segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O Orçamento mais à esquerda


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Foi dito e redito ao PS e publicamente que antes de se discutir o Orçamento era necessário que se concretizasse o que estava inscrito e aprovado no Orçamento de 2021designadamente no investimento publico e o que tinha sido acordado

Contas feitas  há cerca de 700 milhões de cativações e reservas Orçamentais  feitas por Leão teleguiado por Centeno um prosélito do Euro grupo, desfigurando o Orçamento de 2021. Daqui por umas semanas teremos Leão a dizer que o défice foi menor do que o estimado e lá virão os aplausos da ortodoxia neo liberal da UE e da Alemanha. 

Isto depois de termos atravessado a fase mais aguda da pandemia ,  quando a economia mais precisava do investimento público e em que o SNS se encontra profundamente debilitado e a sofrer a maior ataque dos privados em relação aos recursos humanos .

Isto dos mesmos que ainda há poucos dias sublinhavam a afirmação de Jorge Sampaio de que há mais vida para além do défice...

Um Orçamento mais à esquerda da dita geringonça diz António Costa para consumo externo sem nos explicar as razões das quebras no investimento e das cativações e sem se comprometer a que estas não teriam lugar em 2022 especialmente em áreas importantes como por exemplo a da habitação

Quanto às matérias que não estão incluídas no Orçamento , matéria laboral e salário mínimo é uma evidencia que é no debate do Orçamento quando o governo precisa claramente da sua aprovação que se pode amarrar o PS a compromissos muito concretos sobre aspectos decisivos . Sem esse compromisso o PS procurará os votos da direita como o fez amiúde e nunca estes lhes faltarão como nunca lhe faltaram.

A proposta para o salário mínimo do PCP a cumprir faseadamente   era desajustada , incomportável , irrealista ? Não não era .

Depois queixam se de que há falta de mão de obra e que os jovens qualificados em que o país investiu vão para o estrangeiro...

Sabemos o que é um PS à solta . Um exemplo recente expresso em resolução de Conselho de ministros sobre os CTT em que por pressão do grupo Champalimaud  em que no futuro " os parâmetros de qualidade de Serviço Postal Universal e os objectivos de desempenho passam a ser definidos pelo concedente" deixando de ser fixados pela ANACOM como prevê a Lei  Postal. E não têm vergonha!!!

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