quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Hospitais privados recusam partos programados em mulheres infetadas com covid-19


A notícia é avançada pelo “Público”. Hospitais não têm informação disponível no site. Entidade Reguladora da Saúde confirma ter recebido queixas e está a analisar


Há hospitais privados que estão a transferir para o SNS grávidas com partos programados que testem positivo à covid-19. Maternidades da CUF e dos Lusíadas (Porto e Clínica de Santo António, na Amadora) estão a seguir essa prática, enquanto o Hospital da Luz só garante partos agendados a mulheres infetadas na unidade de Lisboa, 
segundo escreve esta quinta-feira o jornal “Público”. A Entidade Reguladora da Saúde diz ter recebido queixas sobre este tipo procedimento nos privados, que está ainda a analisar.
Uma mulher ouvida pelo jornal conta que receber a notícia de que iria ser transferida caso testasse positivo “foi um choque". "Tenho pena de só ter essa informação após 37 semanas de gravidez”, a mesma altura em que se realizam os primeiros testes à covid-19 nas maternidades, detalha. A informação sobre este procedimento não está disponível nos sites das instituições em causa, nas páginas que dedicam às informações sobre as novas regras no contexto da pandemia, escreve o “Público”.
A CUF assegurou ao jornal que garante a prestação de cuidados de saúde a grávidas ou outros doentes covid-19 em situações clínicas de emergência: partos, cirurgias ou outros actos clínicos necessários. Porém, no caso das grávidas e dos partos programados, esclarece que “considerando a necessária segregação de circuitos e a capacidade instalada disponível, optou-se pela transferência para as unidades de referência covid-19, garantindo assim a máxima segurança para todas as grávidas”.
Já o grupo Lusíadas esclarece que a transferência é feita de modo a garantir a “segurança máxima de todas as grávidas” que se encontram nas unidades em questão, dado que ao nível dessas infraestruturas não conseguem garantir espaço para um circuito distinto para as grávidas infectadas. Tal como na CUF e Luz, também a informação sobre a transferência de grávidas infectadas no momento do parto não está disponível online.
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda que grávidas infetadas pelo novo coronavírus sejam “preferencialmente internadas em serviços hospitalares que disponham de todas as valências necessárias para o tratamento de doentes com covid-19. Em todos os casos deve ser assegurado o acompanhamento, em equipa multidisciplinar, pela equipa de obstetrícia”
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expresso.pt

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