossa família, parentes e amigos. E, não devemos esquecer que essa situação uma hora vai ter um fim.

É preciso calma, paciência e fazer o que é preciso nesse momento. Hora de união, compreensão e torcida para que essa fase passe, sabendo das limitações de cada um, porém acreditando sempre no melhor que há por vir, após um período de tanto sofrimento.

Era isso por hoje.

Obrigada pela sua visita. Você é sempre bem vindo(a) por aqui.

Um abraço fraterno

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Novo têxtil de alfarroba algarvia substitui couro animal

 barlavento.sapo.pt /algarve/novo-textil-de-alfarroba-algarvia-substitui-couro-animal



Designer Mónica Gonçalves, inspirada pelas raízes familiares algarvias, criou um têxtil artesanal a partir das alfarrobas de Silves. Encomendas da «Alfarroba.Tex» são diárias no país e Europa.

São dezenas de quilos de alfarroba que, todas as semanas, rumam de Algoz, no concelho de Silves, ao atelier da designer de moda Mónica Gonçalves, na Póvoa de Santa Iria.

Depois de bem desidratadas, trituradas e estabilizadas com celulose reciclada, a fórmula final dá origem a um têxtil de alfarroba, para já, diz a criadora, único no mundo.

A grande vantagem é que possibilita a substituição do couro animal usado em peças de design de moda, arquitetura ou até mesmo calçado.

A ideia da lisboeta de 33 anos, que se especializou no desenvolvimento de materiais naturais em Itália, nasceu no mês de fevereiro último, e deu origem à marca «Alfarroba.Tex».

A história, contudo, é mais antiga. «Remeto sempre à minha família porque acho que é muito interessante. A minha avó, algarvia, nos anos 1960 era uma mulher de ferro, muito empreendedora, chegou a ser a maior vendedora de laranjas do Algarve e foi uma das primeiras mulheres a ter carro na região. Chamava-se Florência e tinha muitos terrenos no Algarve. As minhas férias eram sempre passadas com ela e com 30 primos. Todos brincávamos no campo, em Algoz, no meio das flores, das laranjeiras e das alfarrobeiras. O meu pai deu-me a conhecer a alfarroba e ficou sempre na minha memória devido ao cheiro intenso. Apercebi-me que o fruto estava presente em diversos doces regionais. No ano passado, estava em processo criativo, de férias com a família no Algarve, e procurava encontrar uma opção forte a nível nacional e que ainda não fosse utilizada na área do têxtil. Surgiu a alfarroba, quase de forma natural», recorda.

Depois de o pai, natural de Portimão, lhe ter levado ao atelier uma saca de 50 quilos de alfarroba, o resto do ano foi passado em ensaios laboratoriais.

«Comecei por pesquisar sobre a composição do material e a solidez da fibra», conta, mas surgiram alguns contratempos iniciais «porque a alfarroba além de quebrar muito, comporta-se como um material rico em açúcar, o que se tornava pegajoso. Levei de setembro até fevereiro para conseguir garantir um material resistente. Testei a nível de resistência mecânica e percebi que estava pronto. Quando o resultado final foi atingido, ficou espetacular. Foi aí que senti as borboletas na barriga e percebi que ia ser algo mesmo interessante», explica.

Estava assim criado o primeiro têxtil de alfarroba do mundo, com o objetivo de substituir o couro animal. O passo seguinte foi registar a marca. «Meia hora depois, tinha a primeira encomenda, para uma designer de malas que, para minha alegria, era de Silves! Creio que foi o destino, porque é, precisamente, a origem das minhas alfarrobas», salienta.
Seguiram-se pedidos para Lisboa, norte e, duas semanas depois, a primeira internacionalização da «Alfarroba.Tex», para o Reino Unido. Mais recentemente, foi uma empresa italiana, que trabalha com bordados de grandes marcas como a Gucci e a Dior, que entrou em contacto com a artesã.

E uma vez que se trata de um material tão novo, que está no mercado há pouco mais de um mês, em todas as encomendas que recebe, Mónica precisa de esclarecer a forma como pode ser manuseado.

«Não existe mais nenhum a nível global e é interessante perceber que as dúvidas dos interessados passam por saber a maneira correta de coser o têxtil. A minha resposta é sempre a mesma: tal e qual como o couro. A diferença é que a pele animal não se pode colocar na máquina de lavar, mas o tecido de alfarroba pode ser lavado a qualquer temperatura e com qualquer rotação. Além disso, pode ser cosido à máquina e até à mão, diretamente com a agulha», compara.

Apesar de ainda não existirem peças finais com o material de origem algarvia, a designer de moda assegura que pode ser utilizado para peças de vestuário como casacos, calças, malas, chapelaria, e não só.

«Tenho uma série de clientes de várias áreas como arquitetos e designers de interiores e de mobiliário que estão a criar as suas peças do zero. Adquiriram o material no final do mês de fevereiro e estão agora a dar-lhe uso», revela.

De acordo com a empreendedora, «a adesão está a ser histórica. Todos os dias recebo encomendas. Até à entrega do produto, a espera é de cerca de duas a três semanas, até porque é tudo feito de forma artesanal. Estou já com dificuldade em dar resposta aos pedidos e estou a ultrapassar as 30 unidades por mês», limite que estava definido, desde o início, como capacidade máxima.

Outro pormenor que a artesã faz questão de destacar, é o facto de cada têxtil ser único. «É muito interessante porque, apesar de o tecido ser apenas castanho, que é a cor natural da alfarroba, tem variações de tonalidades. Ou seja, nunca sai sempre com a mesma cor, porque como a matéria-prima é natural, a mistura resulta em tons mais escuros e outros mais claros», detalha.

