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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Ministra rejeita acusações de ″berros″ e ″bullying″ contra funcionários de Loja do Cidadão


 www.tsf.pt 



Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, é acusada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado de ter "destratado" os trabalhadores de uma Loja do Cidadão, dados os tempos de espera registados no serviço. A ministra rejeita todas as acusações, dizendo que se limitou a fazer cumprir o despacho que estabelece as normas para atendimento presencial nestes espaços.

Arménio Maximino, do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado, acusa a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, de ter tido uma "atitude completamente autoritária, sem nenhuma razão, à frente de todos os utentes", contra os funcionários de uma Loja do Cidadão em Lisboa. O episódio terá acontecido há uns dias, contou o sindicalista à TSF. "No sábado, a senhora ministra da Administração Pública, Alexandra Leitão, foi à Loja das Laranjeiras."

Foi na Loja do Cidadão das Laranjeiras que, segundo Arménio Maximino, a governante se terá revoltado contra os tempos de espera e as filas no local. "Enquanto membro do Governo, em vez de lá ir dar uma palavra de apreço aos trabalhadores que dão o seu melhor e têm os meios que ela própria não dá, foi lá destratar os trabalhadores", critica o responsável do sindicato, que caracteriza o acontecimento como um "episódio lamentável que envergonharia qualquer ditador".

"A senhora ministra, tanto quanto sabemos, começou aos berros contra os funcionários, porque havia filas, porque um senhor estava à espera há 11 horas para ser atendido..." Arménio Maximino contrapõe, no entanto, que "há milhares de pessoas que não estão há 11 horas, estão há meses à espera de serem atendidos", dada a falta de meios e de recursos humanos que se tem vindo a agravar.



SOM ÁUDIO




O representante do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado exorta, por isso, a ministra e o Governo a recrutarem novos trabalhadores, "em vez de fazerem bullying àqueles que diariamente dão o seu melhor e a quem não dão os meios necessários para poderem fazer as suas funções".

"O Governo e as ministras da Administração Pública e da Justiça já receberam um sem número de missivas da nossa parte, denunciando o problema, propondo soluções. Até hoje, é um silêncio absoluto."

Em resposta à TSF, o gabinete da ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública confirmou a presença da governante no estabelecimento de Laranjeiras, pelas 14h00, do dia 4 de setembro, sábado, mas rejeitou todas as acusações "feitas pelo sindicato". A ministra dirigiu-se ao local, depois de advertida pela Agência para a Modernização Administrativa, entidade gestora das Lojas do Cidadão, acerca do tempo de espera de um cidadão, que se encontrava à mais de 10 horas a aguardar para ser atendido para a emissão de passaporte.

Nesta nova modalidade de atendimento ao público, após a retomada da prestação do serviço presencial, passam a ser distribuídas senhas diárias para atendimento espontâneo. Para dar cumprimento a esta distribuição, "a ministra deu indicação para que o cidadão fosse atendido imediatamente, até porque havia poucas pessoas a aguardar e, por isso, não haveria motivo para se manter o cidadão mais tempo à espera", revela a nota enviada à TSF pelo gabinete de Alexandra Leitão.

"A ministra demonstrou a sua preocupação com a necessidade de responder aos cidadãos em tempo razoável, o que não estava a acontecer naquele caso em particular", acrescenta o esclarecimento. O gabinete da ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública também aproveita para reconhecer que "os constrangimentos provocados pela pandemia aumentaram muito a pressão sobre os serviços", mas assinala que a ministra considera "que o cumprimento do seu despacho não pode ser posto em causa, uma vez que se trata de assegurar a qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos".

"A ministra rejeita ainda todas as acusações feitas pelo sindicato, tendo se limitado a velar pelo cumprimento do que estava estabelecido no despacho", conclui a nota.

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