quarta-feira, 30 de junho de 2021

Como o MMA-pop russo está mudando o mundo das artes marciais

 

As artes marciais mistas (MMA) são uma indústria de esportes multibilionária em todo o mundo. Esta é uma competição onde lutadores profissionais de diferentes estilos e culturas tentam distinguir qual é o melhor estilo. Por enquanto o jiu-jítsu leva vantagem. Há pouco mais de um par de anos atrás, um novo fenómeno surgiu na Rússia, apelidado de MMA-pop. Em 2019 e 2020, quase uma dúzia de ligas apareceram no cenário e literalmente ganharam os favores de milhões de pessoas que antes não tinham nada a ver com esportes ou lutas.


Como o MMA-pop russo está mudando o mundo das artes marciais

Mas que diabos é MMA-pop Para simplificar, esses são combates entre lutadores não profissionais. Além disso, a maioria dos participantes nunca teve um treinamento adequado em lutas marciais ou qualquer outro treinamento. São pessoas que podemos encontrar diariamente, trabalhando como electricista, engenheiro, cozinheiro, garçom e assim por diante. Pessoas de profissões comuns que querem se testar dentro de um ringue de luta ou no octógono.

As regras dessas ligas são próximas às do MMA clássico ou competições de boxe, com poucas diferenças. Por exemplo, às vezes as lutas são arranjadas entre adversários de diferentes categorias de peso, com diferentes níveis de treinamento. Em 2020, eles até travaram uma luta entre um blogueiro de 240 kg, Grigory Chistyakov, e uma garota de 62 kg, Darina Mazdyuk. Grigory, de facto é uma espécie de saco de pancada dessas ligas, o que explica sua boca com poucos dentes.


ATENÇÃO OS VÍDEOS ABAIXO TÊM TRADUÇÃO EM PORTTUGUÊS - VEJA AQUI COMO TRADUZIR




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Essas lutas são postadas no YouTube e geralmente acompanhadas de uma série de coletivas de imprensa com muita conversa fiada, brigas e treinamentos em academias. Depois que esses programas ganharam milhões de acessos no YouTube, blogueiros famosos e lutadores amadores se juntaram à comunidade MMA-pop. Mesmo aqueles que você nunca espera ver dentro de um ringue, como Hasbulla e Abdurozik, ambos de 18 anos, com doenças raras que os impedem de crescer.


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A coletiva de imprensa pré-luta dos dois já foi vista por mais de 13,5 milhões de pessoas em pouco mais de um mês e ninguém sabe ao certo se eles vão mesmo participar de alguma luta. Só para que tenham uma ideia, a entrevista coletiva mais vista entre Khabib Nurmagomedov e Conor McGregor teve apenas 7 milhões de visualizações... em três anos. O vídeo tem legendas e inglês, então basta utilizar o tradutor nativo do player do Youtube para rir muito com esses dois.


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O PICANÇO TAMBÉM CONHECIDO POR PICANÇO CABEÇUDO OU PICANÇO AÇOUGUEIRO


 

Alguns animais têm uma reputação à qual não fazem jus. Não é o caso do picanço-cabeçudo (Lanius ludovicianus). Ele tem um nome alternativo que merece com todo louvor: pássaro-açougueiro. Por todo lugar do mundo -excepto Austrália e América do Sul-, por onde está distribuído, você irá encontrar suas presas secando da mesma forma que um açougueiro pendura sua carne. 

Ele tem o hábito de guardar para mais tarde os restos das presas espetadas em espinhos de árvores e arame farpado.


Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro


Sim, se você vir os restos de répteis e insetos empalados em um arame farpado ou uma vegetação pontiaguda e afiada, é muito mais provável que seja obra do pássaro açougueiro.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

Eles também são conhecidos por pegar lagartixas, ratos e até mesmo outros pássaros menores e prendê-los ao objeto pontiagudo mais próximo de seu ninho.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

É provavelmente um dos poucos animais a tirar vantagem real do uso generalizado dos espinhos. Eles gostam tanto de coisas afiadas e de arames cabos em forma de anzol que constroem seus ninhos próximos a eles. Talvez seu nome deveria ser pássaro-do-arame-farpado.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

Você pode não está dando crédito ao que acabou de ler, então, dê uma olhada nesse vídeo abaixo, que mostra o pássaro-açougueiro em ação, com uma cobrinha-dágua!


