quarta-feira, 10 de março de 2021

ESTÓNIA - "Situação é extremamente grave, por isso decidimos fechar o país"

 


Kaja Kallas é a primeira-ministra da Estónia 


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A Estónia é colocada esta semana num apertado regime de contenção para combater a propagação do SARS-CoV-2 pelo país, numa altura em que média de casos diários por 100 mil habitantes em 14 dias se mantém acima das 1360 infeções.

Numa declaração televisiva à estação ERR, a primeira-ministra Kaja Kallas, no cargo há cerca de um mês e meio, avisou para "uma situação extremamente grave", à qual é necessária "uma resposta rápida". "Decidimos por isso, `'fechar' o país tanto quanto possível", afirmou a chefe do Governo estónio.

Escolas, incluindo jardins de infância, vão continuar apenas à distância, e todo o comércio e o desporto em espaços fechados vão ser encerrados. Apenas as lojas de bens essenciais poderão funcionar, lê-se no comunicado no Governo.

As pessoas ficam ainda obrigadas a respeitar a apelidada regra 2+2, que implica a andarem no máximo duas juntas na rua e a dois metros de distância das restantes.

"As restrições são válidas por pelo menos um mês para tentarmos reduzir os contactos e cortar as cadeias de contágio", explicou Kaja Kallas.

O chefe do gabinete de crise na Saúde sublinhou que "o maior problema são os hospitais de Tallin" onde se registam "atualmente os maiores números diários de ‘doentes covid’".

"Estes hospitais têm tido a maior procura e sofreram o maior declínio nos recursos para tratamento de outras patologias”, acrescentou Urmas Sule.

A situação grave na capital levou o presidente da Câmara de Tallin, Mikhail Kõlvart, a enviar uma carta à primeira-ministra com 10 propostas de medidas para combater a Covid-19, garantir a proteção da saúde dos cidadãos e manter o funcionamento da economia para uma rápida saída da crise. À cabeça da lista de propostas do autarca estava a declaração imediata de estado de emergência.

O jornal Postimees revela outras propostas como a capacidade de implementar mais rapidamente medidas locais adaptadas à respetiva situação, acelerar o acesso a equipamentos de proteção individual, estabelecer horários de trabalho desfasados para reduzir o número de pessoas a circular em simultâneo e a possibilidade contratar pessoal para ajudar a gerir picos de  crise



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