quinta-feira, 12 de novembro de 2020

As doze mentes mais brilhantes da história da ciência





Fazer uma lista dos maiores cientistas de todos os tempos não é uma coisa fácil. Limitando o número de cientistas para apenas uma dúzia, a tarefa se torna ainda mais difícil. Por mais que tente ser o mais justo e criterioso possível, você sempre deixará nomes importantíssimos fora da lista, e isso não é nenhuma surpresa quando se tem um número pré-determinado de pessoas a escolher. Portanto, tenho que dizer, que esta não é uma lista completa, e se você por acaso sentir falta de algum nome nela, pode ter certeza que não será o único.

Os cientistas aqui representados foram escolhidos por conta:

  • Da influência em seu campo de estudo;
  • Da criatividade e genialidade em suas realizações;
  • Da importância e impacto de sua(s) descoberta(s) para a civilização;

É importante dizer que desde o início da colonização humana, muitas pessoas contribuíram para que a ciência estudasse diferentes aspectos da natureza a fim de fazer a humanidade prosperar. Essas mentes geniais colocaram um grande interesse em todos os fenômenos desde quando eram crianças. O zelo, a paixão, a dedicação, o trabalho árduo e o esforço que colocaram no seu trabalho ajudaram-nos a descobrir algo novo sobre o mundo em que vivemos. O mundo hoje habita na morada do avanço científico em diferentes setores da ciência por causa desses cientistas. A lista a seguir celebra a memória de doze das mentes mais brilhantes da história da ciência, em ordem cronológica.

Arquimedes (288 a.C-212 a.C)

Universalmente reconhecido como o maior dos matemáticos antigos, Arquimedes é mais conhecido por suas contribuições para a nossa compreensão inicial da física, descobrindo como as alavancas funcionam e na famosa lenda de sua descoberta de como a água é deslocada por um objeto submerso: enquanto tomava banho, Arquimedes observou a água espirrando até o topo de sua banheira, e na emoção de sua descoberta, ele correu pelas ruas nu e gritando “Eureka!”. Como matemático, porém, Arquimedes foi capaz de superar até mesmo suas próprias realizações na física. Ele foi capaz de estimar o valor de pi com um valor extremamente preciso e calcular a área abaixo de uma curva parabólica. O que é realmente incrível é que ele fez esses cálculos usando técnicas surpreendentemente próximas às ideias do cálculo moderno que foram inventadas cerca de 1800 anos depois. Ou seja, no que diz respeito à sua sofisticação matemática, Arquimedes estava quase dois milênios à frente de seu tempo.

Nicolau Copérnico (1473-1543)

A partir de suas observações do céu a olho nu, pois a luneta ainda não havia sido inventada, o polonês Nicolau Copérnico fez uma descoberta que causou a primeira grande revolução em nossa concepção do Universo. Estudioso de astronomia, matemática e medicina, ele escreveu Sobre as Revoluções das Esferas Celestes, na qual afirmou que a Terra gira em torno de seu próprio eixo uma vez por dia e em torno do Sol uma vez por ano. Numa época em que os dogmas da então poderosa Igreja Católica afirmavam que a Terra ficava parada no espaço e era o centro do Universo, a descoberta de Copérnico era fantástica e ousada. Sua concepção de heliocentrismo, ainda que imperfeita, pois previa órbitas circulares dos planetas em torno do Sol, quando na verdade elas são elípticas, iniciou um fabuloso processo de descobertas astronômicas e físicas nas décadas a seguir.

Galileu Galilei (1564-1642)

O italiano Galileu Galilei foi um dos primeiros a perceber como a matemática aplicada aos fenômenos naturais nos propicia um poder extraordinário para compreender o que acontece no cosmo. Algumas décadas depois de Copérnico ter concebido o sistema heliocêntrico, Galilei o confirmou após dedicar sua vida à pesquisa, à observação dos planetas, aos cálculos e ao aperfeiçoamento do telescópio. Além da concepção heliocêntrica, Galilei cometeria outra heresia ao contestar os pensamentos inquestionáveis de Aristóteles sobre o movimento. Mas foi sua afirmação de que a Terra, assim como os outros planetas conhecidos, giravam em torno do Sol que o levou ao tribunal da Santa Inquisição. Para escapar da morte na fogueira, Galilei assinou uma declaração na qual se considerava um pecador por tal afirmação. No entanto, após tê-la assinado, ele teria murmurado: “Contudo, ela se move”.

