segunda-feira, 14 de setembro de 2020

PÃO PÃO, QUEIJO QUEIJO


 



Dá-me rabiada ver o português (pobre) que hoje vencida a ditadura salazarista/caetanista pode votar e com isso escolher quem o represente se nesta democracia burguesa representativa isso ainda convence que alguém que trabalhe seja representado condignamente pelos que governam este país há mais de quatro décadas.


Se o português pobre não fosse submisso e "tapado" políticamente e votasse com juízo poderia modificar, alterar, o modo como vive, mas por ironia do destino e contrariamente aos ensinamentos do 25 de Abril o pobre vota sempre nos representantes ou seja nos partidos que têm parceria com os bancos e na súcia de corruptos que proliferam e se reproduzem como coelhos neste triste Portugal.


Porque será ?


Serão as influências da Igreja que diz que pobrezinhos sempre existirão e que no catecismo enganoso que enfia na cabeça das criancinhas em casa, nas escolas, na catequese com os santinhos as fardas, o escutismo obediente lembrando a Mocidade Portuguesa, os domestica, e aterroriza a temer o senhor deus, o senhor diabo, o inferno, o purgatório e todas essas paisagens da mentira milenar ?


Realmente os pobres são os primeiros a deixar-se impingir pelo manual dos maus costumes como escreveu Saramago e a que chamam Bíblia que segundo os ignorantes tem lá a palavra do Senhor .


Ignoram os desgraçados que o que lá vem escrito não foi dito por nenhum deus e são simplesmente as palavras do senhores, os do capital, os da guerra,os do luxo e da opulência esses sim que ainda existem espalhados pelo mundo desde o Vaticano até às mansões dos super milionários, dos pastores das igrejas evangélicas que vivem no "paraíso" derivado à cegueira que os pobres escravos não conseguem vencer.


A vida vai seguindo com a burguesia que temporariamente e depois de muito explorar e roubar o pobre, lá arranja uma festa da caridadezinha, uma procissão de ramos, um banco alimentar que ajuda as grandes superfícies e os pobrezinhos vão vivendo sem nada nos bolsos, doentes e miseráveis, carneiros e submissos, no meio dos santos de madeira e de cera na esperança de atingir o almejado ÉDEN.


Felizes os pobres , os mansos, pois será deles o reino dos céus !



António Garrochinho

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