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A Confederação Nacional de Agricultores (CNA) afirma que “continua em marcha a tentativa de tirar a propriedade aos pequenos e médios produtores”. Em comunicado, os agricultores explicam que, na sua visão, tal acontece com a “promoção da concentração e facilitação da gestão dos prédios rústicos”, em nome da “salvação da Floresta Nacional e do Território, desta feita com a criação de um Grupo de Trabalho com o objetivo de tecer recomendações e propostas”.

Para a CNA, tal confirma “a obsessão do Governo em fazer das vítimas culpados”. “Primeiro foram as culpas pelos graves incêndios que Portugal e pela ‘desorganização’ do território; depois vieram as multas elevadíssimas para quem não ‘limpasse’ as propriedades, coagida pelo medo; mais tarde as terras ‘indivisas’; depois o ‘arrendamento forçado’, e agora é uma nova etapa do assalto ao direito à propriedade da terra pela ‘reorganização burocrática da propriedade’, consideram os agricultores.

Na opinião da organização está-se na prática a “tirar aos pequenos para dar aos grandes”. “Mais do que instrumentos jurídicos e fiscais que incentivem o redimensionamento e a concentração da propriedade, é preciso que se pague a madeira a preços justos, rompendo com o monopólio das grandes empresas da cadeia de valor, que esmagam o preço no produtor e secam as alternativas de escoamento”, defendem.

A CNA conclui que “o desenvolvimento do País e o ordenamento do território, a recuperação da paisagem rural e a dinamização económica e social passa por mais apoio aos pequenos e médios agricultores e produtores florestais e mais pela fragmentação das grandes monoculturas, do que pela concentração, como pode ser a gestão da floresta em mosaico”.

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