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Seu modus operandi para a caça é bastante simples, mas extremamente bem-sucedido. O pássaro pacientemente senta em um poleiro com o campo de visão mais aberto possível. Então, quando vê uma presa em potencial, mergulha para capturar sua refeição, como se fosse um pequenino falcão.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

Eles não são verdadeiras aves de rapina, lógico, não possuem as garras grandes e fortes usadas para capturar e matar presas. mas ele conta com uma adaptação para facilitar sua caça: o poderoso bico em forma de gancho permite que ele corte o pescoço de um pequeno vertebrado, ou pode da mesma forma arrancar nacos de carne de sua presa empalada.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

Mesmo uma tarântula não tem muita chance contra um pássaro-açougueiro em sua missão. Não importa que não haja arame farpado por perto, afinal ele já está aí pelo mundo muito antes das pessoas inventarem o ferro. A ponta da iúca serve perfeitamente.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

A propósito, o nome original, "cabeçudo, foi dado porque a ave tem uma cabeça relativamente grande em comparação com o resto do corpo.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

Aqui está outro vídeo que explica um pouco mais sobre o comportamento do pássaro-açougueiro.

O VÍDEO ABAIXO TEM TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS - VEJA AQUI COMO ACTIVAR A TRADUÇÃO




VÍDEO



O picanço-cabeçudo também poderia ser chamado de pássaro-ladrão, pois ele pratica cleptoparasitismo em habitats muitos disputados na natureza, perseguiu outros pássaros, às vezes bem maior que ele, para robar a presa recém-capturada.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

Por que diabos exatamente o picanço-cabeçudo se dá tanto trabalho com sua comida? Por que não pode simplesmente engolir sua presa como os outros? Na verdade, é o macho que apresenta esse comportamento e ele está procurando uma companheira. A fêmea também pass a espetar presas quando está aninhando.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro

Ao atacar suas diversas vítimas como um verdadeiro "empalador", ele espera atrair uma fêmea para iniciar uma família. O pássaro-açougueiro é inclusive conhecido por decorar suas presa com penas para impressionar qualquer parceira em potencial.

Por que o picanço-cabeçudo também é conhecido como pássaro açougueiro


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Aumento de internamentos nos hospitais do Algarve tem sido exponencial


 www.tsf.pt 


O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) já abriu mais camas para doentes Covid. Há duas enfermarias onde se registaram surtos.

No Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) já há 48 doentes internados com Covid-19. Nos últimos dias o número de internamentos tem vindo a aumentar.


SOM ÁUDIO




"Temos 28 doentes em Faro e nove em Portimão [em enfermaria], nove doentes em cuidados intensivos em Faro e três em Portimão", esclarece a presidente do Conselho de Administração. Ana Varges Gomes admite que "o aumento tem sido exponencial" e que o problema maior é conciliar a assistência aos doentes com um período de férias dos médicos e enfermeiros nos Hospitais. Admite que, se for necessário, a administração será obrigada a suspender as férias dos profissionais.

O perfil dos doentes também mudou e há pacientes com idades entre os 23 e os 67 anos." São doentes que não estavam vacinados ou só tinham levado a primeira dose da vacina".

No Hospital de Faro surgiram recentemente dois surtos de Covid-19 em enfermaria, em Medicina II e em Pneumologia. "São casos identificados em doentes que já estavam internados." Ana Varges Gomes esclarece que essa zona fica em quarentena e todos os profissionais são testados regularmente.

Tanto no Hospital de Faro como no de Portimão por enquanto toda a atividade programada está a ser efetuada mas a situação pode mudar a qualquer momento.

"Tenho esperança que a vacinação possa acelerar mais um bocadinho para tentar parar esta pandemia", afirma. "É uma avaliação que fazemos diariamente e o que lhe estou a dizer agora pode amanhã ser uma realidade diferente, para melhor ou pior", conclui.

António Costa em isolamento profilático


 António Costa em isolamento profilático

por RTP
O primeiro-ministro esteve em contacto com um elemento do gabinete que testou positivo à Covid-19 e foi colocado em confinamento profilático pelas autoridades de saúde, apesar de ter cumprido as regras de distanciamento físico e uso de máscara.
António Costa já tomou as duas doses da vacina há um mês e meio e não apresenta sintomas.
O chefe do Governo vai manter a atividade executiva à distância.



