quarta-feira, 15 de setembro de 2021

No arranque escolar, a lição para o PS: ″Não temos nenhum acordo escondido″


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No arranque do ano letivo, Jerónimo de Sousa, da CDU, esteve na Escola Básica Zeca Afonso, no Pinhal Novo, concelho de Palmela, para lembrar o subfinanciamento destinado às escolas, mas também a falta de profissionais e de auxiliares.

Já confrontado sobre estar a fazer uma campanha de críticas recorrentes ao PS, o secretário-geral do Partido Comunista Português lembra que não há qualquer acordo escondido com o governo e o PS sabe com o que pode contar do PCP.

As crianças do ensino básico da escola Zeca Afonso no Pinhal Novo brincam numa escola que recebeu 400 mil euros de arranjos, pagos pela câmara municipal. Diz a coligação que junta o Partido Comunista Português com o Partido Ecologista Os Verdes que só Palmela investiu cerca de 4 milhões de euros na escola pública. Um valor que é preciso, mas que se trata de um financiamento que o governo está a empurrar para as autarquias. "O governo não se pode desresponsabilizar daquilo que é a sua responsabilidade no parque escolar", refere Jerónimo de Sousa, que fala em subfinanciamento do setor da educação, marcado também pela falta de profissionais e de auxiliares de ação educativa". Outra questão abordada, e que advém do contexto de pandemia, prende-se com a saúde mental das crianças: "É preciso reforçar o número de psicólogos, atendendo a esta realidade".

Palmela está em contraciclo com o país, pois houve um aumento do número de crianças e é preciso encontrar as respostas necessárias das instituições, mas sobretudo do governo a nível de financiamento. Para encontrar soluções, uma vez mais, conta Jerónimo de Sousa, foram as autarquias que estiveram na linha da frente, representando um "contributo inestimável em relação à escola e à proteção das crianças e da sua saúde". E no caso das câmaras da CDU, garante o secretário-geral do PCP que o empenho foi executado sem pensar no voto, "mas na saúde das crianças".

No financiamento da educação e na responsabilidade das autarquias, CDU e PS defendem lições diferentes. Esta diferença de visões, no futuro, poderá ser um problema? Jerónimo de Sousa deixa claro, no recreio da Escola Zeca Afonso do Pinhal Novo que as suas intervenções têm uma componente crítica com governo e com o PS que não deixará de assinalar aquilo que a CDU considera que não está a ser bem feito, até porque "o PS sabe com o que pode contar do PCP" e não existe qualquer "acordo escondido com o governo do PS".

Sem tabus, diz o secretário-geral do Partido Comunista Português, reitera que o primeiro compromisso do partido é com os trabalhadores e o povo e não com o governo do Partido Socialista.

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