domingo, 12 de setembro de 2021

O PCP não aceita a “naturalidade com que querem impor o aumento dos preços da energia” e vai apresentar, na próxima semana, na Assembleia da República, propostas para a sua redução.



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Aumento do preço da energia contestado no parlamento



A afirmação foi feita na sexta-feira por Jerónimo de Sousa durante o comício de apresentação dos candidatos da CDU à Câmara e à Assembleia Municipal de Santarém, segundo a agência Lusa.

O secretário-geral do PCP afirmou mesmo que «o que se impõe» é a continuação da descida dos preços da energia, «nomeadamente da tarifa regulada», e que os comunistas apresentarão na próxima semana, a discussão e votação na Assembleia da República, «um conjunto de propostas visando a redução dos preços da energia e dos combustíveis, abrangendo a electricidade, o gás de botija e os combustíveis».

Para Jerónimo de Sousa o Governo dispõe dos instrumentos e da oportunidade «para encetar uma política alternativa» e só não o faz «porque são outros os seus compromissos», apontando o dedo aos «lucros escandalosos das grandes empresas electroprodutoras», apesar «dos fortes impactos na vida dos portugueses e do tecido económico nacional».

O líder comunista responsabilizou PS, PSD e CDS «pela privatização e liberalização das empresas públicas de electricidade e criação de um sector fortemente oligopolizado», criticando o empenho desses partidos na «criação do mercado grossista ibérico, garantindo as margens de lucro das multinacionais que operam no sector» e no «aumento da taxa do IVA sobre a energia para 23%», cuja reversão para os 6% «há muito o PCP tem vindo a propor».

Criticou também «uma transição energética a mata-cavalos, sem qualquer consideração sobre os impactos nos preços da energia, na indústria e no desenvolvimento do país, mas garantindo sempre vultuosos rendas e lucros a meia dúzia de grandes grupos capitalistas», reclamando «medidas governamentais que travem o desastre em curso e travem qualquer subida das tarifas».

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