Johannes Kepler (1571-1628)

Contemporâneo de Galileu Galilei, Kepler foi responsável por descobrir que a volta que os planetas dão em torno do Sol é elíptica e não circular como acreditavam Copérnico e Galilei. Sua dedicação à matemática euclidiana era tal que acreditava que a geometria em si era a manifestação de Deus no mundo. O talento matemático do alemão Kepler o levou a trabalhar ao lado do nobre dinamarquês e matemático imperial Tycho Brahe. O dinamarquês possuía observações astronômicas muito mais precisas do que qualquer um naquela época e elas foram fundamentais para as conclusões de Kepler. O movimento orbital de Marte, observado por Brahe, levou Kepler a descobrir que as órbitas dos planetas em torno do Sol eram elípticas. E ele foi além. O alemão desenvolveu as três leis fundamentais dos movimentos planetários e com isso fundou a astronomia moderna.

Isaac Newton (1642-1727)

O legado de Copérnico, Galilei e Kepler foi fundamental para que o inglês Isaac Newton desenvolvesse suas ideias sobre gravitação universal, uma audaciosa suposição que mudou o destino da ciência. Ainda jovem, Newton desenvolveu o cálculo, uma das mais importantes áreas da matemática moderna, além de ter elaborado o conceito de força e a teoria mecânica. O cálculo possibilitou a Newton ter as técnicas necessárias para suas descobertas a respeito da gravidade. A primeira de suas três famosas leis diz que um corpo permanece em repouso ou em movimento uniforme ao longo de uma linha reta, a menos que sofra ação de uma força externa (lei da inércia). A segunda afirma que o efeito de uma força contínua sobre um corpo inicialmente em repouso ou em movimento uniforme é fazê-lo acelerar. E a terceira diz que se um corpo exerce uma força sobre o outro, o segundo exercerá ao mesmo tempo força oposta e da mesma intensidade sobre o primeiro. Newton, ao combinar teoria mecânica e matemática, explicou como o mundo funciona e como é possível calcular o que acontece nele.

Leonhard Euler (1707-1783)

Com quase 1000 publicações de primeira classe em seu nome, este gênio suíço é o maior de todos os matemáticos. Ele era implacavelmente prolífico. Seu poder cerebral fenomenal permitiu que ele calculasse com a mesma facilidade com que as pessoas respiram. Euler se destacou em todos os ramos da matemática, descobriu ligações entre vários ramos, notações padronizadas, provou muitos teoremas, quebrou todos os pontos de referência e foi pioneiro em novas metodologias. Durante seus 76 anos de vida, uma em cada três publicações de matemática no mundo foi de sua autoria. Estupendamente brilhante, versátil e produtivo, Euler foi o sábio supremo cuja sagacidade transformou a matemática e a física. Nem mesmo sua cegueira o atrasou. Ele continuou produzindo obras alucinantes, mesmo depois de perder a visão. A quantidade e a qualidade de suas obras são de tirar o fôlego. Ninguém mais chegou perto na história da matemática.

Michael Faraday (1791-1867)

O trabalho científico do brilhante Michael Faraday foi a pedra fundamental para todas  as tecnologias elétricas subsequentes. Dos seus experimentos, vieram instrumentos que nos levam diretamente aos motores, geradores e transformadores. Ele foi o melhor experimentalista na história da ciência, mesmo não conhecendo matemática avançada, como cálculo infinitesimal. Além do talento para ciência, Faraday era um habilidoso orador. Ao mesmo tempo em que fazia experimentos e descobertas que revolucionavam o mundo, suas palestras encantavam a platéia.

