terça-feira, 21 de setembro de 2021

Ministra espanhola pede desculpa por dizer que vulcão podia ser atração turística


 www.tsf.pt 



Reyes Maroto diz compreender a "situação dramática" vivida em La Palma e diz aceitar "todas as críticas".

ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha, Reyes Maroto, pediu esta terça-feira desculpa por ter defendido que a erupção dos vulcões na ilha de La Palma (Canárias) podia tornar-se numa atração turística.

Maroto lamentou que as suas primeiras declarações sobre o vulcão em Las Palmas "possam ter ofendido os sentimentos de La Palma e do povo de La Palma".

"Compreendo a situação dramática que existe na ilha", disse a ministra, e salientou que "haverá tempo para falar de turismo e de como recuperar o reposicionamento" de La Palma.

Maroto acrescentou que "é preciso saber retificar quando se comete um erro" e deixou claro que aceita "todas as críticas", acrescentando que "agora é tempo de apoiar" a ilha e os seus habitantes.

O vulcão "é uma atração que podemos aproveitar" na oferta turística da ilha de La Palma, defendeu na segunda-feira Reyes Maroto, que deu como exemplo o "turismo vulcânico" que é explorado noutros países, como a Islândia.

Maroto disse na altura que o vulcão também poderia ser usado "como atração pelo que a natureza trouxe a La Palma", o que ela descreveu como "algo sem precedentes para se poder ver em primeira mão".

"A ilha torna-se uma atração para aqueles que querem ver este maravilhoso espetáculo da natureza, mas sempre com cautela", insistiu ela na altura.

Partido Popular (direita, segundo maior no parlamento), Vox (extrema-direita, terceiro), Cidadãos (direita-liberal) e Coalición Canaria (regional) criticaram logo na segunda-feira a ministra da Indústria, Comércio e Turismo por falar sobre a erupção do vulcão Cumbre Vieja em La Palma como uma atração turística.

O vulcão entrou em erupção no domingo depois de mais de uma semana em que foram registados milhares de sismos na região.

Dezenas de casas já foram destruídas pela lava do vulcão que continua a correr em direção ao mar, mas não há vítimas depois de as autoridades terem retirado mais de 6.000 pessoas da zona da erupção.

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