UM NOJO - Livro polémico que exalta ‘dieta de Auschwitz’ da editora "Ariana" gera a única reação possível na internet


 

 Na Segunda Guerra Mundial, o regime nazista de Adolf Hitler matou milhões de pessoas graças aos campos de concentração que eram utilizados como estratégia para extermínio em massa de grupos étnicos, dissidentes políticos e de diversas minorias.


Um dos maiores, o de Auschwitz, na Polónia, ficou conhecido por ser um dos mais cruéis campos e lá morreram judeus, ciganos, políticos oposicionistas, minorias religiosas e homossexuais. No entanto, antes de serem executados nas câmaras de gás, eram submetidos a torturas, trabalhos extenuantes, experiências médicas desumanas e a muita fome.

Por todos estes motivos, qualquer ser humano que passava por Auschwitz ou por outro campo de concentração como prisioneiro de guerra, possuía um corpo com praticamente apenas pele e ossos.

Por algum motivo muito bizarro, uma escritora portuguesa achou uma ótima ideia publicar um livro usando Auschwitz como exemplo de uma ‘dieta bem-sucedida’. A Dieta de Auschwitz de Emília O.G.Pinheiro, pela editora ‘ARIANA’, é de 2014 mas voltou aos holofotes nesta semana depois que a capa viralizou no Facebook.


As críticas ao tema foram direcionadas ao absurdo em relacionar um campo de concentração onde as pessoas eram submetidas à fome com dietas nas quais as pessoas restringem a alimentação por escolha própria.

Confira o post:



 

https://www.hypeness.com.br/


da luta, do estoicismo

Os portugueses vão tendo por norma
o deixa andar, a tolerância
andam a dormir na forma
hoje em qualquer circunstância

já não dão a relevância
à ascensão do capitalismo
e diminuem a importância
do ressuscitar do fascismo

dos tempos da luta, do estoicismo
porque muitos lutaram e morreram
hoje remetem-se ao ostracismo
já da honra se esqueceram


António Garrochinho

Conversa para ir ao pote

 








Na recente apresentação de um livro a defender, de forma velada, a privatização do SNS (lá iremos, num outro post), para pôr o Estado a garantir os lucros do privado, fechando os olhos às práticas de seleção dos doentes que mais lhe conv€nham (despachando os outros para o SNS), Passos Coelho retoma a ladainha das «reformas estruturais», considerando que a da Saúde é ainda «mais prioritária do que a da Segurança Social».

Para que as coisas não pareçam o que são - afinal de contas trata-se novamente de «ir ao pote» - Passos exibe uma profunda indignação com o alegado facto de «a esquerda» estar a «desqualificar desta maneira» o Serviço Nacional de Saúde, contrariando «a direita» que, coitada, está «sempre a tentar salvar a situação e ver se lhe consegue dar sustentabilidade».

Talvez Passos Coelho nunca se tenha apercebido, mas desde 1982 (três anos após a criação do SNS com os votos só da esquerda), apenas o seu Governo, em versão Passos-Portas, inverteu a tendência de investimento no Serviço Nacional de Saúde ao longo dos últimos 40 anos, impondo-lhe cortes na ordem dos 1,3 mil milhões de euros (entre 2011 e 2015), ao mesmo tempo que ia tratando da contratualização com privados. De facto, se a despesa do SNS rondava os 975€ per capita em 2010 (média dos últimos três anos), esse valor cai para 910€ em 2015, recuperando a trajetória de investimento em 2016, para atingir os 1.085€ em 2019. Deve ser a isto que Passos Coelho chama «desqualificação», pela esquerda, do Serviço Nacional de Saúde.

MILHARES DE ANTIFASCISTAS NAS RUAS DE COLÓNIA - ALEMANHA


 Milhares de ativistas antifascistas marcharam pelas ruas de Colónia, Alemanha, para denunciar uma nova 'Lei da Assembléia' federal que infringe gravemente o direito básico de reunião ao forçar os organizadores do protesto a fornecer extensos dados pessoais à polícia.

Despejos, denúncias de contratos de arrendamento e cortes de energia voltam a ser permitidos


 www.avozdoalgarve.pt 

Mais de um ano depois da adoção de medidas para fazer face aos efeitos da pandemia na economia e nas famílias.

