sexta-feira, 19 de junho de 2020

Português não entra. Estes são os argumentos que barram a entrada dos portugueses em oito países


Após vários meses em isolamento, os países do velho continente preparam-se para reabrir as fronteiras. Portugal encontra-se, para já, na lista negra de oito países e com restrições em outros cinco.




Junho é um mês marcado pela reabertura de fronteiras no espaço europeu e com o espaço Schengen, depois de quase quatro meses de isolamento para travar a propagação do novo coronavírus. Mas esta reabertura não se faz por inteiro em todos os países. E há quem deixe os portugueses de fora na hora de escolher que turistas aceitar.
Até ao momento, os turistas portugueses estão impedidos de entrar em oito países — Dinamarca, Espanha, Chipre, Áustria, Lituânia, Letónia, Hungria e Eslováquia — e estão marcados a “vermelho” por outros cinco —Grécia, Bulgária, República Checa, Estónia e Montenegro.
As restrições aplicadas em todos os países da União Europeia e Espaço Schengen podem ser consultadas no site lançado pela Comissão Europeia, no entanto, não são iguais para todos.
Dinamarca
A Dinamarca anunciou, esta quinta-feira, que a reabertura de fronteiras internacionais não se aplica nem a Portugal nem à Suécia. De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, para ambos os países terem luz “verde”, as autoridades de saúde têm que registar menos de 20 infecções por 100 mil habitantes por semana.
Espanha
Depois de uma falha de comunicação entre o governo espanhol e o português sobre a data oficial para a reabertura entre as fronteiras terrestres comuns, Espanha decidiu antecipar a data para 21 de junho a todos os países da União Europeia, com excepção de Portugal, que só terá permissão para entrar no território a 1 de julho.
Chipre
No Chipre, o critério usado para definir quais são os cidadãos que podem (ou não entrar) é epidemiológico. Os países com autorização para entrar estão divididos em duas categorias (a A, que tem permissão total para entrar, e a B, cujos nacionais têm de ter um teste com resultado negativo feito 72 horas antes de entrarem no país). Portugal não se inclui em nenhuma das duas listas e por isso os portugueses só podem entrar no país em “casos excepcionais”, que têm de ser aprovados pelo Governo cipriota.
Áustria
As fronteiras austríacas abriram portas esta terça-feira para todos os Estados-membros da União Europeia, Associação Europeia de Comércio Livre e Espaço Económico Europeu, com “excepção da Suécia, Reino Unido, Espanha e Portugal”. Os critérios, refere-se, são epidemiológicos.
Lituânia
No caso da Lituânia, também se invocam os critérios epidemiológicos — na quantidade de casos positivos observados por cada 100 mil habitantes. E isso exclui três países da lista de viajantes que podem entrar: Suécia, Reino Unido e Portugal. Os lituanos que regressem ao país vindos desses países devem cumprir um período de isolamento de 14 dias.
Letónia
No país báltico serão aplicados os mesmo critérios epidemiológicos, o que significa que as portas também estarão fechadas aos portugueses. Tendo em conta os dados das duas últimas semanas, Portugal tem um registo de aproximadamente 44 infetados por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas, acima do valor permitido.
Hungria
No caso da Hungria as limitações aplicam-se a vários países. O país liderado por Orbán apenas aceita, para já, os viajantes vindos da República Checa, Áustria, Alemanha, Eslováquia, Sérvia, Eslovénia e Croácia.
Eslováquia
O país da Europa Central adotou um método semelhante que exclui Portugal. O território  prepara-se para receber visitantes de 17 países, nesta primeira fase de reabertura de fronteiras.
Grécia
A permissão de entrada no país é concedida aos portugueses, porém, com algumas limitações. Todas os portugueses que viajarem para a Grécia durante o verão serão obrigados a fazer um teste obrigatório: se der negativo têm de se isolar durante uma semana; caso dê positivo, o período aumenta para 14 dias.
Bulgária
Tal como os suecos, belgas e britânicos, os portugueses que decidirem visitar o país terão que adotar um período de isolamento de 14 dias.
República Checa
À semelhança do Chipre, a República Checa adotou um sistema mas desta vez de cores, dependendo do risco que apresentam. Desde 15 de junho, os passageiros de zonas “verdes” podem entrar no país sem quaisquer restrições, enquanto que quem vier de uma zona “laranja” tem de apresentar um certificado médico. Portugal é uma das zonas “vermelhas” e os portugueses têm de realizar um teste e submeter-se a quarentena.
Estónia
Tal como maioria das restrições já apresentadas, os portugueses que queiram visitar a Estónia estão sujeitos a ficar em isolamento obrigatório durante 14 dias. Isto deve-se ao facto de Portugal ser um dos países com uma taxa de infeção alta, acima de 15 pessoas infetadas por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Montenegro
Em Montenegro, o mesmo se verifica, porém a taxa terá de estar abaixo dos 25 infetados por cada 100 mil pessoas.

jornaleconomico.sapo.pt


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