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domingo, 18 de outubro de 2020

A CHINA E A DESTRUIÇÃO DO PALÁCIO DE VERÃO*

  





























Como que dando um derradeiro aperto de alicate no debilitado império chinês, lorde Elgin o comissário britânico para os assuntos do Oriente, no final da Segunda Guerra do Ópio (1856-1860), determinou que no dia 18 de outubro de 1860 o exército franco-britânico destruísse totalmente o Palácio de Verão do imperador. Deste modo, foi-se para sempre uma das maravilhas do mundo, forçando os chineses a engolir mais uma amarga porção da taça de humilhação que o colonialismo lhes preparou.

O PALÁCIO DE VERÃO DO IMPERADOR

Antes de tudo, o que os chineses chamavam de Jardins da Perfeita Claridade ou simplesmente de Jardins Imperiais, eram enormes, estupendos. Cinco vezes mais extensos do que a Cidade Proibida, morada oficial do imperador em Pequim, e oito vezes o tamanho do Vaticano, sede do Papado em Roma. Os seus prédios haviam sido projetados por arquitetos europeus, o jesuíta italiano Giuseppe Castiglione e pelo francês Michel Benoist, pessoalmente selecionados pelo imperador Qianlon (1736-1796).
Os dois maiores templos eram denominados de Virtude Budista e Mar da Sabedoria, havendo ainda uma torre erguida ao Incenso Budista.
Os jardins tinham nomes etéreos: o do Brilho Perfeito, da Eterna Primavera e do Espírito Elegante, estendidos por quase 300 acres. Tanto o antigo palácio de verão (Yiuan Ming Yuan), como o novo (Yihe Yuan), produto do restauro ordenado pela imperatriz Cixi Dowager (1861-1908), distanciava-se oito quilômetros dos muros da capital e doze do seu centro.






Não pouparam recursos para deixar os interiores dos edifícios confortáveis e extremamente luxuosos. Victor Hugo , que soube da existência deles por relatos que lhe fizeram, disse que eram “um sonho construído em mármore, jade, bronze e porcelana.” De certo modo, vinha a ser o Palácio de Versalhes da dinastia Qing, construído ao longo dos séculos XVIII e XIX.
Como uma das pequenas jóias daquela arquitetura que visava o fabuloso e o magnificente, destacava-se o belvedere construído a beira do lago Kunming dedicado ao Deus da Literatura, local de repouso e de leitura. O escritor francês comparou aquilo tudo com as pirâmides do Egito, o Coliseu de Roma, e mesmo com a catedral de Notre-Dame de Paris. Um orgulho da humanidade, uma maravilha sem fim. Todavia seus dias estavam contados.
(*) A primeira carga de ópio a chegar na China, chamada pelo próprio diretor da Honourable East India Company , a Companhia Britânica das Índias Orientais, como “mercadoria perniciosa” , deu-se em 1781. Devido ao déficit gerado pela importação de chá e de porcelana, produtos que caíram no gosto da sociedade inglesa, os britânicos decidiram se compensar vendendo-lhes ópio em troca (produto extraído das plantações de papoula existentes no Bengal, ao norte da Índia, controlada pela Companhia das Índias desde a bata1ha de Plassey de 1757).