Mais de um ano depois da adoção de medidas para fazer face aos efeitos da pandemia na economia e nas famílias, os despejos e os cortes de energia e comunicações eletrónicas voltam a ser permitidos a partir desta quinta-feira, dia 01 de julho de 2021. As medidas, cuja aplicação chega agora ao fim, foram adotadas após a chegada da pandemia a Portugal, em março de 2020, e foram alvo de várias atualizações e prorrogações durante o último ano, com o objetivo de proteger as famílias e arrendatários habitacionais e comerciais.

Com a chegada do segundo semestre deste ano, chega também ao fim a moratória que impede despejos e denúncias de contratos de arrendamento, a suspensão da cessão dos contratos de arrendamento não habitacional, a redução nas rendas dos centros comerciais, a proibição de corte de comunicações eletrónicas e de energia e as moratórias bancárias.

As moratórias privadas da Associação Portuguesa de Bancos (APB) para crédito ao consumo terminam igualmente hoje, depois de em março já terem chegado ao fim as moratórias privadas para crédito à habitação.

Aqui ficam os pontos essenciais com as medidas adotadas para fazer face aos efeitos da pandemia e que terminam hoje:

Moratória que impede despejos e denúncias de contratos de arrendamento

Este regime extraordinário e transitório foi aprovado pela primeira vez em março de 2020 e prevê a suspensão das denúncias de contrato, por parte dos senhorios, e da caducidade dos prazos nos contratos de arrendamento.

Assim, até hoje os contratos de arrendamento habitacionais podiam ser denunciados pelo senhorio, mas o arrendatário só era obrigado a entregar a casa a partir de 01 de julho de 2021.

O mesmo princípio aplicava-se também à cessação do contrato por acordo e à oposição à renovação dos contratos de arrendamento.

Estavam previstas também moratórias no pagamento das rendas, que contemplavam uma flexibilização no pagamento das mensalidades devidas de outubro a dezembro de 2020 e de janeiro a junho de 2021, pelos arrendatários que cumprissem os seguintes requisitos: quebra de rendimentos do agregado familiar superior a 20%, face ao mês anterior ou ao período homólogo do ano anterior; uma taxa de esforço da família superior a 30% (inicialmente era de 35%, mas o Governo diminuiu para 30%,em dezembro de 2020).

Termina suspensão da cessão dos contratos de arrendamento não habitacional

Esta lei determinava a suspensão até ao final do primeiro semestre deste ano, dos efeitos das denúncias, pelos senhorios, dos contratos de arrendamento não habitacional, bem como da caducidade dos contratos, salvo se o arrendatário não se opusesse à cessação.

Estavam também suspensos os efeitos da oposição à renovação de contratos de arrendamento efetuadas pelo senhorio.

A suspensão dependia do pagamento regular da renda, salvo se os arrendatários estivessem abrangidos pelo regime de diferimento de rendas.

No caso dos estabelecimentos que, por determinação legal ou administrativa da responsabilidade do Governo, tenham sido encerrados em março de 2020 e que ainda permaneciam encerrados em 01 de janeiro de 2021, a lei prevê que a duração do respetivo contrato seja prorrogada por período igual ao da duração da medida de encerramento, aplicando-se, durante o novo período de duração do contrato, a suspensão de efeitos anteriormente referidos.

O documento previa ainda apoios a fundo perdido aos arrendatários que, no ano de 2020, sofreram uma quebra de faturação entre 25% e 40%, de valor equivalente a 30% do valor da renda, com o limite de 1.200 euros por mês, e os arrendatários que, no ano de 2020, sofreram uma quebra de faturação superior a 40%, recebessem um apoio a fundo perdido de valor equivalente a 50% do valor da renda, com o limite de 2.000 euros por mês.

Rendas dos centros comerciais

O Governo aprovou, em sede de Orçamento do Estado para 2021, a redução das rendas nos centros comerciais, para vigorar no primeiro trimestre deste ano, entretanto prorrogada até 30 de junho de 2021.

Estavam abrangidos os lojistas que registassem quebra de vendas face aos seis meses anteriores a 18 de março de 2020, ou ao mesmo período de 2019, com uma redução de renda fixa proporcional à quebra de vendas, até ao máximo de 50% do seu valor.

