sexta-feira, 30 de julho de 2021

Deputado do PS António Gameiro tem até 16 de agosto para pagar caução de 100 mil euros


 sicnoticias.pt 

É suspeito de corrupção num negócio imobiliário que envolve a Câmara de Vila Real de Santo António.

O deputado do PS António Gameiro vai ter de pagar 100 mil euros de caução. O juiz de instrução considera que há perigo de perturbação do inquérito e de continuação da atividade criminosa. É suspeito de corrupção num negócio imobiliário que envolve a Câmara de Vila Real de Santo António.

A "Operação Triângulo" investiga a venda deste terreno em Monte Gordo, a 200 metros da praia, por mais de 5 milhões de euros. O comprador é Carlos Matos, dono da imobiliária Saint Germain e amigo de António Gameiro.

Deputado socialista pelo círculo de Santarém, Gameiro é também advogado e consultor jurídico da Camara Municipal de Vila Real de Santo António. Terá sido nessa qualidade, que elaborou um parecer que justificava a redução, em cerca de um milhão de euros, de taxas municipais relativas ao licenciamento urbanístico.

Suspeito de corrupção passiva e prevaricação, António Gameiro esteve sob escuta. Foi alvo de buscas, juntamente com outros quatro arguidos. Entre eles a presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, eleita pelo PSD, e o empresário Carlos Matos.

Ao deputado, o juiz aplicou três medidas de coação:

  • Prestação de caução no valor de 100.000,00 (em prazo que ainda se encontra a decorrer);
  • Proibição de contactar os demais arguidos, todos e quaisquer funcionários, colaboradores, avençados, juristas, vereadores, presidente e membros da Câmara de Vila Real de Santo António;
  • Proibição de permanecer nas instalações ou edifícios da Câmara.

O juiz considerou que existe perigo de perturbação do inquérito e da continuação da atividade criminosa.

António Gameiro terá até 16 de Agosto para pagar a caução de 100 mil euros. Caso contrário, as medidas podem ser agravadas.

Para ser interrogado foi necessário o levantamento da imunidade parlamentar do deputado, que se mantém em funções. À SIC, fonte do grupo parlamentar explica que os mandatos são pessoais e que nesta fase, ainda sem acusação, só o próprio poderia pedir a suspensão do cargo.


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