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Os hospitais do Algarve estão mais perto de voltar à Fase 1 do Plano de Contingência da Covid-19, a mais baixa de quatro, do que de subir para a Fase 3, que obrigaria a condicionar a restante atividade assistencial, graças ao decrescente número de internamentos e de doentes nos cuidados intensivos no Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), garantiu ao Sul Informação Ana Varges Gomes.
Segundo a presidente do Conselho de Administração (CA) do CHUA, a situação atual «não se compara, nem de perto nem de longe, com a que estávamos a viver há um ano».
«Neste momento, estamos na Fase 2 e a perspetiva nem é a de subir para a fase 3, é a de descer. Nós temos tido menos doentes internados. (…) Estamos muito próximo dos 50% de ocupação. Neste momento, estamos muito tranquilos», disse.
«A situação é bastante melhor. A grande diferença é a incidência, que é superior. Ou seja, há muitos mais casos, muito mais gente positiva, mas há muito menos internamentos, quer intensivos, quer em enfermaria. Nem se compara», reforçou.
«No ano passado, nós, por esta altura, estávamos a poucos dias de abrir a enfermaria do Portimão Arena, onde chegámos a ter 273 doentes internados [abriu no dia 10 de Janeiro]. Eu neste momento tenho 40 e poucos doentes com Covid-19 aqui em Faro e 12 em Portimão, em enfermaria. Nos Cuidados Intensivos, tenho 10 em Faro e dois em Portimão. E tem vindo sempre a descer, a tendência é de descida», revelou Ana Varges Gomes, referindo-se a números de ontem, dia 5 de Janeiro.
No total , o CHUA conta, nesta Fase 2, com «80 camas para Covid-19 em Faro e 25 em Portimão».
Há um ano, mais do que uma escalada de novos casos, houve um aumento substancial dos óbitos e dos internamentos que levou o Governo a decretar medidas mais restritivas de combate à pandemia e obrigou a uma concentração quase total dos serviços de saúde no combate à pandemia.
No início de 2022, a situação é bem distinta e foi «a vacinação que fez toda a diferença».
«Neste momento, com os casos que existem entre a população, os internamentos são muito menores do que eram em Janeiro de 2021», assegurou a presidente do CA do CHUA.
Além da boa notícia que isto representa no que às mais fracas consequências da pandemia diz respeito, a menor pressão sobre os hospitais e o eventual regresso à Fase 1, aquela em que há menos recursos alocados aos doentes Covid-19, permite continuar a manter a atividade assistencial normal e até a recuperar tempo perdido.
«Nós não suspendemos atividade. Até agora, mesmo na Fase 2, continuámos com toda a nossa atividade, pois é essa a indicação [do Plano de Contingência]. Isso só está previsto acontecer a partir da Fase 3. Felizmente, não precisámos ainda de passar novamente a essa fase e mantivémos a atividade assistencial normal, ao nível de cirurgias, consultas e tudo o resto», revelou ao nosso jornal Ana Varges Gomes.
Esta normalidade foi restabelecida no final do primeiro trimestre de 2021 e, desde então, «a atividade não voltou a ser suspensa».
«Temos conseguido recuperar listas de espera. Tem sido esse o nosso esforço: recuperar as listas em termos de consultas e de cirurgias. Comparativamente com o ano anterior [2020], nós tivemos um aumento da atividade em toda a linha, quer nas cirurgias, quer nas consultas. O aumento foi notório», concluiu.
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