Imagens raras datadas de 1860
Ruínas do Palácio de Verão

A SEGUNDA GUERRA DO ÓPIO

1856 - 1860

Papoula






























O Império da China já havia capitulado anteriormente frente aos britânicos durante a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842), assinando então o primeiro dos acordos que muito o infelicitaram: o Tratado de Nanquim de 1842, que praticamente o forçou a ser importador permanente de ópio, além de ter que ceder uma das suas ilhas, Hong Kong, situada na embocadura do rio das Pérolas, no sul do país, aos traficantes ingleses. Além disso, teve que aceitar a presença deles nos portos de Cantão, Amoy, Foochowfoo, Ningpo e Xangai. Arrematado com a exigência do imperador comprometeu-se a pagar uma indenização de guerra no valor de U$ 21 milhões de dólares. Inclusive os traficantes ingleses que tiveram suas mercadorias apreendidas e destruídas por Liu Zexu, um diligente mandarim, foram generosamente “indenizados”.
Todavia, o governo chinês continuava negando-se a aceitar embaixadores na sua capital ou a conceder outros portos situados mais ao norte para que os ingleses ampliassem seus negócios.
Bastava pois um pretexto qualquer para que as forças colonialistas se lançassem numa nova guerra, visto que tinham certeza da imensa fraqueza da marinha e do exército chinês frente à superioridade bélica e o poder dos barcos a vapor dos ocidentais. E tal oportunidade surgiu resultante do desentendimento provocado por um barco de contrabandistas chineses, o Arrow, que navegava sob a proteção da bandeira britânica. Incidente que ocorreu no dia 8 de outubro de 1856. O cônsul britânico de Cantão (hoje Guanzhou) alegou num relatório enviado ao parlamento em Londres que a flâmula de Sua Majestade fora injuriada pela polícia chinesa que se negou a apresentar desculpas.
Foi o que bastou para uma nova declaração de guerra fosse anunciada contra Pequim. Todavia, os britânicos não queriam marchar sozinhos. Para tanto, ofereceram a oportunidade para que Napoleão III se juntasse a eles. A recente morte de um sacerdote francês, padre Augustin Chapdelaine, numa cadeia chinesa, ocorrida em fevereiro daquele mesmo ano, serviu-lhe de pretexto para irmanar-se à gente da rainha Victória em mais uma campanha expedicionária contra a China.
Sob o comando do lorde Elgin e do barão de Gros, a começar por Cantão, quase toda a China meridional caiu nas mãos dos colonialistas em menos de um ano. Em 1858 foi a vez dos fortes do Norte serem submetidos um a um ao poder invasor. Muitos deles defendidos por generais acovardados e incompetentes que abandonaram as muralhas à primeira rajada de tiros dos canhões dos colonialistas. A estrada para a capital imperial estava então aberta.

Fumando ópio

MAIS UM TRATADO INFAME

Mas antes de ocupar a capital imperial as potencias vitoriosas impuserem um novo tratado aos chineses: o múltiplo Tratado de Paz, Amizade e Comércio de Tiansin, assinado em 26 de junho de 1858, determinando em seus pontos principais que:

a) a Grã-Bretanha, a França, a Rússia e os Estados Unidos tivessem o direito de estabelecer ligações diplomáticas em Pequim;

b) mais dez portos fossem abertos ao comércio estrangeiro;

c) os barcos estrangeiros pudessem navegar pelo rio Yangtze;

d) os missionários cristãos pudessem adentrar no interior da China;

e) o governo chinês deveria indmenizar seus agressores em dois milhões de taels (medida chinesa) de prata a cada um deles;

f) por igual, deveria indenizar no mesmo valor, isto é, dois milhões de taels, os comerciantes ingleses por danos sofridos durante a guerra. A guerra ainda não cessara.

O Imperador Xian Feng resistiu a colocar sua assinatura em tal sucessão de afrontas, o que levou a que uma nova expedição militar anglo-francesa, comandada pelos generais James Hope Grant e Cousin-Montauban, navegasse em direção ao golfo de Bohai com 17.700 soldados, transportados em 173 barcos. O destino da desditosa China viu-se decidido na batalha de Palikao, travada nas proximidades da capital imperial, no dia 21 de setembro de 1860.

A CHINA E A DESTRUIÇÃO DO PALÁCIO DE VERÃO

Colonialistas em Pequim

Com apenas 1/3 das forças dos chineses (eram 10 mil contra 30 mil) os colonialistas abateram-nas de modo impiedoso. Graças à superioridade técnica e a potência das suas armas, a cavalaria mongol foi destroçada pela fuzilaria anglo-francesa enquanto a infantaria foi posta a correr. Xien Feng, preservando-se, retirou-se da cidade deixando o príncipe Gong com a ingrata tarefa de negociar com os vencedores a capitulação da dinastia.
No dia 6 de outubro os invasores ocuparam a Cidade Proibida em Pequim e, num primeiro momento, submeteram ao saque um dos palácios imperiais. Em seguida, arrancaram das autoridades locais que haviam restado a chamada Convenção de Pequim, acertada em 18 de outubro de 1860, que, além de confirmar os artigos danosos do tratado de Tiansin, alienou ainda mais territórios aos estrangeiros. Pelo imperador chinês ter encarcerado alguns negociadores britânicos e morto outros 20 homens brancos (inclusive um repórter do Times de Londres), lorde Elgin engendrou uma brutal vingança.

A VINGANÇA DE JAMES BRUCE, 8ºLORDE DE ELGIN

O verdugo do Palácio de Verão do Imperador, Elgin







Naquele mesmo dia, o 18 de outubro, data infeliz para a história da cultura, ele determinou que 3.500 soldados adentrassem no Palácio de Verão com a tarefa de destruí-lo. Por três dias seguidos, não antes de pilhá-los, os pelotões anglo-franceses explodiram ou colocaram fogo nos magníficos edifícios. Os que se diziam representantes da civilização e da cultura a mais elevada da terra não hesitaram em agir como verdadeiros selvagens frente aos chineses. 








Imperador Xian Feng
O imperador Xian Feng, ainda que com apenas 30 anos de idade, não resistiu à dor e a indignação daquela derrota vindo a falecer no seu palácio em Jehol, em 22 de agosto de 1861.

REPERCUSSÕES

O então jovem capitão do regimento dos Engenheiros da Rainha, Charles Gordon (mais tarde famoso general colonialista, morto em Cartum, no Sudão, em 1885), se bem que lastimou a operação, que ele entendeu indigna do exército britânico, lamentou numa carta a um colega que seus homens encarregados da destruição dos palácios não tiveram tempo suficiente para por tudo a baixo. Pior ainda foi não terem conseguido levar as placas de fino ouro afixadas em muitas das paredes, pois confundiram-nas como simples latão.
Belvedere do deus da Literatura

Ruínas do Palácio de Verão do Imperador da China
Imagem de 1860

Ruínas do pouco que sobrou

Quando um oficial inglês conhecido de Victor Hugo mandou-lhe correspondência exaltando o feito, “honorável e glorioso”, das forças anglo-francesas delas terem arrasado com aquelas construções, o escritor se indignou. Considerou os jardins como uma obra-prima desconhecida pelos europeus, uma das grandes maravilhas que se encontrava numa das esquinas do mundo oriental. Comparou o ato predador dos colonialistas à rapinagem de dois bandidos, “um chamado França e o outro Inglaterra”, que entram num museu para depredá-lo, retirando-se em seguida de mãos dadas carregando várias sacolas com o produto do saque. Esperava que a França algum dia devolvesse o botim à China.
Ele foi um dos poucos intelectuais europeus do seu tempo a entender que as potências ocidentais, sempre tão ciosas de serem vistas como paradigmas da civilização, haviam cometido um crime de lesa-cultura de dimensões incalculáveis. 

(Ao capitão Butler /Hauteville House, 25 November, 1861).


Hauteville House, 25 de novembro de 1861.