Proibição de corte de comunicações eletrónicas

As medidas excecionais criadas no âmbito da pandemia Covid-19 previam a proibição do corte de serviços de comunicações eletrónicas a desempregados, infetados por Covid-19 ou agregados familiares com quebra de rendimentos.

A partir de quinta-feira, passam a aplicar-se também a estes casos as regras gerais previstas para as situações de suspensão de serviços por falta de pagamento e de cancelamento de serviços, sem a possibilidade de suspensão dos contratos por iniciativa dos consumidores.

Os cortes passam a ser possíveis sem exceção, mas mediante o cumprimento de quatro regras: emissão de um pré-aviso escrito ao consumidor no prazo de 10 dias após a data de vencimento da fatura, concessão de um prazo adicional de 30 dias para pagamento dos valores em dívida, indicação específica no pré-aviso das consequências do não pagamento - suspensão ou cancelamento do serviço - e, por último, informação no pré-aviso sobre os meios que o consumidor tem ao seu dispor para evitar as consequências do não pagamento.

Proibição de corte de energia

A proibição no primeiro semestre de 2021 do corte de fornecimento de serviços essenciais, como a água, eletricidade e gás, foi prevista na Lei do Orçamento de Estado para 2021.

Independentemente do fim da proibição de corte, mantém-se a obrigação das empresas enviarem um pré-aviso de corte com, pelo menos 20 dias, de antecedência.

Moratórias privadas da APB para crédito ao consumo

As moratórias privadas da Associação Portuguesa de Bancos (APB) para crédito ao consumo terminam hoje, depois de em março já terem chegado ao fim as moratórias privadas para crédito à habitação.

Segundo os dados consultados pela Lusa no Banco de Portugal, em abril havia 15.141 milhões de euros de crédito de particulares com moratórias, dos quais 13.309 milhões de euros eram crédito à habitação.

A diferença de cerca de 1.800 milhões de euros diz sobretudo respeito a crédito pessoal, onde se inclui o crédito ao consumo abrangido por moratórias da APB (que será o maioritário deste valor), mas também outro tipo de crédito, como crédito para educação (ainda que de valor menor residual).

Segundo dados da Associação Bancária Europeia, Portugal é um dos países cuja proporção de créditos em moratória (sejam públicas ou privadas) é mais elevada.

Por: Idealista

Aldeia pintada de lendas, cantares e histórias do povo da Torre

 



No concelho da Batalha há uma aldeia pintada que nas paredes retrata as lendas, os cantares e as histórias do povo da Torre. A ideia surgiu de um grupo de jovens que quis documentar estas tradições orais. A melhor maneira de chegar a todos os que vivem na aldeia foi pintar os muros e paredes das casas.

Cores fortes com quadras e cantigas de amor, o trabalho das resineiras ou a vida do pastor da aldeia. Está tudo documentado nas paredes da "aldeia pintada". 

SOM ÁUDIO




Uma reportagem de Paula Véran.

www.rtp.pt

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO


 



HÁ QUEM DIGA RECONHECER O TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE MAS O QUE FAZ NA PRÁTICA É DESVALORIZAR TODOS OS SEUS ESFORÇOS E ALERTAS NO COMBATE AO COVID.

ABUNDA POR AÍ RETÓRICA DE SOBRA SOBRE A FORMA DE COMBATER O VÍRUS QUANDO ELA SE RESUME AO REFORÇO DO SNS, AO RESPEITO E CUMPRIMENTO DAS REGRAS DE SEGURANÇA E À VACINAÇÃO ONDE OBVIAMENTE SE DEVERIAM LIBERTAR AS PATENTES DAS VACINAS.

AG

João Ferreira PCP - Sobre a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia




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www.pcp.pt 

A Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia confirmou, no essencial, o alinhamento do Governo português com as orientações e as políticas da União Europeia, designadamente nos seus traços mais negativos, que são determinadas pelos interesses das principais potências e dos grandes grupos económicos e financeiros.

Perdeu-se uma oportunidade para promover, a partir desta Presidência, o necessário questionamento do rumo e das políticas que estão na origem do agudizar das desigualdades sociais, das crescentes assimetrias de desenvolvimento entre países e das relações de domínio-dependência que caracterizam a União Europeia.

Perdeu-se, também, uma oportunidade para, a partir da Presidência do Conselho da UE, projectar na discussão dos temas e processos mais marcantes nos últimos seis meses a indispensável defesa dos interesses nacionais, que não dispensa, antes requer, uma articulação de esforços com países enfrentando dificuldades semelhantes e com interesses convergentes com os de Portugal.

A conclusão de processos legislativos em curso, sob a égide da Presidência Portuguesa, confirma vários desenvolvimentos negativos, nomeadamente para Portugal.

No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência e do Quadro Financeiro 2021-2027, cuja implementação se encontra atrasada face às necessidades, confirma-se um quadro de significativos condicionamentos na utilização dos fundos. O Governo português claudicou perante a subordinação da mobilização daqueles fundos a regras de condicionalidade macroeconómica e às ditas “reformas estruturais” que venham a ser impostas a Portugal pela UE, interferindo nas suas opções de desenvolvimento e dificultando a necessária resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País.

A chamada “Cimeira Social”, realizada no Porto, que constituiu uma operação de branqueamento das responsabilidades da UE e das suas políticas, para além de anunciar objectivos que se confirmam limitados e desprovidos dos meios para os concretizar, denotou a real intenção de prosseguir a ofensiva contra direitos sociais e laborais, a pretexto das ditas transições “digital” e “verde”, promovendo o nivelamento por baixo das condições de vida dos trabalhadores e dos povos.

A revisão da Política Agrícola Comum (PAC) não assegura a resposta aos problemas com que a agricultura nacional se confronta, antes confirma a PAC como uma das causas desses problemas, em especial no que se refere à situação dos pequenos e médios agricultores e da agricultura familiar. O acordo alcançado continua a manter inaceitáveis desigualdades na distribuição das verbas da PAC e acentua o favorecimento da concentração da propriedade e da actividade agrícola.

O lançamento da chamada “Conferência sobre o Futuro da Europa”, isto é, o futuro da União Europeia, visa conferir uma pretensa e falsa legitimidade a um processo de integração que desprezou e afrontou a vontade dos povos. Trata-se de uma encenação que procura ocultar um roteiro e objectivos políticos pré-definidos, que passam pelo aprofundamento da concentração de poder nas principais potências, usurpando novas e crescentes esferas de soberania dos Estados, nomeadamente pondo em causa o princípio da unanimidade nas áreas em que este ainda subsiste.

O Governo português, ao longo dos últimos seis meses, esteve sempre alinhado com os interesses daqueles que têm determinado o rumo da União Europeia.

Mesmo perante contradições que criaram condições para a afirmação de perspectivas e abordagens diversas, o Governo português procurou sempre dirimir tais contradições defendendo as posições das principais potências.

A questão da vacinação contra a COVID-19 é paradigmática. Perante a evidência do fracasso da estratégia da UE, a Presidência Portuguesa alinhou com a obstinada defesa dos interesses e dos lucros dos consórcios multinacionais farmacêuticos, recusando quer a diversificação da aquisição de vacinas validadas pela OMS, que alguns Estados iniciaram, quer o levantamento das patentes das vacinas, impedindo, assim, o avanço mais rápido da vacinação, essencial para salvar vidas, garantir a retoma das actividades económicas, sociais, culturais e desportivas, e limitar o surgimento de novas variantes do vírus.

No plano internacional, tem particular visibilidade a política de concertação com os EUA, nomeadamente no quadro da NATO, na prossecução dos objetivos estratégicos da agenda agressiva e de confrontação do imperialismo, em desrespeito pelos princípios da Constituição da República Portuguesa, da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.

A Presidência Portuguesa, em termos gerais, não contribuiu para apontar soluções para os graves problemas com que os trabalhadores e os povos estão confrontados, nem para afirmar políticas que, indo ao encontro dos interesses de Portugal, assegurem uma efectiva convergência no progresso económico e social.

Perante o quadro actual, a resposta necessária encontramo-la na afirmação do direito soberano de cada país ao desenvolvimento e ao progresso social, de acordo com a sua realidade e as suas especificidades, e na valorização dos direitos dos trabalhadores e dos povos. Uma resposta apenas possível com a rejeição de imposições e constrangimentos que são contrários ao interesse nacional, que se articule com a perspectiva de construção de uma Europa de cooperação entre Estados soberanos e iguais em direitos, de progresso social e de paz.


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