As empresas de grande distribuição Jerónimo Martins e Sonae não pagaram o valor integral do subsídio de Natal de 2020 aos trabalhadores que estiveram em assistência a filhos, denuncia em comunicado o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (CESP/CGTP-IN).

Sublinhando que estes trabalhadores, na sua maioria mulheres, não estiveram em casa «por opção» mas em virtude do encerramento das escolas e jardins de infância no âmbito das medidas de combate à epidemia, o sindicato defende que as empresas não podem «imputar responsabilidades» aos trabalhadores e prejudicá-los nos seus rendimentos.

O CESP sublinha que se trata de trabalhadores que estiveram «sempre na linha da frente» e que recebem, na sua maioria, o salário mínimo nacional.

Por outro lado, não compete à Segurança Social pagar a prestação compensatória de subsídio de Natal, na medida em que pagar os duodécimos de subsídio de Natal referentes ao período em que os seus trabalhadores estiveram a receber o apoio à família é responsabilidade das entidades empregadoras, lembra a organização sindical.