sexta-feira, 30 de outubro de 2020

FENPROF - Coronavírus em 29 escolas algarvias

 


No Algarve há 29 escolas que têm ou tiveram casos de covid19. São mais do dobro de há duas semanas. A revelação é da FENPROF, que atualiza diariamente uma lista de estabelecimentos de ensino de todo o País onde houve, ou há, casos de covid-19. Um deles é a Universidade do Algarve, que confirmou ao JA a existência de casos positivos de covid-19 entre os estudantes, que se encontram “todos bem de saúde”

A Universidade do Algarve está incluída na lista nacional da FENPROF (Federação Nacional dos Professores) que revela as escolas com casos positivos de covid-19, que na região, soma 29 estabelecimentos de ensino, entre os 437 do País onde se registam infeções. Há duas semanas, no Algarve, havia apenas 13 estabelecimentos naquelas condições, o que significa que o número mais do que duplicou.


“Temos apenas casos positivos entre estudantes. Encontram-se todos bem de saúde”, refere a universidade, ressalvando que não se trata de alunos estrangeiros do programa ERASMUS.


Segundo a mesma fonte, o primeiro caso positivo foi detetado a 15 de outubro e as autoridades de saúde colocaram em isolamento profilático algumas pessoas contactadas por esse aluno.


No entanto, a Universidade do Algarve (UAlg) garantiu ainda ao JA que não existe nenhuma situação de isolamento profilático nas residências da instituição.


Para resolver esta situação, a Universidade do Algarve está “em articulação com as autoridades de Saúde, registando e monitorizando a evolução de todos os contactos” e “algumas turmas passaram a ter aulas apenas à distância” até à passada segunda-feira.

“Esconder casos não é a melhor solução”, diz sindicato


Uma vez que as escolas são obrigadas a reportar todos os casos positivos nas instituições ao Ministério da Educação, o Sindicato dos Professores da Zona Sul considera que o Governo “tinha obrigação de publicar ou tornar pública uma lista”, refere ao JA a coordenadora distrital do sindicato, Ana Simões.


“Se há alguma forma de tentar esconder a realidade, é por parte do Ministério, da Direção-Geral de Saúde e do Governo”, revelou, acrescentando que “esconder não é a melhor solução”.


Ana Simões lamenta que o Ministério não divulgue publicamente a lista e considera que “se os pais, alunos e a comunidade em geral souber que há um infetado numa instituição, mas que estão a ser tomadas medidas para não haver contágio descontrolado, as pessoas ficam mais descansadas”.


Para contornar esta situação a FENPROF elabora e divulga diariamente uma lista com todas as escolas onde foram registados casos positivos de covid-19 a nível nacional.


A lista da FENPROF “foi elaborada com base nas informações vindas de escolas, professores e de pais”, que depois são confirmadas pelo sindicato através de fontes como dirigentes, delegados ou docentes que são posteriormente contactados.
A coordenadora revelou ainda ao JA várias situações “que não fazem sentido nenhum” e que têm acontecido nas escolas, como o caso de um aluno que estou positivo, foi colocado em quarentena, e os restantes estudantes da mesma turma não realizaram testes de diagnóstico à covid-19.

Ana Simões, dirigente sindical do SPZS


Outra situação relatada por Ana Simões refere um aluno do primeiro ciclo infetado com o novo coronavírus, que levou a turma e o professor para quarentena, com exceção de outros docentes que lecionam inglês, educação especial e de apoio que também tiveram contacto com o estudante e que continuam a dar aulas normalmente.


Para Ana Simões, estas reações são “incorretas” pois, defende, “sempre que há uma situação de infeção todos os alunos, professores e não docentes devem ser testados”.


“Não ser testado e continuar a estar na escola vai fazer com que se propague a infeção, porque a pessoa não sabe se está infetada. Pode estar assintomática”, refere a coordenadora ao JA.


No entanto, Ana Simões considera que os alunos “devem continuar a ir” às aulas se os testes tiverem resultados negativos.

Autarquia de São Brás confirma casos positivos em escolas


Durante os últimos dias, a autarquia de São Brás de Alportel confirmou a existência de novos casos de covid-19 nas escolas do concelho.


Foi registado um caso positivo num educador de infância da creche “Sítio do Bebé”, que levou ao encerramento da sala e ao isolamento das crianças e colaboradores.


A autarquia refere que “no presente momento a situação encontra-se controlada e todas as pessoas encontram-se bem”.
Já na escola de 1.º ciclo, dois alunos também se encontram infetados depois de um professor ter testado positivo. No entanto, “em virtude de ter testado positivo um jovem, irmão de um dos alunos positivos da escola de 1.º ciclo, encontra-se em isolamento toda a sua turma da Escola Básica Poeta Bernardo de Passos e toda a sua rede de contactos, sob vigilância da autoridade local de Saúde”, refere a autarquia em comunicado.



Albufeira:
Lista de escolas em que se registaram
casos de covid-19 no Algarve

AE Albufeira Poente

EB1 dos Caliços – AE D. Martim Fernandes

Aljezur:

EB1 Aljezur (AE de Aljezur)


Castro Marim:

AE de Castro Marim

Faro:

Escola Secundária Pinheiro e Rosa

EB 2.3 Afonso III

AE João de Deus

EB1 do Carmo (AE Afonso III)

EB1 Vale Carneiros (AE Pinheiro e Rosa)

Colégio do Alto

Universidade do Algarve

Lagoa:

EB 2.3 Jacinto Correia (AE Padro António Martins de Oliveira)

EB 2/3 Rio Arade (AE Rio Arade)


Lagos:

JI da Ameixeira (AE Gil Eanes)

EB das Naus (AE Gil Eanes)

EB Tecnopolis, AE Júlio Dantas


Loulé:

JI n.º 3 (AE Laura Ayres)


Olhão:

JI de Moncarapacho


Portimão:

AE Eng. Nuno Mergulhão

AE Poeta António Aleixo

EB Coca Maravilhas

Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes


São Brás de Alportel:

Creche Sítio do Bebé

EB1/JI de S. Brás de Alportel (AE S. Brás de Alportel)


Tavira:

Escola Secundária Jorge Augusto Correia


Vila Real de Santo António:

AE D. José I – EB 2.3 D. José I

AE de Vila Real de Santo António

Centro Infantil “A Borboleta”



jornaldoalgarve.pt

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