quarta-feira, 5 de maio de 2021

A incrível imortalidade da hidra de água doce


 

Um episódio da série "Deep Look", da KQED, examina a hidra, um organismo minúsculo e aparentemente imortal que vive em águas doces tropicais. A hidra não tem olhos nem cérebro, mas tem uma boca grande e uma capacidade fantástica de regenerar cada parte de si mesma, apesar dos ferimentos mais catastróficos. Isso se deve à grande quantidade de células-tronco. De facto, estes organismo cnidários são toda uma dor de cabeça para aquaristas e podem facilmente devastar todo um aquário.


A incrível imortalidade da Hydra de água doce

Não é a toa que ela tem o nome de um monstro de muitas cabeças da mitologia grega. Corte uma cabeça e duas vão crescer em seu lugar. Esse mito não está muito longe das habilidades de desafiar a morte da hidra de água doce.

Elas são primas da água-viva, medusas e caravelas, a hidra vive em água doce. Seu corpo é uma coluna oca com paredes de apenas duas células de espessura. Sua cabeça é apenas um monte de tentáculos ao redor de uma boca, sem olhos ou cérebro.





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A hidra pode se reproduzir sexualmente também, mas na maioria das vezes, elas apenas clonam a si mesmas. Ela está constantemente regenerando seus próprios corpos também, substituindo todas as suas células a cada vinte dias. As hidras pode fazer isso porque aproximadamente metade das células em seus corpos são células-tronco que podem se desenvolver em todos os diferentes tipos de células especializadas que você precisa para construir ou reconstruir um corpo.

Nos corpos humanos elas são apenas uma pequena porcentagem e ademais nossas células-tronco se degradam com o tempo. Este é motivo de envelhecermos. Mas uma hidra pode fazer cópias quase perfeitas de suas células-tronco... basicamente para sempre. Isto é chamado de não senescência, a imortalidade biológica.

Ter todas essas células-tronco permite que a hidra se recupere de todos os tipos de danos. Uma hidra cortada na metade, por exemplo, em poucos dias serão duas hidras perfeitas.

A hidra faminta estende seus tentáculos para agarrar a presa nadadora. Arpões microscópicos fisgam a larva injetando neurotoxinas paralisantes. Então, engole a presa inteira. A hidra usa esses nutrientes para fazer mais hidra. O seguinte vídeo mostra uma hidra comendo a larva de um mosquito.


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Os pesquisadores esperam aproveitar a capacidade da hidra de se regenerar para, algum dia, retardar o envelhecimento humano ou até mesmo regenerar órgãos danificados. Talvez esse minúsculo monstro um dia nos mostre o caminho para a fonte mítica da juventude.


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