(…) segundo o senhor, a expedição da China, sob o duplo estandarte da rainha Vitória e do imperador Napoleão III, é uma glória a ser dividida entre a França e a Inglaterra. O senhor deseja saber qual é a aprovação que crédito a vitória.
Já que o senhor quer saber, aqui está:  era uma vez uma maravilha do mundo; esta maravilha se chamava Palácio de Verão. (…) Esta maravilha desapareceu. Um dia, dois bandidos entraram no Palácio de Verão.  Um o pilhou e o outro, o incendiou.
(…) Todos os tesouros das nossa catedrais reunidas não se igualam ao esplêndido e formidável museu do oriente.  Lá, não havia somente obras-primas, mas também um depósito de ourivesarias.
Pagode do Palácio de Verão incendiado a mando do 8º Lorde de Elgin

Elgin e sua quadrilha

Grande feito, bom ganho. Um vencedor encheu os bolsos, no que o outro viu, encheu seus cofres; voltaram para a Europa, de braços dados dando gargalhadas.
Esta é a história de dois bandidos.
Nós Europeus, somos civilizados, e para nós, os chineses são bárbaros.  Isto é o que civilização fez à barbárie.
Diante da história, um bandidos se chamará França e o outro, Inglaterra.
(…) Espero que um dia virá quando a França, livre e limpa, devolverá o saque à China espoliada. Enquanto esperamos, constato: existe um roubo e dois ladrões. Está é, meu senhor, a aprovação que faço à expedição à China.
Victor Hugo

Karl Marx, em artigos ao New York Daily Tribune, cobrindo os eventos do Extremo-Oriente, ateve-se às questões comerciais e económicas da Segunda Guerra do Ópio, não emitindo opinião sobre o ato de vandalismo dos europeus contra o patrimônio histórico da China.
No entender dele, um exaltado admirador da globalização, o grande mérito da agressão britânica foi ter posto a baixo o Império Celestial que até então teimosamente se negava a fazer parte do comércio internacional. Era uma excrescência bárbara que tinha que ser arrancada do seu torpor e trazida ao mundo moderno ainda que fosse pelo constrangimento dos canhões. O capitalismo, afinal, era muito superior ao despotismo oriental. Numa das suas frases que ficou famosa, acreditou que a história tinha decidido primeiro drogar os chineses para que assim, mais tarde, “eles pudessem vir a romper com sua estupidez hereditária”.

CHINA : PRINCIPAIS TRATADOS & AMP; CONCESSÕES (1842 - 1901)

1842 - Tratado de Nanquim , assinado em 29 de agosto de 1842: a China concede à Inglaterra, em razão da sua derrota na 1ª Guerra do Ópio, a abertura de cinco portos (Cantão, Fuzhou, Xiamen, Ningbo e Shangai), a entrega a ilha de Hong Kong em caráter perpétuo e uma indenização aos traficantes expropriados por Lin Zexu, no valor de 6 milhões de liang de prata, além disso pagam mais 12 milhões aos ingleses como despesa de guerra. Pelo Tratado complementar de Hu-men, de 1843, a Inglaterra recebe o tratamento de nação mais favorecida, fazendo com que suas mercadorias paguem apenas 5% de imposto ad valorem.

1844 - Tratado de Wangxia: assinado com os E.U.A. em fevereiro de 1844, onde todos os privilégios concedidos aos ingleses são estendidos aos americanos , inclusive o direito de enviar barcos de guerra aos portos abertos ao comércio para proteger os interesses dos negociantes americanos.

1844 - Tratado de Huangpu: assinado com a França , em outubro de 1844. Confirma os privilégios concedidos nos tratados anteriores, mais o fim da proibição de difundir o catolicismo nos portos abertos ao comércio.

1858 - Tratado de Tianjin: tratado múltiplo, assinado em junho de 1858, com a Grã-Bretanha, Rússia, E.U.A.e França, como resultado da derrota chinesa na 2ª Guerra do Ópio (1856-1860). Estabelecimento de legações estrangeiras em Pequim. Abertura de mais 10 portos chineses ao comércio internacional ( Niuzhuang, Dengzhou, Tainan, Danshui, Chaozhou, Qiongzhou, Hankou, Jiujiang, Nanjing e Zhenjiang). Permite-se o livre trânsito dos estrangeiros, particularmente dos missionários cristãos, pelo interior do país e a livre navegação dos barcos de guerra. Fixa-se uma indenização de guerra a ser paga à Inglaterra e à França (4 milhões de onças de prata à primeira e 2 milhões à segunda). Dois outros tratados posteriores, o sino-britânico e o sino-francês, em 1860, aumentaram seu valor para 8 milhões de onças de prata. Os ingleses ampliaram seu domínio na região de Hong Kong ao se apropriarem da península de Kaulun. Legalizou-se em definitivo o comércio de ópio e os ingleses assumiram em conjunto com os chineses a administração alfandegária. Em 1860, outorgou-se a sir Robert Hart o cargo de Inspetor Geral das Aduanas, posição que ele manteve até 1908.

