sábado, 27 de novembro de 2021

Um povoado espanhol que foi sepultado nos anos 90 sob as águas de uma represa na província de Ourense, em Galiza, volta a emergir a cada ano


 

Um povoado espanhol que foi sepultado nos anos 90 sob as águas de uma represa na província de Ourense, em Galiza, volta a emergir a cada ano, e este não foi a exceção. As ruas, moradias e todo o mobiliário urbano do povoado de Aceredo afundaram depois do fechamento das comportas da barragem da hidrelétrica portuguesa de Lindoso, situada no rio Lima, que flui por Espanha e Portugal, em 8 de janeiro de 1992. Nessa época a barragem alcança níveis mínimos de 20%, mostrando casas destruídas carros enferrujados, árvores mortas e alguns equipamento no tanque.


Um povoado espanhol submerso reaparece depois de ficar 30 anos sob as águas
Como em tantos outros lugares, a construção da barragem de Lindoso, engoliu várias aldeias, no meio de uma revolta e de uma forte oposição dos habitantes locais.VÍDEO

Além de Aceredo, foram engolido outros quatro vilarejos. O convênio internacional, assinado em 1968 por Franco e Salazar e que procedia já dos anos vinte para o aproveitamento dos rios fronteiriços, supôs o fim para estes povoados.

Um povoado espanhol submerso reaparece depois de ficar 30 anos sob as águas
Depois de três décadas, os habitantes recordam perfeitamente aquele dia em que foram obrigados a deixar toda a vida para trás: casas, celeiros, hortas, mas também o cemitério. A Igreja foi salva. E os corpos dos falecidos também foram desenterrados. Agora, algumas famílias moram em cidades próximas, enquanto outras optaram por ir embora.
Um povoado espanhol submerso reaparece depois de ficar 30 anos sob as águas

Alguns poucos se entrincheiraram, se negando a deixar o local. Eles achavam que a água não fosse finalmente a chegar ou resistiam a deixar para trás a herança de seus antepassados. A água chegou e tiveram que sair correndo no meio da noite para não serem engolidos também.


VÍDEO

Ainda hoje, alguns ex-moradores acham que o dinheiro da expropriação não compensou a perda de suas raízes. A história, que é parte da memória desta região, chegou ao formato audiovisual. O documentário intitulado "Os dias afogados", de 2015, narra o afundamento, a partir de gravações caseiras. Um trabalho que ficará para sempre na memória dos habitantes.


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