Estou muito preocupado com esta moda.
É claro que prefiro que os jovens não façam sexo. Mas, a fazer, é preferível que seja em público, onde é mais fácil empatá-lo. Em público podemos interrompê-los e alertá-los para alguma prática pecaminosa, como o absurdo que é fazer sexo sem ser para procriação ou o ridículo de actos como o sexo oral, que servem apenas para motivos de prazer. Ou mandar-lhes palmadas nos pénis para os desviar antes de chegarem ao destino. É mais fácil combater o sexo em público. Por exemplo, se virmos uma orgia de jovens a acontecer no LIDL temos o dever de, como adultos responsáveis, fazer tudo para acabar com esse acto. Há várias técnicas para o fazer, como por exemplo usar o nome de Dr. Jesus ou gritar “PENSEM NAS VOSSAS AVOZINHAS” para amolecer os seus pénis e incapacitá-los para a prática sexual.
Em privado raramente temos oportunidade de os interromper.
O problema é que nestas sessões de sexo em público os jovens nem sempre usam máscara e, quando nos aproximamos para os interromper corremos o risco de inalar gotículas ou de levar com uma ejaculação na cara. Mas é o risco que temos de correr pelos nossos jovens.
No entanto, é claro que esta notícia do Correio da Manhã é mais um apelo do que um alerta. O Correio da Manhã está a dizer “jovens, pratiquem sexo em locais públicos para que algum tarado filme e nós tenhamos conteúdo barato.”
A ideia é transformar o Correio da Manhã numa espécie de pornhub que as pessoas vêem não para se masturbar, mas para se indignarem com o rumo que as coisas estão a tomar e, só depois disso, masturbarem-se. E depois disso ouvirem um painel de psicólogos e de advogados na CMTV a debaterem o facto de este tipo de humilhação pública traumatiza os jovens e de como o que lhes falta é um pai em casa que lhes mande umas chapadas.
O que falar mais alto vai, eventualmente, tornar-se deputado. É claro que há quem abra o pornhub para se indignar contra o incesto e já que está lá aproveita para uma masturbação de protesto contra esse atentado à família tradicional. Se calhar o Correio da Manhã tem de fazer uma capa sobre a moda do incesto, para apelar a esse fetiche específico.
Os tarados que filmam outros a fazerem sexo são os novos repórteres de guerra. Abdicam da sua dignidade para que o Correio da Manhã tenha conteúdo que lhes permita debater a sociedade e a pouca vergonha dos jovens de hoje em dia. Daí este apelo de capa. O Correio da Manhã precisa que a sociedade esteja degradada para poder vender jornais a pessoas preocupadas com a degradação da sociedade. É um modelo de negócio excelente.
Já a minha revista Le Docteur não depende nada disso e vai existir independentemente do sexo que se faça em público.
Não o digo para fazer publicidade, mas para chatear aqueles que se indignam por usar a minha página para fazer publicidade.
Mas quem é que pode jurar a todos os santinhos não ser a ideia do próprio CM, o vulgo correio da manha, manha de manhoso.
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