São duas páginas de internet quee dizem ser a solução para quem não se quer vacinar. Se for validado o certificado não é válido, mas em troca de dinheiro, os promotores dizem ser capazes de os fornecer.

O funcionamento do "Laboratório Santa Liberdade" é muito simples. O internauta apenas tem de decidir se quer receber um Certificado Digital falso ou um Teste PCR também falso.

Rui Duro, diretor em Portugal da empresa de cibersegurança Checkpoint Software explica que "os certificados não têm qualquer validade. Basta instalar a app Passe Covid para fazer a validação e ela de imediato anuncia que o certificado não é válido".


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Documentos inválidos, mas que à primeira vista parecem reais. Só verificando o código QR através das apps oficiais é que se torna óbvio que o documento é falso e esse tipo de verificação raramente é feita. São poucos os restaurantes, recintos de espetáculos e até aeroportos onde essa verificação informática ocorre.

Mas os sites prometem mais. Na versão gratuita os códigos são invalidos, no entanto, as páginas garantem conseguir disponibilizar certificados válidos: "Tomou a vacina e tem um certificado digital de vacinação válido? Nós pagamos por cada certificado! Partilha o seu certificado e receba até 100€."

Rui Duro afirma que pode não ser simples à Polícia Judiciária encontrar os responsáveis. Tudo depende de onde a página está alojada, diz o perito: "Se estes servidores se encontrarem em território nacional será mais simples à polícia judiciária chegar até aos responsáveis. Se eles se encontrem em países de leste ou algumas zonas asiáticas, então será muito complicado".

Na prática, são até dois sites que disponibilizam o mesmo serviço. Ambos parecem pertencer a uma organização que se apelida de "resistência portuguesa". Uma das páginas tem como domínio a expressão LOL, que em inglês significa Rebolar a Rir.

O tom humorístico tem um outro momento. Sempre que o utilizador entra no site, aperece um nome já previamente preenchido. Entre eles aparecem Graça Freitas, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa.