sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

UMA NOVA ERA COMEÇOU ONDE O “TER MAIS” VENCE O “SER MAIS”


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Uma nova era começa caracteriza pelo individualismo. 
As escolhas racionais feitas em trono das famílias, da comunidade, das virtudes, dos erros, dos acertos, dos vícios, moldavam a nossa própria história. 
Hoje a interdependência social dá lugar a independência social. 
É este o perigo da ilusão de independência, que gera o egoísmo e a insensibilidade.
A sociedade de hoje é caracterizada pelo individualismo, que é gerador de uma perceção de vida mais acelerada, o tempo parece curto para tudo o que queremos e temos obrigação de fazer, e cada vez mais o ser humano está só nas esferas individuais, num mundo cada vez mais tecnológico e conectado.
O ser humano, regra geral, procura justiça, segurança, educação e saúde. 
O pensamento séptico não acredita na força coletiva, que por sua vez leva a tentação de querer encontrar coisas fáceis e respostas rápidas no mundo moderno, estamos cada vez mais sozinhos e mergulhados em nós próprios! 
A individualização instala-se e consequentemente leva-nos à solidão. Os indivíduos nunca tiverem tanto e, no entanto, nunca se sentiram tão sós. 
A escassez de relacionamento interpessoal, cada vez mais passa a noção que estamos sozinhos e incompletos. 
Este é o maior contra censso da sociedade individualista que veio para ficar. 
Estes comportamentos e padrões acabam por ser nocivos e destrutivos para o nosso bem-estar, mental e físico.
Aos padrões da cultura vigente são a supremacia do individualismo, em detrimento do altruísmo e do personalismo. Todos os outros são colocados em segundo lugar e até descartados. 
O individualismo estalado e globalizado, na nossa sociedade traduz-se na absolutização do ter, do poder e do prazer. Os outros são derrotados, descartáveis, sobrantes, excluídos e marginais.
Este admirável mundo, que nunca imaginei experienciar será com certeza mais incerto, mais arriscado e mais pobre.  
O individualismo egoísta globalizado vai gerar certamente “povos da opulência”, mas seguramente vai gerar muito mais “povos da indigência”. Esta realidade vai alargar as desigualdades entre ricos e pobres, o império do mercado e a iniquidade social. Esta sociedade egoísta é o caminho para o abismo. 
A história recente demostrou isto mesmo.


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