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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Portugal | Porque não te calas, Marcelo?



Rui Sá* Jornal de Notícias | opinião

Não morro de amores por Marcelo Rebelo de Sousa e acho que tem uma doentia necessidade de palco que não ajuda ao desempenho das funções de presidente da República. Esta necessidade de protagonismo faz com que apareça todos os dias a opinar e a ser filmado a propósito de tudo, num registo de dizer uma coisa e o seu contrário, sendo que o mais preocupante é descortinar, em tantas contradições, uma agenda própria que o faz dançar consoante os ventos da opinião publicada.

É o caso das sucessivas e diferentes opiniões de Marcelo sobre eventos em período de pandemia. A propósito das comemorações oficiais do 25 de Abril, defendeu-as, inicialmente, e até fez um interessante discurso na Assembleia da República. Mas, passado pouco tempo, veio dizer que não era aquilo (tal como as comemorações do 1.o de Maio) que pretendia e, desse modo, iria fazer umas comemorações do 10 de Junho mais restritas. Passadas essas comemorações, com um palco pindérico e uma plateia com oito pessoas (para cumprir o seu desejo), apareceu, eufórico, a anunciar a fase final da Liga dos Campeões em Lisboa, com uma plateia significativamente maior. Assistiu a um espetáculo no Campo Pequeno, com milhares de pessoas, onde referiu que a abertura, ou não, dos centros comerciais era matéria da esfera da DGS. Mais recentemente, e depois de se fazer filmar até à exaustão em férias (cumprindo, ou não, as regras sanitárias), foi à Feira do Livro de Lisboa fazer um apelo a que "muitos milhares" a visitem. Para, mais tarde, atacar a DGS pelo facto de não ser conhecido o plano sanitário para a Festa do Avante! - sendo certo que não foram tornados públicos os planos sanitários de nenhum outro evento, em particular daqueles que Marcelo visitou...

Como diria o seu amigo, caído em desgraça, "Porque não te calas", Marcelo?

*Engenheiro

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