Charles Darwin (1809-1882)

Antes dele, a ciência já havia mostrado que a Terra não era o centro do Universo. Com as descobertas de Charles Darwin um novo e definitivo golpe foi desferido nos dogmas religiosos e nos mitos de criação divina do cosmo e do ser humano. Se dependesse de seu pai, Darwin teria concluído os cursos de medicina ou teologia, mas o interesse do inglês por botânica o fez embarcar na expedição que o navio HSM Beagle fez para a América do Sul, numa missão de pesquisa científica. Foi durante essa viagem que ele fez as observações que o levariam a desenvolver a revolucionaria teoria da evolução das espécies. Suas conclusões mostravam que a humanidade era somente um passo a mais num processo evolutivo de sobrevivência e de seleção natural.  A revolução que colocava o ser humano no seu devido lugar no Universo, iniciada por Copérnico, estava concluída com a publicação de Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural, de Charles Darwin.

Louis Pasteur (1822-1895)

Sua descoberta da ação dos micróbios teve impactante consequência tanto na química como na medicina. O francês Louis Pasteur ao investigar os processos de fermentação do vinho e da cerveja descobriu que eles ocorriam devido a ação de micróbios que se encontram no ar. Isso o fez compreender que os micróbios eram responsáveis também por moléstias contagiosas. As descobertas de Pasteur o levaram a criar métodos para evitar a ação desses nocivos agentes externos tanto nos alimentos, com a criação do processo de pasteurização, como nos seres humanos, com o desenvolvimento de medidas profiláticas na medicina e a criação das vacinas, como a anti-rábica. A contribuição de Pasteur possibilitou estabelecer uma nova e melhor perspectiva de vida para a humanidade.

James Clerk Maxwell (1831-1879)

As teorias de Faraday acerca das linhas de força movendo-se entre corpos com propriedades elétricas ou magnéticas fizeram James Clerk Maxwell formular um modelo matemático exato para a teoria de propagação de ondas eletromagnéticas. Em 1865, Maxwell provou matematicamente que os fenômenos eletromagnéticos são propagados em ondas pelo espaço com a velocidade da luz, lançando as bases para a rádio comunicação que foi confirmada experimentalmente por Hertz em 1888 e desenvolvida por Guglielmo Marconi na virada do século. O seu trabalho em electromagnetismo foi a base da relatividade restrita de Einstein e o seu trabalho em teoria cinética de gases foi fundamental para o desenvolvimento posterior da mecânica quântica.

Marie Curie (1867-1934)

Uma cientista que quebrou barreiras em um campo dominado por homens, Marie Curie foi uma pioneira na área da radioatividade. Ela foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel e a primeira (e única) pessoa a ganhar o prêmio em duas áreas diferentes da ciência: química e física. As conquistas de Marie incluem a teoria da radioatividade (termo que ela mesma cunhou), técnicas para isolar isótopos radioativos e a descoberta de dois elementos, o polônio e o rádio. Sob a direção dela foram conduzidos os primeiros estudos sobre o tratamento de neo plasmas com o uso de isótopos radioativos. Ela também fundou os Institutos Curie em Paris e Varsóvia, que até hoje são grandes centros de pesquisa médica. Durante a Primeira Guerra Mundial, fundou os primeiros centros militares no campo da radioatividade. A cientista morreu devido a constante exposição radioativa, uma de suas principais linhas de pesquisa que a eternizaram na história da ciência moderna.

Albert Einstein (1879-1955)

Quando Albert Einstein nasceu fazia quase dois séculos que Isaac Newton havia provado que tempo e espaço eram absolutos e não tinham nenhuma relação com coisas exteriores. Desde então acreditava-se que o tempo fluía de modo equitativo e o espaço permanecia sempre semelhante e inamovível. Essas certezas cairiam por terra com as ideias de Einstein. O cientista alemão supôs que não há nada que se possa chamar de movimento absoluto. Segundo Einstein, toda velocidade é relativa ao referencial específico que a define. Assim, se há movimento relativo, o tempo e o espaço se tornam relativos e o tempo é tão intrinsecamente ligado ao espaço que se torna uma quarta dimensão dele. Com sua Teoria da Relatividade, Einstein provocou uma revolução na nossa visão sobre o Universo. Suas ideias anunciaram o fim da física clássica e o início da era da física quântica e da energia nuclear.

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A série doze mentes brilhantes celebra a memória e o legado dos maiores cientistas, filósofos e comunicadores científicos de todos os tempos. O mundo hoje habita na morada do avanço científico em diferentes setores da ciência por causa dessas personalidades.




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