segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Ekranoplan: O segredo que nem a CIA conseguiu desvendar

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No auge dos anos sessenta do século passado, o mundo desvendava toda uma imensidão de inovações que pareciam saídas dos filmes de ficção científica! Conhecida por alguns como era atómica, a influência que teve sobre as massas foi grande. Na forma de tema de conversa, perigos, e principalmente, nos designs alucinantes de aeronaves, automóveis e artigos domésticos. Não podemos também descartar a corrida ao espaço e o fervor extraterrestre que marcou toda uma geração.

Jornal dos Clássicos

Utilizando as mais recentes técnicas de espionagem, os EUA tudo faziam para manterem o monopólio da espionagem, de forma a estarem sempre informados dos movimentos e novidades do seu arqui-inimigo, a União Soviética. No decorrer das extensas missões de espionagem, algo de novo foi fotografado, sem qualquer explicação plausível.

Tal como consta na imagem, está à vista de todos o que parece ser um avião. Pois bem, neste, estavam gravadas as iniciais KM e o brasão da marinha soviética. Este aparelho revolucionário era pilotado por membros da força área, mas operado pela marinha, e pelas iniciais KM foi designado pelo ocidente como «Kaspian Monster». Inúmeras operações foram feitas para descobrir o que era o KM e qual o seu propósito militar. Facto é, que o secretismo foi levado com mestria, pois desde o seu lançamento à água em 1966 até à década de 1980, foi um completo mistério para a inteligência dos estados unidos. A pergunta que se colocou na altura foi: É um navio? é um avião? A resposta seria: é o Ekranoplan!!!

Embora fossem levantadas questões sobre se a proveniência fosse fruto da colaboração soviética com entidades alienígenas, o Ekranoplan foi idealizado e concebido pela mente brilhante de Rostislav Alexeyev, um engenheiro soviético.

O Ekranoplan é um conceito completamente inovador, que pressupõem muita audácia e precisão no planeamento e aplicação dos princípios que fazem deste aparelho especial. O princípio por detrás deste, é o «efeito solo» ou «ground effect». Completamente distingo dos familiares hidroaviões, aerobarcos ou hovercrafts, o monstro do Cáspio utiliza o mesmo princípio, mas com uma eficiência sem precedentes. Este gigante dos mares, é construído como um navio, com capacidade de flutuar, sendo que fontes afirmam ter sido baptizado como manda a tradição, com uma garrafa de champanhe atirada ao casco.


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No total, pesava cerca de duzentas e quarenta toneladas, e tinha capacidade de transportar outras tantas a uma velocidade alucinante de quinhentos quilómetros horários! Embora esta fosse a velocidade máxima, a sua eficiência máxima era atingida a uns respeitáveis 430km/h. Só o facto de transportar 250 toneladas de material a 500 km/h é impressionante, mas não o suficiente para convencer os centros de poder económico soviético. O poder militar, no entanto, demonstrou grande interesse, sendo que Nikita Khrushchev, líder da união soviética à data, viu neste projecto, uma arma letal.

Equipado com dez turbo reactores, o Ekranoplan fazia uso do princípio do «efeito solo», criando levitação suficiente para se manter a uma distância entre 5-10 metros do mar, e assim ser invisível ao radar, meio de detecção aéreo, e ao sonar, de detecção submarina. Teria também a capacidade de ser imune a minas navais, e conseguia aceder a águas pouco profundas, onde poderia desembarcar um contingente bastante grande de tropas e veículos .

Todas estas habilidade continham também a promessa de balancear o poder naval americano. Estes ágeis engenhos, foram idealizados para dois cenários completamente diferentes. Em primeiro lugar, para transportar tropas e equipamentos militares a velocidades nunca vistas por mar, e, com quando armados com misseis «Mosquito» anti navio, podiam ser um pesadelo para embarcações inimigas.

Assim sendo, a história do Ekranoplan nasce da triste noção de que os países investem mais em armas de degladiação do que em inovações puramente civis. Agora com as portas do financiamento abertas, Alexeyev avançou, fazendo deste sonho uma realidade, e espantando todos os privilegiados que lhe puseram vista. Tal como os dirigíveis na década de trinta, também este projecto almejava substituir os navios de passageiros, lentos, e ser uma alternativa bem mais rentável que os aviões de passageiros.

Pese embora estivesse equipado com dez reactores, oito à frente e dois atrás, o Ekranoplan apenas utilizava os dois reactores em viagem, sendo o suficiente para o fazer levitar serenamente. As vantagem económicas eram evidentes. O Ekranoplan tinha cerca de o dobro de capacidade que um avião de igual tamanho, e consumia metade, em parte devido à excelente aerodinâmica e ao próprio princípio usado.


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