Questionada sobre a possibilidade de produzir com outras cores, Mónica Gonçalves responde que, por enquanto, «vou manter a original. Embora o material cheire sempre a alfarroba, ainda existe muito ceticismo por parte das pessoas, o que é normal, e questionam se é mesmo o fruto. Se começar já a produzir com outras cores, ainda dificulto mais essa leitura e essa percepção. Para já, pretendo educar o mercado. Mais tarde, será possível, até porque já houve esse trabalho de perceber que cores se conseguem desenvolver e atingir».

Na marca «Alfarroba.Tex» não se utilizam produtos químicos e a água utilizada na produção do têxtil, é incluída no material. «Não é desperdiçada. A pegada que deixo é muito mais pequena que em materiais industrializados. É um artigo 100 por cento natural e 100 por cento artesanal. O único consumo envolvido no processo é o de eletricidade para alcançar a formulação, nada mais», garante.

Já sobre a possibilidade de industrializar a marca, a designer salienta que se encontra «muito feliz com a escala atual. Se as encomendas assim o exigirem, terei de responder. Faço planos de até junho conseguir produzir 90 unidades por mês. Se algum dia fosse mecanizado, o processo seria exatamente igual ao que faço, com a diferença de que teria de ser repetido» em série.

Para os próximos meses, o objetivo passa por aliciar marcas de grande dimensão, «até por uma questão de afirmação do produto português» e talvez apostar em recursos humanos. Ainda assim, a génese «vai ser sempre afirmar o têxtil como substituto do couro animal e daí nunca irei comercializar rolos de tecido. Cada um tem o seu dom e o meu acho que é desenvolver novos materiais. Acho que a Alfarroba.Tex foi uma ideia abençoada e tenho muita crença nesta marca», conclui a empreendedora.

Cada unidade mede 50 por 70 centímetros (cm), o que corresponde a 11 alfarrobas, e custa 20 euros já com IVA incluído. O site encontra-se em fase de construção, pelo que todas as encomendas devem ser feitas através das redes sociais (@alfarroba.tex).

Patente em fase de registo

A marca «Alfarroba.Tex» nasceu no final de fevereiro último com um têxtil de alfarroba substituto do couro animal. A designer de moda Mónica Gonçalves, responsável pelo projeto, revela ao barlavento que o pedido de patente já foi feito. «Está agora a ser analisado e aguardo que passe a ter um código de patente para depois se tornar estado de arte. Isso significa que vai passar a ser um artigo científico protegido, que pertence à Mónica Gonçalves, mas que pode ser de consulta para outras pessoas. Só pode é ser comercializada pelo autor e requerente da patente, que sou eu», explica.

Fio de couve para substituir a lã

Foi aos 21 anos que Mónica Gonçalves, designer de moda e criadora da marca «Alfarroba.Tex», criou o seu primeiro material inovador, um fio de cortiça, com o objetivo de substituir a lã. «Na altura, há 12 anos, a cortiça servia para bases de panelas, tachos e rolhas de garrafas. Quando lancei o fio, a adesão foi muito grande e foi um caso de sucesso em Portugal. Hoje já não produzo esse fio, e agora o meu maior foco é o têxtil de alfarroba. As encomendas do fio de cortiça começaram a ser de tal maneira grandes, que decidiu-se colocar a patente para venda. Vai agora para outros voos». Na calha está, neste momento, um fio de couve, «no qual já estou a trabalhar e irei precisar de maquinaria para afiar o produto», revela ao barlavento.

Couro de casca de banana valeu prémio europeu

Antes mesmo de nascer a «Alfarroba.Tex», e em plena pandemia, Mónica Gonçalves, especialista em desenvolvimento de materiais naturais, criou o seu primeiro substituto de couro animal, produzido com casca de banana, o «Pacoba.Tex». «Trata-se de um material que produzo desde 2020. Comecei por fazer umas capas de livro inovadoras para a marca Sonae com casca de banana, e acabei por ser convidada por uma empresa italiana a participar num concurso de inovação e a desenvolver um material análogo. Criei esse couro e ganhámos o prémio europeu de inovação», refere. Foi um know-how que inspirou a criação da recente «Alfarroba.Tex», mas que, de acordo com a designer, «apesar de ter tido sucesso», não se compara com a sua última criação. Ainda assim, já se encontra em estado de arte e, por isso, patenteada.

Afirmar um produto português e inovador não é fácil

«Só começámos a ter orgulho na cortiça depois da cantora norte-americana Pink ter exibido uma mala feita com esse material. É preciso muito tempo para a afirmação de um produto português», opina ao barlavento Mónica Gonçalves, a designer responsável pela criação da nova marca «Alfarroba.Tex».

«O que vejo são apoios para empresas que já têm milhões de faturação e, as mais pequenas, onde existe a verdadeira génese da inovação, nunca têm tantas oportunidades, o mesmo apoio e a mesma visibilidade». Em relação à sua experiência pessoal, Gonçalves considera-se uma privilegiada, «no sentido em que já tenho 12 anos de alguma experiência em como me devo mexer no terreno. A minha primeira coleção foi desenhada enquanto ainda estudava. Sou privilegiada porque sei como colocar um produto no mercado. Todos os percursos têm desafios, mas quando se trabalha com inovação há sempre um desafio acrescido, porque há uma grande margem de risco», conclui.