1858 - Tratado de Aihui, assinado com a Rússia, em maio de 1858, que, complementado com uma série de outros tratados , fizeram a China ceder 1.500.000 km2 do seu território. Mais tarde, em 1881, pelo Tratado de Yili, mais 90 mil km2 foram entregues aos russos., juntamente com os portos de Vladivostok e Port Arthur.

1895 - Tratado de Shimonoseki, assinado com o Japão, em abril de 1895, como resultado da derrota chinesa na guerra sino-japonesa de 1894-5. China cedeu a península de Liaodong ( mais tarde arrendada à Rússia por 25 anos), a ilha de Taiwan ( Formosa) e mais 235 pequenas outras ilhas, o arquipélago de Penehu ( ilhas dos Pescadores) e uma indenização de 200 milhões de liang de prata. Abriu também as cidades de Shanshi, Chongqing. Suzhou, Hangzhou e aceitou a tutela definitiva do Japão sobre a Coréia.

1897 - Arrendamento da baía de Jiazhou por 99 anos à Alemanha, bem como a permissão da construção de uma estrada-de-ferro ligando Jiaozhou a Jinan, com direitos de exploração das minas encontradas a 15 km de cada lado dela. Depois do Tratado de Versalhes, de 1919, a China reivindicou o controle dessa região, mas as potências coloniais entregaram-na ao Japão. Isso provocou o Movimento de Maio de 1919, início histórico da rebelião estudantil- nacionalista chinesa no nosso século contra o domínio colonial.

1899 - Política de “portas abertas” proposta pelo presidente Theodor Roosevelt dos E.U.A., segundo a qual todo o país que tivesse obtido concessões junto à China deveria partilhá-las com os outros, proclamando-se a “igualdade de oportunidades” e uma “divisão conjunta dos benefícios ”. Os governos da Inglaterra, Rússia, Alemanha. Japão e. Itália e França aceitaram.

1901 - Protocolo dos Boxers ( Movimento Yiethuan), assinado em 7 de setembro de 1901, pelo governo Qing da imperatriz-viúva Cixi, com as 8 potências colonialistas, como resultado da sangrenta intervenção militar conjunta delas em Pequim para sufocar a Rebelião Nacionalista dos Boxers (Yiethuan) que cercara as legações estrangeiras na capital imperial. Indenização de 450 milhões de taéis, ou U$ 333 milhões de dólares, a ser paga pelo governo Qing durante os 39 anos seguintes, até dezembro de 1940, quando, numa escala ascendente, atingiria a quase 1 bilhão de taéis. O governo imperial ficou também encarregado de executar a machado e à espada as principais lideranças do levante nacionalista dos boxers.
Boxers prsioneiros

Barbárie contra os prisioneiros boxers 

Farrapos humanos
Boxers prisioneiros

Líderes executados a "machado e à espada"
Ao fundo, em uniformes europeus, fiscais do bárbaro imperialismo
que cobriu a China no século retrasado de obscurantismo.
O "machado e a espada" tinham cumprido sua missão!

Boxers


Fortaleza de Dagu

























Doravante chineses não poderiam entrar nos bairros das delegações estrangeiras as quais poderiam acantonar suas tropas, bem como obrigaram os chineses a desmontar a fortaleza de Dagu. Na prática Pequim poderia ser ocupada quase que instantaneamente por qualquer guarnição estrangeira acampada nos seus arredores.






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