O número de mortes em Portugal no ano passado foi o mais alto desde há 100 anos. Os dados do eVM (sistema de vigilância da mortalidade em tempo real que analisa os certificados de óbito), relativos a 1 de janeiro, indicam que morreram em Portugal no ano passado 123.667 pessoas.
De acordo com o JN, esta subida no número de mortes compara com as 144 mil pessoas que morreram em 1920, indicam os dados que constam nos arquivos do Instituto Nacional de Estatística (INE). Tal como o ano passado fica associado à pandemia de Covis-19, os anos de 1918 a 1920 foram marcados por uma alta mortalidade associada à gripe espanhola.
Em 1918, morreram 253 mil pessoas em Portugal, em 1919 foram mais de 154 mil e em 1920 144 mil pessoas.
Analisando os dados desde 1960 (quando começaram a ser sistematizados pelo INE), até 2020 o pior ano tinha sido 2018, com 113.051 óbitos. Na altura, escreve o JN, o maior número de mortes tinha sido explicado pelo envelhecimento da população e por uma onda de calor. Agora, deve-se à pandemia mas também às chamadas mortes colaterais (por falta de assistência atempada).
A Covid-19, escreve o jornal, responde por cerca de metade do total de excesso de mortalidade.
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