quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Governo mantém "tudo em aberto" nos Correios e já há negociações com os CTT

 

Travagem decorrente da pandemia provoca descida de dezenas de milhões nas receitas dos CTT


O Governo já está em conversações com a administração dos CTT sobre o novo contrato de concessão do serviço universal postal, avança Pedro Nuno Santos. O ministro admite que há divergências relativamente aos indicadores de qualidade, mas sublinha que também há opiniões convergentes

Há conversas em curso entre o governo e a administração dos CTT a propósito do novo contrato de concessão do serviço universal, admite o ministro das Infraestruturas e Obras Pública, no Parlamento. "Há coisas que nos separam, como os indicadores de qualidade impostos pela Anacom", admitiu o ministro no debate do Orçamento do Estado para 2021, na especialidade, a propósito das negociações. O atual contrato de concessão termina no dia 31 de dezembro, e o concurso ainda não foi lançado

Pedro Nuno Santos esclareceu, também, que há questões que aproximam a administração dos CTT e o Governo, sem no entanto especificar quais.

A administração dos CTT tem considerado que os 24 indicadores de qualidade impostos pela Anacom na prestação dos serviços de correios são impossíveis de cumprir. 

O número de indicadores de qualidade aumentou em 2018, passando de 11 para 24, na sequência da deterioração da qualidade.

Pedro Nuno Santos sublinhou também que nenhuma opção face aos CTT está excluída, sem especificar o que queria dizer. 

Em tempos foi admitida a possibilidade de nacionalização dos Correios.

"Nunca o Estado português cederá a qualquer tipo de chantagem", frisou o ministro. E clarificou ainda que "o prolongamento do atual contrato de concessão não vai implicar a quebra das obrigações" existentes neste momento.



expresso.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário