quarta-feira, 17 de março de 2021

Uma pedra no charco... - Acordei a sonhar... e sem medo de dizer o que há muito penso.


 


António Jorge in facebook


Uma pedra no charco...
- Acordei a sonhar... e sem medo de dizer o que há muito penso.
O marxismo não é apenas uma doutrina política e ciência económica
- O marxismo é uma nova forma de concepção global de e para toda a humanidade e o Mundo... E que se mantém actual.
- Enquanto não perceber-mos isto... tudo o que fazemos na nossa luta... é o de nos contentar-mos em dar umas agulhadas no cu do capitalismo nacional e internacional... apenas.
Os nossos objectivos não podem ser só, andar a correr atrás do prejuízo... que é o que fazemos desde o fim da União Soviética.
Estamos desligados da massa global... Não existe uma organização nem um objectivo global de luta pela humanidade, como uma só.
Por onde ande a velha máxima de Marx nos tempos modernos?
Trabalhadores de todo o Mundo Uni-vos?
- Não percebemos o Mundo e as suas constantes mutações, falamos de dialéctica e deixamos de perceber e entender o momento, as transformações económicas, sociais e culturais e não intervimos na mudança de paradigma... e assim, como construir o futuro próximo ou distante?
- Vivemos sempre atrasados no momento.
Na sociedade das novas tecnologias... andamos ainda à procura de entender o fim da revolução industrial, e que já ocorreu há cerca de 40 anos.
- Ainda não se entendeu bem porque falhou a luta dos mineiros ingleses nos anos 80, contra a neo-fascista, Margaret Thatcher, o que se passou em Gdansk e o que foi o sindicato solidariedade de Lech Wakleza na Polónia, porque João Paulo II, foi nomeado Papa... e consequentemente como e porque ruiu a União Soviética.
E o porquê da vitória do capitalismo de máxima exploração dos trabalhadores e dos povos, o neo-liberalismo de casino da escola de Chicago?
Porém, uma coisa é a força desproporcionada do capitalismo renovado e global que esmaga todas as tentativas da humanidade, por formas subtis, e até eleitoralistas... ou pela chantagem, o medo ou a guerra... Mas devemos reconhecer, que muito, também são consequência de não fazer-mos tudo o que podia-mos para resistir... por erros nossos.
- Ainda não entendemos os contributos teóricos dados ao marxismo, por grandes dirigentes políticos da ideologia marxista, como António Gramsci, nomeadamente na concepção da luta unitária e da compreensão da alteração da composição das classes sociais, e que estão intimamente relacionadas com a alteração dos modos e o modelo de produção no tempo e no espaço.
Continuamos agarrados à velha e ultrapassada regra de ouro... e não percebemos que isso já não faz sentido, desde há algumas décadas.
Não percepcionamos ainda a mudança de paradigma... nem porque hoje o comércio e serviços é o maior empregador da humanidade no Mundo.
- Ainda mantemos as mesmas análises e práticas baseados nos pressupostos e nos mesmos conceitos do passado vindos dos tempos da luta na fase da revolução industrial.
Por isso, não devemos ficar surpresos da falta de conhecimentos teóricos ideológicos por parte da massa militante, nem sobre as teorias marxistas e das práticas leninistas.
Fomos surpreendidos e não tínhamos quadros suficientes após a revolução do 25 de abril de 1974, o que era verdade e se aceita devido às condições políticas existente durante uma feroz ditadura de 48 anos... E agora?
- Depois de 45 anos de democracia, qual é a razão afinal da falta de quadros, nos planos políticos e sindical.
A política para ser compreendida obriga aos domínio das várias ciências sociais e históricas.
- Desde a cultura antropologica dos povos, ao conhecimento do processo histórico, à sociologia social e psicologia de massas, à compreensão dos vários poderes hegemónicos e à geopolitica... para se perceber quem somos, e onde estamos e o que podemos fazer, por nós e pelo Mundo.
A dialéctica continua e o Mundo não pára nunca... as formas de poder vão mudando e ajustando-se a novos tempos e outros contextos... e já devia-mos saber todos, que qualquer evolução do Mundo para melhor, já não é feita em função do passado mas do presente e do futuro.
Uma coisa é preservar as heranças e os valores em que assenta a nossa luta e identidade histórica de classe.
- A outra, é esperar que a história se repita... e até pode vir a repetir-se... mas numa nova realidade geo-política e num outro contexto dominante do modo de produção e cultura social, formatada e dirigida pelos meios... do poder político, económico e financeiro... e da informação tutelada e organizada ao serviço dos poderosos e de novas alienações.
Aprender, Aprender, Aprender - Lenine!
António Jorge

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